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Varejo de alimentos. Solidário.
Por Ana Paula Soares    27 de dezembro de 2006
O setor de alimentos despontou como o grande vencedor do 3º Prêmio FGV-EAESP de Responsabilidade Social no Varejo, entregue este ano. Das seis categorias contempladas, três são representadas por empresas e instituições ligadas a esse segmento da economia: Açougue Cultural T-Bone (microempresa), Supermercados Cardoso (média empresa) e Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Joinville (entidade varejista). Nas duas primeiras edições do prêmio, somente um dos vencedores era do setor alimentício.
O aumento dessa participação demonstra o envolvimento crescente do varejo de alimentos em projetos e ações de responsabilidade social, facilitado pelo próprio perfil desse tipo de empresa – muito próxima da comunidade e dos clientes, com os quais mantém um relacionamento freqüente e estreito.
"Dois aspectos são importantes na análise desse resultado", afirma Roberta Cardoso, coordenadora do Programa de Responsabilidade Social no Varejo da FGV-EASP. "O primeiro é a compreensão da amplitude do conceito de responsabilidade social, não mais concentrado em ações voltadas para comunidades, mas também envolvendo a questão ambiental e outros públicos, como funcionários e a cadeia de fornecedores. O segundo é a força da capilaridade do varejo, principalmente de alimentos, que permite uma interação muito grande com o local, outras instituições e empresários, reforçando sua vocação como agente de transformação social."
Esse dado é fundamental para a conscientização do varejista de que não basta ser apenas um comerciante – é preciso criar laços de intimidade com os consumidores e com a comunidade. "O varejista tem mais facilidade de enxergar as necessidades, e o consumidor também consegue ter a percepção de que aquela ação lhe diz respeito", explica Roberta. "Ele vê que não é só uma questão de marketing, sente-se partícipe do projeto."
Indicadores – Para ajudar as empresas do varejo a se inserir no contexto da responsabilidade social, a FGV-EAESP lançou, em parceria com o Instituto Ethos, os Indicadores de Responsabilidade Social nas Empresas Varejistas, ferramenta que permite uma auto-avaliação sobre suas práticas e ações nessa área. "A partir de estágios mais avançados, de acordo com esses indicadores, percebemos que a empresa começa a internalizar certos conceitos e passa a pensar em projetos mais amplos e não somente em filantropia", explica Emilio Martos, gerente de Mobilização do Instituto Ethos.
Manter programas e desenvolver projetos de responsabilidade social significa, segundo Martos, preparar-se para as exigências do mercado e dos consumidores. "É preciso começar a trilhar esse caminho, incluindo a responsabilidade social no planejamento estratégico da empresa, pois o consumidor está deixando de optar pela loja que tem o menor preço, preferindo aquela que tem o preço justo", analisa. "Ou seja, o cliente se dispõe até a pagar mais por um produto ou serviço, se enxergar nele o valor agregado proveniente da preocupação com questões trabalhistas ou ambientais, por exemplo."
O aumento dessa participação demonstra o envolvimento crescente do varejo de alimentos em projetos e ações de responsabilidade social, facilitado pelo próprio perfil desse tipo de empresa – muito próxima da comunidade e dos clientes, com os quais mantém um relacionamento freqüente e estreito.
"Dois aspectos são importantes na análise desse resultado", afirma Roberta Cardoso, coordenadora do Programa de Responsabilidade Social no Varejo da FGV-EASP. "O primeiro é a compreensão da amplitude do conceito de responsabilidade social, não mais concentrado em ações voltadas para comunidades, mas também envolvendo a questão ambiental e outros públicos, como funcionários e a cadeia de fornecedores. O segundo é a força da capilaridade do varejo, principalmente de alimentos, que permite uma interação muito grande com o local, outras instituições e empresários, reforçando sua vocação como agente de transformação social."
Esse dado é fundamental para a conscientização do varejista de que não basta ser apenas um comerciante – é preciso criar laços de intimidade com os consumidores e com a comunidade. "O varejista tem mais facilidade de enxergar as necessidades, e o consumidor também consegue ter a percepção de que aquela ação lhe diz respeito", explica Roberta. "Ele vê que não é só uma questão de marketing, sente-se partícipe do projeto."
Indicadores – Para ajudar as empresas do varejo a se inserir no contexto da responsabilidade social, a FGV-EAESP lançou, em parceria com o Instituto Ethos, os Indicadores de Responsabilidade Social nas Empresas Varejistas, ferramenta que permite uma auto-avaliação sobre suas práticas e ações nessa área. "A partir de estágios mais avançados, de acordo com esses indicadores, percebemos que a empresa começa a internalizar certos conceitos e passa a pensar em projetos mais amplos e não somente em filantropia", explica Emilio Martos, gerente de Mobilização do Instituto Ethos.
Manter programas e desenvolver projetos de responsabilidade social significa, segundo Martos, preparar-se para as exigências do mercado e dos consumidores. "É preciso começar a trilhar esse caminho, incluindo a responsabilidade social no planejamento estratégico da empresa, pois o consumidor está deixando de optar pela loja que tem o menor preço, preferindo aquela que tem o preço justo", analisa. "Ou seja, o cliente se dispõe até a pagar mais por um produto ou serviço, se enxergar nele o valor agregado proveniente da preocupação com questões trabalhistas ou ambientais, por exemplo."