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Estágio, o melhor instrumento
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   9 de agosto de 2006
Acelerar as ações para incluir os jovens no mundo do trabalho e utilizar os estágios como um dos principais mecanismos para atingir a meta. Esta foi a principal conclusão do painel "A Inclusão Social do Estudante no Mercado de Trabalho (estágios e treinamentos), na segunda etapa do IX Seminário CIEE - Gazeta Mercantil do Terceiro Setor.
Todos os palestrantes enfatizaram a importância da inclusão dos jovens no mercado de trabalho para evitar tanto a exclusão social quanto a crescente probabilidade de cooptação para as atividades ilegais.
Para Amaury Mascaro do Nascimento, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o estágio é a melhor forma de colocar jovens no mercado de trabalho. "Não só qualifica, como pode ser meio para o jovem de baixo poder aquisitivo pagar os estudos".
Entretanto, Mascaro do Nascimento também alertou para a ausência de atribuições ao cargo de estágiário, que pode prejudicar os jovens. "O maior problema é que esta falta de definição de atribuições do estagiário não foi resolvida nem pelo Ministério do Trabalho nem pelo da Educação. A fiscalização deveria ser efetuada pelas instituições de ensino. Elas seriam encarregadas de verificar se o estágio não se transforma em exploração do trabalho".
O mediador da mesa, Antonio Penteado Mendonça, lembrou que o estágio é regido pela Lei 6.494 de 1977 e que nele há uma separação clara entre atividades do estagiário e as do funcionário. Para ele, as empresas precisam se informar melhor sobre os detalhes desta lei e utilizar o estágio como um instrumento para educar os jovens.
Primeira chance – O secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Rogério Amato, considera o estágio a primeira chance dos jovens no mercado de trabalho. Para ele, não é o conhecimento técnico que leva à cidadania. "É a inclusão que leva todos à integração. Inclusão implica em uma convicção pessoal da necessidade de convivência com o diferente", explicou. E lembrou que o seu primeiro estágio, aos 16 anos, foi fundamental para a sua formação pessoal e profissional.
Segundo ele, o estágio é a possibilidade de aproximar o jovem estudante do profissional já formado, capacitando-o para o mundo do trabalho. Os programas de estágio e de aprendizado desempenham este papel. Para Amato, jovens sem experiência profissional e deficientes estão sendo subaproveitados, mas já há experiências de integração que devem ser difundidas.
Segundo o secretário, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz claramente que é dever de todos cuidar prioritariamente da criança e do adolescente. "Ou todos temos a oportunidade de desenvolver o nosso potencial ou a humanidade não terá cumprido o seu papel", concluiu.
Todos os palestrantes enfatizaram a importância da inclusão dos jovens no mercado de trabalho para evitar tanto a exclusão social quanto a crescente probabilidade de cooptação para as atividades ilegais.
Para Amaury Mascaro do Nascimento, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o estágio é a melhor forma de colocar jovens no mercado de trabalho. "Não só qualifica, como pode ser meio para o jovem de baixo poder aquisitivo pagar os estudos".
Entretanto, Mascaro do Nascimento também alertou para a ausência de atribuições ao cargo de estágiário, que pode prejudicar os jovens. "O maior problema é que esta falta de definição de atribuições do estagiário não foi resolvida nem pelo Ministério do Trabalho nem pelo da Educação. A fiscalização deveria ser efetuada pelas instituições de ensino. Elas seriam encarregadas de verificar se o estágio não se transforma em exploração do trabalho".
O mediador da mesa, Antonio Penteado Mendonça, lembrou que o estágio é regido pela Lei 6.494 de 1977 e que nele há uma separação clara entre atividades do estagiário e as do funcionário. Para ele, as empresas precisam se informar melhor sobre os detalhes desta lei e utilizar o estágio como um instrumento para educar os jovens.
Primeira chance – O secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, Rogério Amato, considera o estágio a primeira chance dos jovens no mercado de trabalho. Para ele, não é o conhecimento técnico que leva à cidadania. "É a inclusão que leva todos à integração. Inclusão implica em uma convicção pessoal da necessidade de convivência com o diferente", explicou. E lembrou que o seu primeiro estágio, aos 16 anos, foi fundamental para a sua formação pessoal e profissional.
Segundo ele, o estágio é a possibilidade de aproximar o jovem estudante do profissional já formado, capacitando-o para o mundo do trabalho. Os programas de estágio e de aprendizado desempenham este papel. Para Amato, jovens sem experiência profissional e deficientes estão sendo subaproveitados, mas já há experiências de integração que devem ser difundidas.
Segundo o secretário, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz claramente que é dever de todos cuidar prioritariamente da criança e do adolescente. "Ou todos temos a oportunidade de desenvolver o nosso potencial ou a humanidade não terá cumprido o seu papel", concluiu.