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Arte transforma jovens estudantes
Por Paula Cunha    14 de junho de 2006
Introduzir a arte no dia-a-dia de crianças de escolas públicas e fazer com que ela se fixe nelas como uma experiência de vida e de preparação para a convivência e a cidadania. Este é o objetivo do projeto composto de oficinas denominado "Vivenciando os códigos da linguagem das artes visuais", que é desenvolvido em escolas públicas da capital paulista.
O projeto foi concebido pela organização não governamental paulistana Apreciação, Reflexão e Produção (Arpa) e está centrado em atividades artísticas, mais especificamente na pintura, que façam com que as crianças reflitam sobre o meio ambiente. No final de maio, foi realizada a exposição "Olhares poéticos sobre o meio ambiente", na qual as crianças e adolescentes de 9 a 15 anos expuseram seus trabalhos juntamente com artistas consagrados como Alexandre Bernardes, André Albuquerque, Carlo Cury, Carlos Avelino, Jorge Prado, Luci Torres, Mônica Leite, Rodrigo Nucci, Saulo Mota, Rita Braga e Rose Passos.
A exposição ocorreu após várias palestras e atividades que forneceram informações a respeito do meio ambiente e da natureza em geral. Em setembro, a mostra estará aberta ao público na Câmara Municipal de São Paulo.
Esta convivência transformou a vida destes jovens alunos de escolas públicas, que passaram a ter aulas de arte com estes e outros artistas. Estes últimos também relatam com emoção o retorno pessoal e profissional que a troca de experiências tem proporcionado. Atualmente, 21 crianças e adolescentes participam do projeto e uma escola pública já ofereceu uma sala para que a ONG coloque em prática suas atividades. Ela está procurando parceiros para ampliar o número de palestras e de aulas e atender mais jovens artistas.
No dia da visita da reportagem do Diário do Comércio à Casa Caiada, centro de artes que abriga o projeto, os pequenos pintores estavam terminando suas primeiras obras e preparando-se para o momento mágico de colocar suas assinaturas em seus quadros. Todos estavam emocionados: os alunos, porque a conclusão da obra significou uma conquista de conhecimento e sensibilidade, e os professores, que não só viram seus conhecimentos absorvidos por crianças tão interessadas, mas também reaprenderam a ver a arte através de olhos tão jovens.
Fascínio – "A arte está em todo lugar e no mundo inteiro." Com esta frase, Larissa Christine Gomes de Sousa, de 11 anos, que começou a se interessar por arte ao desenhar roupas para as suas bonecas, definiu a sensação de alegria ao começar a pintar dentro do programa da Arpa. Todo este interesse pela arte nasceu com o estímulo oferecido pela mãe, que a levava a exposições de pintura. Na Oca, no parque do Ibirapuera, por exemplo, ela viu as obras de Picasso.
Larissa contou que experimentou "um sentimento diferente de tudo" na primeira aula, na qual fez um desenho a partir da observação. Inicialmente, ela sentiu um misto de timidez e felicidade por poder estar ali naquele momento. Filha de uma enfermeira que trabalha no Hospital do Servidor Público Municipal, Larissa se orgulha ao contar que a mãe se desdobra para levá-la às aulas do projeto, às exposições de arte e ao curso de natação. "Ela quer me dar tudo o que não teve e, de tudo o que faço, o que mais gosto é pintar", conclui.
Precoce – Pedro Garcia Augusto, de 10 anos, começou a se interessar por desenho quando tinha apenas um ano de idade. Segundo ele, a professora da creche percebeu que ele gostava realmente de desenhar e o estimulou a continuar a pintar. Para ele, o projeto é importante porque "gosto da companhia dos outros e eles também me influenciam. Agora tem mais gente para conversar mais". E acrescenta que o convívio com os artistas foi muito importante e que já sente que está se tornando um deles.
Transferência – "A arte é boa porque você transfere os seus sentimentos para o desenho." Assim, Alexandre Miyoshi Costa, de 12 anos, define sua paixão pela pintura. Aluno do colégio Caetano de Campos, ele se interessou imediatamente pelo projeto apresentado na escola. "Fiquei surpreso quando fui selecionado e, depois, orgulhoso de mim mesmo."
O jovem artista mostrou com orgulho a pintura que estava concluindo e ficou contente quando constatou que aprendeu muito com as aulas e viu que o professor também aprendeu com ele.
Evolução – Quando Lucas Antonio da Silva, de dez anos, observa seus primeiros desenhos e os compara com a pintura que acabou de assinar, ele fica orgulhoso de seu progresso nesta arte. Para ele, a constatação de que há tantos detalhes nas técnicas de pintura foi uma descoberta fascinante.
Segundo ele, também foi importante a reação dos pais. "Quando eles viram minhas pinturas ficaram emocionados", contou. E disse que quando o projeto chegou à sua escola, a Maria José, ele logo quis participar porque "sempre achou interessante aprender mais coisas".
O projeto foi concebido pela organização não governamental paulistana Apreciação, Reflexão e Produção (Arpa) e está centrado em atividades artísticas, mais especificamente na pintura, que façam com que as crianças reflitam sobre o meio ambiente. No final de maio, foi realizada a exposição "Olhares poéticos sobre o meio ambiente", na qual as crianças e adolescentes de 9 a 15 anos expuseram seus trabalhos juntamente com artistas consagrados como Alexandre Bernardes, André Albuquerque, Carlo Cury, Carlos Avelino, Jorge Prado, Luci Torres, Mônica Leite, Rodrigo Nucci, Saulo Mota, Rita Braga e Rose Passos.
A exposição ocorreu após várias palestras e atividades que forneceram informações a respeito do meio ambiente e da natureza em geral. Em setembro, a mostra estará aberta ao público na Câmara Municipal de São Paulo.
Esta convivência transformou a vida destes jovens alunos de escolas públicas, que passaram a ter aulas de arte com estes e outros artistas. Estes últimos também relatam com emoção o retorno pessoal e profissional que a troca de experiências tem proporcionado. Atualmente, 21 crianças e adolescentes participam do projeto e uma escola pública já ofereceu uma sala para que a ONG coloque em prática suas atividades. Ela está procurando parceiros para ampliar o número de palestras e de aulas e atender mais jovens artistas.
No dia da visita da reportagem do Diário do Comércio à Casa Caiada, centro de artes que abriga o projeto, os pequenos pintores estavam terminando suas primeiras obras e preparando-se para o momento mágico de colocar suas assinaturas em seus quadros. Todos estavam emocionados: os alunos, porque a conclusão da obra significou uma conquista de conhecimento e sensibilidade, e os professores, que não só viram seus conhecimentos absorvidos por crianças tão interessadas, mas também reaprenderam a ver a arte através de olhos tão jovens.
Fascínio – "A arte está em todo lugar e no mundo inteiro." Com esta frase, Larissa Christine Gomes de Sousa, de 11 anos, que começou a se interessar por arte ao desenhar roupas para as suas bonecas, definiu a sensação de alegria ao começar a pintar dentro do programa da Arpa. Todo este interesse pela arte nasceu com o estímulo oferecido pela mãe, que a levava a exposições de pintura. Na Oca, no parque do Ibirapuera, por exemplo, ela viu as obras de Picasso.
Larissa contou que experimentou "um sentimento diferente de tudo" na primeira aula, na qual fez um desenho a partir da observação. Inicialmente, ela sentiu um misto de timidez e felicidade por poder estar ali naquele momento. Filha de uma enfermeira que trabalha no Hospital do Servidor Público Municipal, Larissa se orgulha ao contar que a mãe se desdobra para levá-la às aulas do projeto, às exposições de arte e ao curso de natação. "Ela quer me dar tudo o que não teve e, de tudo o que faço, o que mais gosto é pintar", conclui.
Precoce – Pedro Garcia Augusto, de 10 anos, começou a se interessar por desenho quando tinha apenas um ano de idade. Segundo ele, a professora da creche percebeu que ele gostava realmente de desenhar e o estimulou a continuar a pintar. Para ele, o projeto é importante porque "gosto da companhia dos outros e eles também me influenciam. Agora tem mais gente para conversar mais". E acrescenta que o convívio com os artistas foi muito importante e que já sente que está se tornando um deles.
Transferência – "A arte é boa porque você transfere os seus sentimentos para o desenho." Assim, Alexandre Miyoshi Costa, de 12 anos, define sua paixão pela pintura. Aluno do colégio Caetano de Campos, ele se interessou imediatamente pelo projeto apresentado na escola. "Fiquei surpreso quando fui selecionado e, depois, orgulhoso de mim mesmo."
O jovem artista mostrou com orgulho a pintura que estava concluindo e ficou contente quando constatou que aprendeu muito com as aulas e viu que o professor também aprendeu com ele.
Evolução – Quando Lucas Antonio da Silva, de dez anos, observa seus primeiros desenhos e os compara com a pintura que acabou de assinar, ele fica orgulhoso de seu progresso nesta arte. Para ele, a constatação de que há tantos detalhes nas técnicas de pintura foi uma descoberta fascinante.
Segundo ele, também foi importante a reação dos pais. "Quando eles viram minhas pinturas ficaram emocionados", contou. E disse que quando o projeto chegou à sua escola, a Maria José, ele logo quis participar porque "sempre achou interessante aprender mais coisas".