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Inclusão digital dá nova vida aos sem-computador

Por Paula Cunha    21 de junho de 2006
Um dos requisitos para o acesso ao mercado de trabalho hoje é o conhecimento em informática. Hoje em dia, além dos sem-terra e dos sem-teto, há os sem-computador. Por isso, empresas e organizações não governamentais investem em programas de inclusão digital. Jovens e adultos têm, assim, a oportunidade de se qualificar melhor.

Um destes programas é o Intel Educar, que a empresa do ramo de chips e processadores implantou para atuar em diversas frentes. Existem ações específicas para professores das escolas da rede pública de ensino e outras para líderes de comunidades carentes e jovens de 10 a 18 anos que vivem nestas áreas.

Um delas, em parceria com a Fundação Bradesco, apresenta ferramentas de informática para que as comunidades desenvolvam seus projetos para melhorar sua qualidade de vida. Batizado Intel Aprender, já capacitou mais de três mil jovens em todo o Brasil. Desde a sua implantação, em agosto passado, este projeto transforma adolescentes em multiplicadores e transmissores de informações. A Intel adotou a tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos e a Fundação Bradesco a aplica em diversas comunidades.

Na cidade de Osasco, no bairro Jardim Conceição, a Associação Camila e o Centro Social da paróquia de Nossa Senhora das Graças participam do Intel Aprender. Sua coordenadora, Gilma Maria Ramos da Silva Rossafa, explica que a Associação coordena as atividades para 75 adolescentes de 12 a 18 anos.

O primeiro módulo do Intel Aprender acaba de ser concluído na Associação Camila. A capacitadora Andréia Saraiva ressalta a importância do projeto pela sua iniciativa de contribuir para o desenvolvimento intelectual e profissional dos jovens da comunidade. Durante todo o programa, ela esteve em contato com jovens que nunca haviam tocado num computador e acompanhou a sua evolução. "Aprendi muito mais do que achei que poderia ensinar."

Os jovens que concluíram o curso estavam entusiasmados com as novas perspectivas. Bruna de Lima, de 17 anos, que trabalha desde os 12 em uma locadora de vídeo, viu no curso a oportunidade de expandir seus horizontes. "Tinha acesso ao computador, mas não tinha internet. Com ela e com o curso, comecei a utilizar o que aprendi no trabalho. Faço pesquisas com mais agilidade agora e conheço vários programas. O curso me ajudará a melhorar de vida", explicou.

Na comunidade – Outros moradores do bairro estão passando por essa transformação. A Intel implantou lá o Intel Computer Clube House, espaço aberto à comunidade por dois dias da semana nos quais todos podem fazer pesquisas, acessar a internet e elaborar e enviar currículos. Nos outros dias, há as atividades para os membros do Clube, que são jovens que têm iniciação à informática e oficinas de inglês.

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