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Problemas sociais têm remédio

Por Paula Cunha / Diário do Comércio   28 de fevereiro de 2007
Atuar diretamente junto à comunidade do entorno para transformar sua realidade. Assim, algumas redes de farmácias em São Paulo acreditam que existe remédio para resolver diversos problemas sociais. Campanhas de orientação médica, incentivar o público a apoiar instituições de amparo aos carentes e preservação de áreas verdes em diversos bairros fazem parte deste esforço de alguns varejistas do setor. Sentir as necessidades do bairro onde está instalada. Esta foi a estratégia da Drogaria Sinete, situada desde 1969 nos bairros da Mooca, Cambuci, Sapopemba e de Vila Dalila. No primeiro, a grande concentração de idosos levou o empreendimento a oferecer sessões gratuitas de medição de pressão sanguinea e exames para medir o nível de colesterol no início da década de 90. Depois, vieram os testes de detecção de diabetes e as palestras ministradas por médicos e enfermeiras contratados pela própria rede. O gerente de patrimônio da Sinete, Alan de Andrade, explica que a cadeia de farmácias não vincula estas ações à venda de medicamentos e outros produtos. "Nossa preocupação é informar a população. Os temas abordados nas palestras vão desde a importância do controle da pressão sanguinea, doenças em geral e até sexo na terceira idade", explica. Ele acrescenta que outras iniciativas como as caminhadas pelo bairro para incentivar hábitos saudáveis têm sido bem recebidas pela população local. A próxima já está marcada para o dia 15 de abril. Para participar desta atividade física, os interessados precisam doar um quilo de alimento não perecível. Com isso, a rede encaminha estas doações às igrejas e entidades do bairro que ajudam a população carente. "Os resultados da arrecadação e a entrega dos alimentos e donativos são divulgadas nos jornais locais para prestar contas à população", acrescenta. Além disso, a rede se responsabilizou pela conservação dos canteiros de uma das principais avenidas da Mooca, a Paes de Barros. Já foram plantadas 10 mil mudas de lírios por jardineiros especializados e que são auxiliados pelos freqüentadores da entidade Arsenal, que ajuda dependentes químicos e sem-teto. Laços estreitos – Já a Droga Raia procurou entidades assistenciais para apoiar quando decidiu desenvolver seu projeto de responsabilidade social. Ela já destinou, nos últimos sete anos, R$ 2,5 milhões a 21 instituições. Destas doações nasceu a iniciativa de destinar esta verba para suprir as necessidades mais imediatas das entidades assistidas. A assessoria da rede cita como exemplo de ação bem-sucedida a construção do Centro de Promoção de Saúde e de uma lavanderia na Casa dos Velhinhos de Ondina Lobo, inaugurados no início deste ano. Para obter o dinheiro necessário para esta obra, a Droga Raia lançou a Revista Idéia Plena, que é vendida nas lojas da rede em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais por R$ 0,90 o exemplar. Com o sucesso da iniciativa, a rede pretende desenvolver mais projetos para idosos, já que até o momento suas ações eram mais concentradas no auxílio a entidades que amparam crianças e adolescentes, como o Graacc, em São Paulo.

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