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1967: um bebê muda toda a missão.
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   2 de agosto de 2006
Com 60 anos de vida, o Nosso Lar passou por transformações significativas à medida que passou do atendimento a crianças órfãs e abandonadas e alcançou a sua atual vocação que é a de cuidar de pessoas com necessidades especiais.
A presidente da instituição, Nancy Puhlmann Di Girolamo, conta que a instituição atende, desde o início, a população carente da capital paulista. "O perfil desta população foi se alterando de acordo com as transformações pelas quais a sociedade passou", diz.
No início, crianças órfãs e abandonadas eram a maioria absoluta, pois havia muitos casos de mães solteiras que abandonavam seus filhos. Com a diminuição do abandono, o Nosso Lar passou a oferecer assistência a famílias pobres.
Nancy ressalta que o crescimento dos postos de trabalho para as mulheres, a partir da década de 50, também contribuiu para que a instituição reforçasse o atendimento a este público. "Passamos a alfabetizar as mães e prepará-las para o trabalho".
Virada – Esta política de atuação foi mantida até 1967, quando a chegada de um novo bebê à instituição transformou a sua missão. A presidente conta que, nesse ano, um recém-nascido, com lesões cerebrais, foi deixado na entrada da sede, com um bilhete que dizia "mãe desesperada conta com vocês".
A partir daí, a própria presidente fez um curso de especialização nos EUA, adotando um método chamado Reorganização Neurológica e trouxe para o Nosso Lar uma equipe multidisciplinar que passou a se dedicar ao atendimento integral de crianças e jovens com diversos tipos de deficiência. O método leva em conta que todos têm um potencial a ser desenvolvido por mais problemas físicos e mentais que uma pessoa possa ter.
"Passamos a ter como metas a luta contra a rejeição com um trabalho de conscientização das famílias e formar um centro de realibitação diferenciado que começasse a tratar os pacientes desde o início de suas vidas".
Evolução – Depois da adoção destas metas, o Nosso Lar está cuidando de uma geração que já está apta à capacitação profissional. A entidade criou cursos profissionalizantes para os pacientes e o atendimento médico passou a atuar com convênios de hospitais públicos. Hoje, 80% dos atendimentos são totalmente gratuitos.
A direção da casa firmou parcerias com o Rotary, Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf), Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape) e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que fornecem orientação técnica.
Além disso, promove festas, bazares e jantares para arrecadar fundos. Neste mês, em que comemora 60 anos, haverá, entre os dias 7 e 20, seminários, debates e apresentações artísticas.
"Os deficientes alertam a ciência e mobilizam as famílias e a sociedade para buscar tratamentos. Houve um grande progresso na inclusão em grande parte pelo trabalho dos meios de comunicação e a criação de uma legislação é resultado desta conscientização. Até as novelas estão ajudando neste processo", conclui.
A presidente da instituição, Nancy Puhlmann Di Girolamo, conta que a instituição atende, desde o início, a população carente da capital paulista. "O perfil desta população foi se alterando de acordo com as transformações pelas quais a sociedade passou", diz.
No início, crianças órfãs e abandonadas eram a maioria absoluta, pois havia muitos casos de mães solteiras que abandonavam seus filhos. Com a diminuição do abandono, o Nosso Lar passou a oferecer assistência a famílias pobres.
Nancy ressalta que o crescimento dos postos de trabalho para as mulheres, a partir da década de 50, também contribuiu para que a instituição reforçasse o atendimento a este público. "Passamos a alfabetizar as mães e prepará-las para o trabalho".
Virada – Esta política de atuação foi mantida até 1967, quando a chegada de um novo bebê à instituição transformou a sua missão. A presidente conta que, nesse ano, um recém-nascido, com lesões cerebrais, foi deixado na entrada da sede, com um bilhete que dizia "mãe desesperada conta com vocês".
A partir daí, a própria presidente fez um curso de especialização nos EUA, adotando um método chamado Reorganização Neurológica e trouxe para o Nosso Lar uma equipe multidisciplinar que passou a se dedicar ao atendimento integral de crianças e jovens com diversos tipos de deficiência. O método leva em conta que todos têm um potencial a ser desenvolvido por mais problemas físicos e mentais que uma pessoa possa ter.
"Passamos a ter como metas a luta contra a rejeição com um trabalho de conscientização das famílias e formar um centro de realibitação diferenciado que começasse a tratar os pacientes desde o início de suas vidas".
Evolução – Depois da adoção destas metas, o Nosso Lar está cuidando de uma geração que já está apta à capacitação profissional. A entidade criou cursos profissionalizantes para os pacientes e o atendimento médico passou a atuar com convênios de hospitais públicos. Hoje, 80% dos atendimentos são totalmente gratuitos.
A direção da casa firmou parcerias com o Rotary, Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf), Associação para Valorização e Promoção de Excepcionais (Avape) e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que fornecem orientação técnica.
Além disso, promove festas, bazares e jantares para arrecadar fundos. Neste mês, em que comemora 60 anos, haverá, entre os dias 7 e 20, seminários, debates e apresentações artísticas.
"Os deficientes alertam a ciência e mobilizam as famílias e a sociedade para buscar tratamentos. Houve um grande progresso na inclusão em grande parte pelo trabalho dos meios de comunicação e a criação de uma legislação é resultado desta conscientização. Até as novelas estão ajudando neste processo", conclui.