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Eu quero gostar de ler
Por Paula Cunha   18 de outubro de 2006
Por acreditar na máxima de Monteiro Lobato, que diz que "um país se faz com homens e livros", a organização não governamental (ONG) Próxima Página faz uma aposta na criação de atividades de leitura para crianças em escolas públicas. A idéia é evitar que elas sejam vítimas do que se classifica como analfabetismo funcional, que impede que as pessoas absorvam as informações que obtêm no dia-a-dia por meio da leitura.
Para atingir este objetivo, a diretora da entidade, Daniela de Paiva, reuniu há duas semanas pais e alunos da Escola Municipal Dr. Miguel Ferreira Vieira, no bairro de Interlagos, na capital paulista, para selecionar as crianças que participarão do projeto, que foi lançado em agosto, mas cujas atividades, na sede oficial que está sendo construída, começarão em novembro.
Para Daniela, o objetivo do projeto é transformar a vida dessas crianças por meio da leitura. A entidade pretende, com o estímulo dessa prática, torná-las multiplicadoras. "Por isso, nas quatro escolas públicas que já aderiram ao projeto, escolheremos as crianças com melhor desempenho escolar", diz ela.
A reportagem do Diário do Comércio acompanhou um destes processos de seleção na escola municipal Dr. Miguel Ferreira Vieira, do bairro de Interlagos. Pais e filhos assistiram a uma palestra ministrada pelos líderes da ONG e passaram por entrevistas.
O clima entre pais e alunos era de curiosidade, expectativa e otimismo. Durante a palestra de apresentação do projeto, muitos pais questionaram a sua durabilidade, alegando que outras entidades foram à escola, apresentaram planos de atividades interessantes, mas eles não foram desenvolvidos.
Preocupação Dar o que a escola não oferece é a preocupação de Paulo Dal Pino e Marisa Vernacci Dal Pino em relação à sua filha Beatriz, de 11 anos. Por isso, os três compareceram no primeiro sábado de outubro à sede da escola, onde a menina estuda.
Para Paulo, é importante que ONGs atuem junto à escola oferecendo o que ela não consegue proporcionar porque isso enriquece a vida das crianças. "Acho importante que minha filha participe porque ela vai interagir com outras crianças e vai melhorando seus referenciais e participar das atividades com os filhos é uma maneira de cobrar a escola para que ela ofereça melhores condições de ensino".
Sua esposa Marisa concorda e diz ter boas expectativas quanto ao projeto da organhização Próxima Página. "Participamos das reuniões e atividades da escola para acompanhar a vida escolar de nossa filha e esta é uma oportunidade de dar a ela algo a mais para o seu desenvolvimento".
Entusiasmo – Maria Beatriz Dal Pino ficou entusiasmada com as atividades desenvolvidas pela Próxima Página durante a sua apresentação. "Gostei de jogar com as outras crianças. No começo achei que era só uma atividade para ter mais lição de casa, mas quando me explicaram fiquei interessada", disse ela.
Mais desembaraçada durante a entrevista, Maria Beatriz contou que gosta muito quando a professora manda ler em aula. "Em casa, já li todos os livros do Harry Potter. Por isso, quis ver os filmes para ver se eram iguais ao livro e também para ver os atores". Ela conta que gosta de ver TV, brincar no computador e entrar na internet. E conclui: "acho que vai ser legal partipar das atividades da ONG".
Estímulo – O objetivo de Sueli Verri ao levar a filha Fernanda, de 14 anos, à palestra de apresentação da Próxima Página foi procurar um estímulo. Sem muitas atividades extra-curriculares na escola, ela se preocupa com a formação da adolescente. "As únicas atividades diferentes que a escola oferece são o acesso à biblioteca e as aulas de computação. No começo fiquei um pouco com o "pé atrás", mas tive uma boa impressão da apresentação do projeto", diz.
Sueli conta sobre a filha: gosta demais de música, mas não lê muito — informação que a própria Fernanda confirma. "A coordenadora da escola disse que havia um projeto mas não falou sobre o que era. Leio mas não gosto muito. Como vi que o projeto incentiva a leitura, resolvi participar porque acho redação chata e prefiro as aulas de matemática. Durante a apresentação, ensinaram um jogo do qual acabei gostando", diz.
"Além de escutar música, vejo TV e vou à casa das amigas", conta. Agora, a jovem espera o início das atividades em novembro para descobrir o mundo da leitura e ver o que há de interessante nele.
Para atingir este objetivo, a diretora da entidade, Daniela de Paiva, reuniu há duas semanas pais e alunos da Escola Municipal Dr. Miguel Ferreira Vieira, no bairro de Interlagos, na capital paulista, para selecionar as crianças que participarão do projeto, que foi lançado em agosto, mas cujas atividades, na sede oficial que está sendo construída, começarão em novembro.
Para Daniela, o objetivo do projeto é transformar a vida dessas crianças por meio da leitura. A entidade pretende, com o estímulo dessa prática, torná-las multiplicadoras. "Por isso, nas quatro escolas públicas que já aderiram ao projeto, escolheremos as crianças com melhor desempenho escolar", diz ela.
A reportagem do Diário do Comércio acompanhou um destes processos de seleção na escola municipal Dr. Miguel Ferreira Vieira, do bairro de Interlagos. Pais e filhos assistiram a uma palestra ministrada pelos líderes da ONG e passaram por entrevistas.
O clima entre pais e alunos era de curiosidade, expectativa e otimismo. Durante a palestra de apresentação do projeto, muitos pais questionaram a sua durabilidade, alegando que outras entidades foram à escola, apresentaram planos de atividades interessantes, mas eles não foram desenvolvidos.
Preocupação Dar o que a escola não oferece é a preocupação de Paulo Dal Pino e Marisa Vernacci Dal Pino em relação à sua filha Beatriz, de 11 anos. Por isso, os três compareceram no primeiro sábado de outubro à sede da escola, onde a menina estuda.
Para Paulo, é importante que ONGs atuem junto à escola oferecendo o que ela não consegue proporcionar porque isso enriquece a vida das crianças. "Acho importante que minha filha participe porque ela vai interagir com outras crianças e vai melhorando seus referenciais e participar das atividades com os filhos é uma maneira de cobrar a escola para que ela ofereça melhores condições de ensino".
Sua esposa Marisa concorda e diz ter boas expectativas quanto ao projeto da organhização Próxima Página. "Participamos das reuniões e atividades da escola para acompanhar a vida escolar de nossa filha e esta é uma oportunidade de dar a ela algo a mais para o seu desenvolvimento".
Entusiasmo – Maria Beatriz Dal Pino ficou entusiasmada com as atividades desenvolvidas pela Próxima Página durante a sua apresentação. "Gostei de jogar com as outras crianças. No começo achei que era só uma atividade para ter mais lição de casa, mas quando me explicaram fiquei interessada", disse ela.
Mais desembaraçada durante a entrevista, Maria Beatriz contou que gosta muito quando a professora manda ler em aula. "Em casa, já li todos os livros do Harry Potter. Por isso, quis ver os filmes para ver se eram iguais ao livro e também para ver os atores". Ela conta que gosta de ver TV, brincar no computador e entrar na internet. E conclui: "acho que vai ser legal partipar das atividades da ONG".
Estímulo – O objetivo de Sueli Verri ao levar a filha Fernanda, de 14 anos, à palestra de apresentação da Próxima Página foi procurar um estímulo. Sem muitas atividades extra-curriculares na escola, ela se preocupa com a formação da adolescente. "As únicas atividades diferentes que a escola oferece são o acesso à biblioteca e as aulas de computação. No começo fiquei um pouco com o "pé atrás", mas tive uma boa impressão da apresentação do projeto", diz.
Sueli conta sobre a filha: gosta demais de música, mas não lê muito — informação que a própria Fernanda confirma. "A coordenadora da escola disse que havia um projeto mas não falou sobre o que era. Leio mas não gosto muito. Como vi que o projeto incentiva a leitura, resolvi participar porque acho redação chata e prefiro as aulas de matemática. Durante a apresentação, ensinaram um jogo do qual acabei gostando", diz.
"Além de escutar música, vejo TV e vou à casa das amigas", conta. Agora, a jovem espera o início das atividades em novembro para descobrir o mundo da leitura e ver o que há de interessante nele.