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Balanço social tem espaço para crescer
Por AE   11 de outubro de 2006
A publicação de balanços sociais – documentos no qual as empresas prestam contas de sua atuação social e ambiental – ainda está longe de fazer parte da realidade das companhias brasileiras. "Houve um 'boom' na publicação desses balanços entre 1999 e 2003. Hoje há poucos avanços", diz Claudia Mansur, coordenadora de Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).
Segundo Cláudia, a exceção fica para as micro e pequenas empresas, agora mais atentas à responsabilidade social, até por exigência de seus clientes. "É nas pequenas empresas que a publicação dos balanços tende a crescer, puxada pelas cobranças das grandes que compram seus produtos", explica. O Ibase, ONG criada pelo sociólogo Herbert de Souza, foi a primeira instituição a apresentar, ainda na década de 1990, um modelo de balanço social para os grupos brasileiros.
A mais recente pesquisa do Instituto ADVB de Responsabilidade Social, ligado à Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, divulgada na semana passada, dá uma mostra da pouca penetração desses balanços entre as empresas brasileiras. Dos 3.110 grupos do País ouvidos pela pesquisa – todos do cadastro da ADVB –, apenas 29% publicam balanços sociais.
O estudo mostra, entretanto, que o investimento em ações sociais cresce: o gasto das empresas com esses projetos aumentou 28% no ano passado em relação ao ano anterior. Mas a publicação só cresceu um ponto percentual: em 2004, 28% das empresas apresentaram o documento.
Segundo Livio Giosa, diretor do Instituto ADVB, as empresas mais dependentes do mercado internacional – basicamente, exportadoras – têm preocupação maior em publicar o documento, que pode se tornar cartão de visitas em alguns mercados. No Brasil, um dos termômetros para se avaliar a preocupação das empresas em publicar esses documentos é o prêmio anual Balanço Social, que avalia os melhores relatórios. Este ano, foram premiadas empresas como Samarco Mineração, Usiminas e Banco Itaú.
Mas o número de inscritos caiu sensivelmente este ano: foram 69, ante 166 no ano passado e 167 em 2004. De acordo com Cláudia, do Ibase, a redução ocorreu porque o regulamento da premiação se tornou mais rigoroso e também por causa da estagnação no número de empresas que publicam esses balanços. (AE)
Segundo Cláudia, a exceção fica para as micro e pequenas empresas, agora mais atentas à responsabilidade social, até por exigência de seus clientes. "É nas pequenas empresas que a publicação dos balanços tende a crescer, puxada pelas cobranças das grandes que compram seus produtos", explica. O Ibase, ONG criada pelo sociólogo Herbert de Souza, foi a primeira instituição a apresentar, ainda na década de 1990, um modelo de balanço social para os grupos brasileiros.
A mais recente pesquisa do Instituto ADVB de Responsabilidade Social, ligado à Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, divulgada na semana passada, dá uma mostra da pouca penetração desses balanços entre as empresas brasileiras. Dos 3.110 grupos do País ouvidos pela pesquisa – todos do cadastro da ADVB –, apenas 29% publicam balanços sociais.
O estudo mostra, entretanto, que o investimento em ações sociais cresce: o gasto das empresas com esses projetos aumentou 28% no ano passado em relação ao ano anterior. Mas a publicação só cresceu um ponto percentual: em 2004, 28% das empresas apresentaram o documento.
Segundo Livio Giosa, diretor do Instituto ADVB, as empresas mais dependentes do mercado internacional – basicamente, exportadoras – têm preocupação maior em publicar o documento, que pode se tornar cartão de visitas em alguns mercados. No Brasil, um dos termômetros para se avaliar a preocupação das empresas em publicar esses documentos é o prêmio anual Balanço Social, que avalia os melhores relatórios. Este ano, foram premiadas empresas como Samarco Mineração, Usiminas e Banco Itaú.
Mas o número de inscritos caiu sensivelmente este ano: foram 69, ante 166 no ano passado e 167 em 2004. De acordo com Cláudia, do Ibase, a redução ocorreu porque o regulamento da premiação se tornou mais rigoroso e também por causa da estagnação no número de empresas que publicam esses balanços. (AE)