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Aquele abraço
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   25 de outubro de 2006
Pense globalmente e atue localmente. A frase de John Lennon define como funcionam as ações sociais de alguns dos grandes hospitais particulares de São Paulo que decidiram voltar seus olhos para as comunidades que os cercam. Além de atendimento médico, alfabetização, cursos profissionalizantes, ações para gerar renda e reforço escolar, entre outras iniciativas, o Hospital Sírio-Libanês está reforçando o atendimento preventivo para a população carente do entorno de sua sede, no bairro da Bela Vista, e ao mesmo tempo estimulando a auto-estima dessas pessoas ao ajudá-las a se capacitar para o trabalho. Olhar global, ação local.
Batizado "Projeto Abrace seu Bairro", o plano realizou mais de sete mil atendimentos sócio-educativos desde o início de suas atividades há quatro anos e está transformando a vida dos moradores do bairro.
Luciene Maria Silva Feliciano faz parte da população estimada em 17 mil pessoas que vive na vizinhança e cuja renda familiar é inferior a cinco salários mínimos. A diarista, que tem dois filhos, mora na Bela Vista há 18 anos e conheceu os projetos sociais do hospital há três.
"Vim da Paraíba com meu marido e estou no Abrace há três anos. No começo, vim para cá fazer apenas o curso de alfabetização. Já estava mais adiantada, mas entrei na turma iniciante e fiquei um ano inteiro com ela. Depois, fui para outra escola e, agora, estou inscrita no curso para eliminar matemática e concluir o Ensino Fundamental", conta orgulhosa.
Ao mesmo tempo, ela se prepara para ajudar a família a aumentar sua renda freqüentando os cursos de corte e costura e manufatura de bonecas. Eles fazem parte do projeto de geração de renda pelo qual todos os adultos passam ao entrar no Abrace Seu Bairro . "Quero fazer, também, o curso de bijuterias. Gosto das aulas porque os professores orientam e fazem tudo do jeito mais fácil", diz ela.
Os filhos também participam das atividades da instituição. O mais velho, agora com 17 anos, já está concluindo o ensino médio e fez parte da complementação escolar e das práticas de esporte. O mais novo, de 13 anos, está no curso de computação e na complementação escolar.
Para Luciene, é um conforto ver os filhos participando das atividades do Abrace Seu Bairro porque ela compreende que elas ajudam no desenvolvimento dos meninos. "As pessoas que me trouxeram para cá me incentivaram muito e estão me ajudando. Este lugar é muito importante para mim", diz.
Evolução – Para a coordenadora de projetos do Sírio-Libanês, Cassia Maria Gellerth, este depoimento é um sinal de que os projetos do hospital estão no caminho certo da integração com a comunidade.
A assistente social já tinha experiência na formulação de planos sociais para empresas que desejavam atuar no seu entorno. Ela explica que "é bom criar um projeto, mas o melhor é aprender com as pessoas que passam por ele. Elas se transformam e nos transformam também."
A coordenadora da sala de estudos, Maria do Carmo Altieri, explica que as crianças e adolescentes são encaminhadas todos os dias para este espaço assim que chegam à sede do projeto. "Aqui, atendemos diversas faixas etárias em vários horários e todos ficam juntos, o que estimula a cooperação entre todos. E temos uma psicopedagoga e uma fonoaudióloga que avaliam como a criança está na escola", diz.
Durante a visita do Diário do Comércio , uma aula de esporte cooperativo estava acontecendo na quadra do projeto. A professora Sonja Garcia Goulart estava promovendo uma partida de futebol entre crianças de diversas faixas etárias e difererentes estágios de desenvolvimento. Entre elas, havia jovens com dificuldades de locomoção que interagiam normalmente com os outros. "O objetivo do esporte cooperativo não é estimular a competição, mas incentivar a cooperação", conclui.
Batizado "Projeto Abrace seu Bairro", o plano realizou mais de sete mil atendimentos sócio-educativos desde o início de suas atividades há quatro anos e está transformando a vida dos moradores do bairro.
Luciene Maria Silva Feliciano faz parte da população estimada em 17 mil pessoas que vive na vizinhança e cuja renda familiar é inferior a cinco salários mínimos. A diarista, que tem dois filhos, mora na Bela Vista há 18 anos e conheceu os projetos sociais do hospital há três.
"Vim da Paraíba com meu marido e estou no Abrace há três anos. No começo, vim para cá fazer apenas o curso de alfabetização. Já estava mais adiantada, mas entrei na turma iniciante e fiquei um ano inteiro com ela. Depois, fui para outra escola e, agora, estou inscrita no curso para eliminar matemática e concluir o Ensino Fundamental", conta orgulhosa.
Ao mesmo tempo, ela se prepara para ajudar a família a aumentar sua renda freqüentando os cursos de corte e costura e manufatura de bonecas. Eles fazem parte do projeto de geração de renda pelo qual todos os adultos passam ao entrar no Abrace Seu Bairro . "Quero fazer, também, o curso de bijuterias. Gosto das aulas porque os professores orientam e fazem tudo do jeito mais fácil", diz ela.
Os filhos também participam das atividades da instituição. O mais velho, agora com 17 anos, já está concluindo o ensino médio e fez parte da complementação escolar e das práticas de esporte. O mais novo, de 13 anos, está no curso de computação e na complementação escolar.
Para Luciene, é um conforto ver os filhos participando das atividades do Abrace Seu Bairro porque ela compreende que elas ajudam no desenvolvimento dos meninos. "As pessoas que me trouxeram para cá me incentivaram muito e estão me ajudando. Este lugar é muito importante para mim", diz.
Evolução – Para a coordenadora de projetos do Sírio-Libanês, Cassia Maria Gellerth, este depoimento é um sinal de que os projetos do hospital estão no caminho certo da integração com a comunidade.
A assistente social já tinha experiência na formulação de planos sociais para empresas que desejavam atuar no seu entorno. Ela explica que "é bom criar um projeto, mas o melhor é aprender com as pessoas que passam por ele. Elas se transformam e nos transformam também."
A coordenadora da sala de estudos, Maria do Carmo Altieri, explica que as crianças e adolescentes são encaminhadas todos os dias para este espaço assim que chegam à sede do projeto. "Aqui, atendemos diversas faixas etárias em vários horários e todos ficam juntos, o que estimula a cooperação entre todos. E temos uma psicopedagoga e uma fonoaudióloga que avaliam como a criança está na escola", diz.
Durante a visita do Diário do Comércio , uma aula de esporte cooperativo estava acontecendo na quadra do projeto. A professora Sonja Garcia Goulart estava promovendo uma partida de futebol entre crianças de diversas faixas etárias e difererentes estágios de desenvolvimento. Entre elas, havia jovens com dificuldades de locomoção que interagiam normalmente com os outros. "O objetivo do esporte cooperativo não é estimular a competição, mas incentivar a cooperação", conclui.