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Estratégia corporativa: ainda poucas empresas
Por Mário Tonocchi, de Campinas    18 de outubro de 2006
A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) — em alta nos departamentos de marketing —, ainda dá os primeiros passos como estratégia corporativa nas empresas do interior de São Paulo. Foi o que constatou pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-Campinas) com 42 das 156 associadas dos 19 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e de seis cidades do interior.
Apresentado ontem, o trabalho apontou que apenas 19% das empresas do interior têm programas consolidados de gestão de RSE. De acordo com o coordenador da pesquisa, Arnaldo Rezende, 14% das empresas informaram que realizam "alguma ação social interna"; 12% disseram que praticam somente ações sociais externas. Outros 45% fazem ações internas e externas pontuais. Os demais 10% não realizam trabalhos de responsabilidade social. "O que não se percebeu ainda é que dá dinheiro ter uma política de responsabilidade social e que não basta ter apenas marketing", disse o coordenador.
Relacionamento - Segundo Rezende, professor da cadeira de 3º Setor da Faculdades Campinas (Facamp) e superintendente-executivo da Fundação de Entidades Assistenciais de Campinas (Feac), o conceito moderno de responsabilidade social baseia-se na relação da empresa com diversos setores: fornecedores, colaboradores, governos, comunidade, meio ambiente e acionistas. "É este conjunto que dá às empresas o reconhecimento da comunidade em relação à responsabilidade social".
Motivos - Para o professor, é necessária a profissionalização da ação de RSE. Isto aparece no quesito sobre motivos que levam a empresa a agir socialmente: 36% dos pesquisados informaram que as ações acontecem por altruísmo dos empresários. Outros 22% o fazem para agregar valor à imagem da empresa no mercado. E 10% querem aumentar satisfação e fidelidade de clientes e consumidores. "São consumidores e clientes que vão acabar levando à frente a ação social estruturada", diz Rezende.
Entre as empresas pesquisadas está a Archivum Comercial, de Campinas, que trabalha com organização e guarda de documentos de empresas. Com 52 funcionários, segundo o diretor Amílcar Amarelo, a empresa ajuda 12 entidades da região de Campinas e da capital. "Não temos um departamento para isso", afirmou o empresário. De acordo com ele, além de ajudar financeiramente as instituições, a empresa também oferece cursos de aperfeiçoamento profissional para funcionários e os libera para trabalhos voluntários.
Números - A pesquisa também mostrou que o incentivo fiscal ainda é pouco utilizado porque privilegia exclusivamente empresas com regime de lucro real. Para o ano que vem, as empresas programaram-se para investir o mesmo que gastaram este ano com responsabilidade social.
Apresentado ontem, o trabalho apontou que apenas 19% das empresas do interior têm programas consolidados de gestão de RSE. De acordo com o coordenador da pesquisa, Arnaldo Rezende, 14% das empresas informaram que realizam "alguma ação social interna"; 12% disseram que praticam somente ações sociais externas. Outros 45% fazem ações internas e externas pontuais. Os demais 10% não realizam trabalhos de responsabilidade social. "O que não se percebeu ainda é que dá dinheiro ter uma política de responsabilidade social e que não basta ter apenas marketing", disse o coordenador.
Relacionamento - Segundo Rezende, professor da cadeira de 3º Setor da Faculdades Campinas (Facamp) e superintendente-executivo da Fundação de Entidades Assistenciais de Campinas (Feac), o conceito moderno de responsabilidade social baseia-se na relação da empresa com diversos setores: fornecedores, colaboradores, governos, comunidade, meio ambiente e acionistas. "É este conjunto que dá às empresas o reconhecimento da comunidade em relação à responsabilidade social".
Motivos - Para o professor, é necessária a profissionalização da ação de RSE. Isto aparece no quesito sobre motivos que levam a empresa a agir socialmente: 36% dos pesquisados informaram que as ações acontecem por altruísmo dos empresários. Outros 22% o fazem para agregar valor à imagem da empresa no mercado. E 10% querem aumentar satisfação e fidelidade de clientes e consumidores. "São consumidores e clientes que vão acabar levando à frente a ação social estruturada", diz Rezende.
Entre as empresas pesquisadas está a Archivum Comercial, de Campinas, que trabalha com organização e guarda de documentos de empresas. Com 52 funcionários, segundo o diretor Amílcar Amarelo, a empresa ajuda 12 entidades da região de Campinas e da capital. "Não temos um departamento para isso", afirmou o empresário. De acordo com ele, além de ajudar financeiramente as instituições, a empresa também oferece cursos de aperfeiçoamento profissional para funcionários e os libera para trabalhos voluntários.
Números - A pesquisa também mostrou que o incentivo fiscal ainda é pouco utilizado porque privilegia exclusivamente empresas com regime de lucro real. Para o ano que vem, as empresas programaram-se para investir o mesmo que gastaram este ano com responsabilidade social.