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Bater perna em shopping garante o futuro
Por Paula Cunha    10 de janeiro de 2007
"Posso ajudar?" Com esta frase, adolescentes paulistanas com idade entre 15 e 17 anos estão mudando o seu futuro. Elas fazem parte de um programa do Shopping West Plaza, que existe há um ano. O "Posso Ajudar" tem o objetivo de oferecer a primeira oportunidade a jovens sem experiência no mercado de trabalho e humanizar o atendimento aos freqüentadores.
Andando pelos corredores do shopping durante todo o dia, elas nem têm mais noção de quantos quilômetros percorrem, mas estão certas de que não estão andando em círculos e escaparam das terríveis estatísticas que comprovam as dificuldades que os jovens enfrentam para iniciar sua vida profissional.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto o índice geral de desemprego atingiu a marca de 9,5% em novembro de 2006 nas seis principais regiões metropolitanas do país, o índice medido para jovens de 18 a 24 saltou para estrondosos 20%. No mesmo mês, dos 2,2 milhões de desocupados que buscavam trabalho, 428 mil estavam à procura do primeiro emprego.
Diante destes números, iniciativas como esta do Shopping West Plaza, podem parecer um pingo d'água no oceano, mas a garra com que os jovens escolhidos encaram a oportunidade aponta que estes programas podem ser uma alternativa válida.
Com 16 anos e cursando o terceiro ano do Ensino Médio, Mônica Cardoso de Deus está encarando este primeiro emprego como uma oportunidade não apenas de adquirir experiência, mas também de escolher a profissão. "Acho a área de administração interessante e penso, também, em Direito", conta.
A jovem, que mora em Perus (zona Oeste da capital paulista), entregou seu currículo no West Plaza quando descobriu que o programa existia em outro shopping, o Pátio Higienópolis. Outros centros de compras têm programas semelhantes. Interessou-se pelo projeto porque tem facilidade para lidar com o público e gosta do ambiente de shopping centers.
Agora, Mônica pensa em continuar os estudos e se aperfeiçoar com cursos de informática e inglês. A rotina puxada, estuda durante o período da manhã e trabalha no shopping das 16h às 22h, não a desanima. "Acho que estou no rumo certo."
Um pouco à frente de Mônica, Greyse Graziele Gomes, de 17 anos, está no programa há um ano e dois meses e já passou do estágio de orientação aos freqüentadores para o Executive Plaza, um serviço especial criado pelo shopping para atender aos executivos que trabalham nas imediações do centro de compras e desejam realizar encontros de negócios em suas dependências ou simplesmente almoçar.
Em função desta experiência diferenciada que está adquirindo, Greyse já sabe o que quer para o seu futuro profissional: pretende estudar marketing e continuar no atendimento ao público. "Gosto de lidar com as pessoas. Não gostaria de trabalhar em uma sala isolada", diz.
Atendimento diferenciado – Treinar jovens para orientar consumidores dentro de shoppings tem sido uma opção para humanizar estes espaços comerciais. Pessoas com dificuldades para acessar terminais de consulta sentem-se mais à vontade para procurar uma determinada loja ou obter informações sobre as atividades de lazer, por exemplo.
Para o freqüentador do West Plaza, Claudinei Ferreira Lopes, que diz que o manuseio das máquinas era confuso às vezes, é melhor saber o percurso mais curto para uma determinada loja com uma pessoa com a qual ele pode conversar. "Elas ajudam bastante", diz.
Meta atingida – Esta humanização era um dos objetivos do programa do West Plaza, na avaliação de sua gerente de Marketing, Ana Guiomar Rodrigues. Para ela, oferecer uma forma de agilizar a rotina dos freqüentadores e oferecer uma primeira oportunidade de trabalho a jovens sem experiência foi atingida. Iniciado há um ano, ele recrutou inicialmente 12 meninas e já existem planos para ampliar para 16 vagas. "Os lojistas já contam com a ajuda das meninas, que ficam em pontos estratégicos e o treinamento que criamos para elas as tornam aptas a esclarecer todas as dúvidas sobre o funcionamento do shopping", explica.
Além disso, as jovens têm chances de alcançar postos superiores de trabalho no shopping. "Há duas meninas que já fazem parte da equipe de atendimento ao cliente no shopping Higienópolis e outra está na recepção de executivos aqui. Outras acabaram indo para lojas que as contrataram. Estamos fazendo a nossa parte para oferecer boas chances a elas."
Andando pelos corredores do shopping durante todo o dia, elas nem têm mais noção de quantos quilômetros percorrem, mas estão certas de que não estão andando em círculos e escaparam das terríveis estatísticas que comprovam as dificuldades que os jovens enfrentam para iniciar sua vida profissional.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto o índice geral de desemprego atingiu a marca de 9,5% em novembro de 2006 nas seis principais regiões metropolitanas do país, o índice medido para jovens de 18 a 24 saltou para estrondosos 20%. No mesmo mês, dos 2,2 milhões de desocupados que buscavam trabalho, 428 mil estavam à procura do primeiro emprego.
Diante destes números, iniciativas como esta do Shopping West Plaza, podem parecer um pingo d'água no oceano, mas a garra com que os jovens escolhidos encaram a oportunidade aponta que estes programas podem ser uma alternativa válida.
Com 16 anos e cursando o terceiro ano do Ensino Médio, Mônica Cardoso de Deus está encarando este primeiro emprego como uma oportunidade não apenas de adquirir experiência, mas também de escolher a profissão. "Acho a área de administração interessante e penso, também, em Direito", conta.
A jovem, que mora em Perus (zona Oeste da capital paulista), entregou seu currículo no West Plaza quando descobriu que o programa existia em outro shopping, o Pátio Higienópolis. Outros centros de compras têm programas semelhantes. Interessou-se pelo projeto porque tem facilidade para lidar com o público e gosta do ambiente de shopping centers.
Agora, Mônica pensa em continuar os estudos e se aperfeiçoar com cursos de informática e inglês. A rotina puxada, estuda durante o período da manhã e trabalha no shopping das 16h às 22h, não a desanima. "Acho que estou no rumo certo."
Um pouco à frente de Mônica, Greyse Graziele Gomes, de 17 anos, está no programa há um ano e dois meses e já passou do estágio de orientação aos freqüentadores para o Executive Plaza, um serviço especial criado pelo shopping para atender aos executivos que trabalham nas imediações do centro de compras e desejam realizar encontros de negócios em suas dependências ou simplesmente almoçar.
Em função desta experiência diferenciada que está adquirindo, Greyse já sabe o que quer para o seu futuro profissional: pretende estudar marketing e continuar no atendimento ao público. "Gosto de lidar com as pessoas. Não gostaria de trabalhar em uma sala isolada", diz.
Atendimento diferenciado – Treinar jovens para orientar consumidores dentro de shoppings tem sido uma opção para humanizar estes espaços comerciais. Pessoas com dificuldades para acessar terminais de consulta sentem-se mais à vontade para procurar uma determinada loja ou obter informações sobre as atividades de lazer, por exemplo.
Para o freqüentador do West Plaza, Claudinei Ferreira Lopes, que diz que o manuseio das máquinas era confuso às vezes, é melhor saber o percurso mais curto para uma determinada loja com uma pessoa com a qual ele pode conversar. "Elas ajudam bastante", diz.
Meta atingida – Esta humanização era um dos objetivos do programa do West Plaza, na avaliação de sua gerente de Marketing, Ana Guiomar Rodrigues. Para ela, oferecer uma forma de agilizar a rotina dos freqüentadores e oferecer uma primeira oportunidade de trabalho a jovens sem experiência foi atingida. Iniciado há um ano, ele recrutou inicialmente 12 meninas e já existem planos para ampliar para 16 vagas. "Os lojistas já contam com a ajuda das meninas, que ficam em pontos estratégicos e o treinamento que criamos para elas as tornam aptas a esclarecer todas as dúvidas sobre o funcionamento do shopping", explica.
Além disso, as jovens têm chances de alcançar postos superiores de trabalho no shopping. "Há duas meninas que já fazem parte da equipe de atendimento ao cliente no shopping Higienópolis e outra está na recepção de executivos aqui. Outras acabaram indo para lojas que as contrataram. Estamos fazendo a nossa parte para oferecer boas chances a elas."