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ONG: conscientização de direitos
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   3 de janeiro de 2007
Conscientizar comunidades carentes de que elas têm condições de se tornar protagonistas de suas ações e de transformar suas vidas. Este é o objetivo da organização não governamental Interação Brasil, que é parceira da Rede Internacional de Ação Comunitária (SDI). Ela estimula, através da criação de poupança comunitária, a iniciativa de comunidades carentes de adquirir áreas legais para construir suas casas. Atua nas cidades de São Paulo, Santos, Sorocaba, Osasco e Várzea Paulista.
Para a presidente da Entidade, Ana Cláudia Rossbach, a atuação junto esta população tem outros pilares fundamentais, além da poupança comunitária. O autocadastramento, que faz uma triagem do perfil da população (com idade, renda per capita, etc), funciona como um mapeamento das favelas e pode ser utilizado para determinar suas necessidades.
Ela conta que é economista e sempre trabalhou na área de habitação dentro do governo municipal de São Paulo e nela acumulou informações e experiência sobre o setor. Quando conheceu a SDI, resolveu participar de um intercâmbio e ampliar a experiência das comunidades brasileiras que já participavam do projeto.
Sandra Simões, diretora e sócia fundadora da ONG, ressalta que o auto-recenceamento é muito importante porque são os próprios moradores que coletam os dados e isso dá a eles uma visão clara sobre os bairros onde moram e as possibilidades de atuação. Estes dados ficam com a própria população, que acaba utilizando estas informações quando procuram a prefeitura e a secretaria de habitação para reivindicar soluções para os seus problemas de moradia.
A assistente social da Interação, Stefânia Herin, destaca que a poupança comunitária resgata valores deturpados da sociedade e faz com que aflore a solidariedade entre os participantes do projeto. Sandra acrescenta que as pessoas que já se integraram aos grupos de poupança acompanham os representantes da ONG nas comunidades escolhidas para se iniciar o projeto e dar depoimentos sobre suas experiências. Os núcleos já formados acabam "apadrinhando" e orientando os novos.
Parcerias e intercâmbio – Além da SDI, a Interação firmou parcerias com outras ONGs para fazer este mapeamento nas favelas e com as prefeituras das cidades onde atua. A Ashoka, por exemplo, também auxiliou no processo de coleta de dados. Entre o empresariado, conseguiu apoio de um escritório de advocacia que ajuda as comunidades em situação de risco de despejo. Há também um empresário que colabora na gestão da entidade, o Instituto Elus (que atua em Santos) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), entre outros.
Ana Cláudia lembra que nestes dois anos de atuação, a ONG já realizou e participou de seis intercâmbios da SDI com a África do Sul e no próximo ano seus representantes irão à Índia. "Temos muito a aprender, pois na África do Sul este processo existe há 18 anos e na Índia há 20 anos. Atualmente, 24 países fazem parte da entidade internacional".
E acrescenta que, no Brasil, os grupos que atuam desde o início do processo continuam com o principal objetivo de atuar para melhorar suas condições de habitação mas, ao mesmo tempo, estão desenvolvendo cursos de geração de renda.
O grupo é otimista quanto ao futuro da ONG e das populações envolvidas porque, apesar da complexidade das relações com as prefeituras das áreas onde atuam, elas recebem respostas e aprenderam que são mais fortes quando propõem soluções específicas e não apenas as reivindicam. Segundo Ana Cláudia, muitas vezes, as prefeituras nem sabem dos problemas de determinadas regiões da cidade e as comunidades que fazem parte da ONG chegam a elas com mais força porque apresentam um estudo pronto sobre as características e necessidades da região onde vivem.
Para a presidente da Entidade, Ana Cláudia Rossbach, a atuação junto esta população tem outros pilares fundamentais, além da poupança comunitária. O autocadastramento, que faz uma triagem do perfil da população (com idade, renda per capita, etc), funciona como um mapeamento das favelas e pode ser utilizado para determinar suas necessidades.
Ela conta que é economista e sempre trabalhou na área de habitação dentro do governo municipal de São Paulo e nela acumulou informações e experiência sobre o setor. Quando conheceu a SDI, resolveu participar de um intercâmbio e ampliar a experiência das comunidades brasileiras que já participavam do projeto.
Sandra Simões, diretora e sócia fundadora da ONG, ressalta que o auto-recenceamento é muito importante porque são os próprios moradores que coletam os dados e isso dá a eles uma visão clara sobre os bairros onde moram e as possibilidades de atuação. Estes dados ficam com a própria população, que acaba utilizando estas informações quando procuram a prefeitura e a secretaria de habitação para reivindicar soluções para os seus problemas de moradia.
A assistente social da Interação, Stefânia Herin, destaca que a poupança comunitária resgata valores deturpados da sociedade e faz com que aflore a solidariedade entre os participantes do projeto. Sandra acrescenta que as pessoas que já se integraram aos grupos de poupança acompanham os representantes da ONG nas comunidades escolhidas para se iniciar o projeto e dar depoimentos sobre suas experiências. Os núcleos já formados acabam "apadrinhando" e orientando os novos.
Parcerias e intercâmbio – Além da SDI, a Interação firmou parcerias com outras ONGs para fazer este mapeamento nas favelas e com as prefeituras das cidades onde atua. A Ashoka, por exemplo, também auxiliou no processo de coleta de dados. Entre o empresariado, conseguiu apoio de um escritório de advocacia que ajuda as comunidades em situação de risco de despejo. Há também um empresário que colabora na gestão da entidade, o Instituto Elus (que atua em Santos) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), entre outros.
Ana Cláudia lembra que nestes dois anos de atuação, a ONG já realizou e participou de seis intercâmbios da SDI com a África do Sul e no próximo ano seus representantes irão à Índia. "Temos muito a aprender, pois na África do Sul este processo existe há 18 anos e na Índia há 20 anos. Atualmente, 24 países fazem parte da entidade internacional".
E acrescenta que, no Brasil, os grupos que atuam desde o início do processo continuam com o principal objetivo de atuar para melhorar suas condições de habitação mas, ao mesmo tempo, estão desenvolvendo cursos de geração de renda.
O grupo é otimista quanto ao futuro da ONG e das populações envolvidas porque, apesar da complexidade das relações com as prefeituras das áreas onde atuam, elas recebem respostas e aprenderam que são mais fortes quando propõem soluções específicas e não apenas as reivindicam. Segundo Ana Cláudia, muitas vezes, as prefeituras nem sabem dos problemas de determinadas regiões da cidade e as comunidades que fazem parte da ONG chegam a elas com mais força porque apresentam um estudo pronto sobre as características e necessidades da região onde vivem.