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Casa abriga marinheiros de primeira viagem
Por Diário do Comércio   21 de março de 2007
Um casarão em estilo colonial, com cerca de 500 m² de área construída, em frente a praia do Embaré, em Santos, ocupa hoje o grande terreno que abrigou a casa de Ana da Rocha Ribeiro dos Santos, do marido José Ribeiro e de seus 12 filhos. Anita, como a moradora era conhecida, gostava de viajar e conversar, principalmente com crianças.
Durante as conversas, principalmente no interior, uma coisa intrigava o filho mais novo, Américo Ribeiro dos Santos: ele ficava surpreso como tantos garotos não conheciam o mar, tão presente no seu cotidiano. Anita morreu em 1954. E, menos de um ano depois, Américo passou a idealizar uma instituição que homenageasse a mãe e ajudasse crianças carentes a conhecer o mar. O sonho começou a se concretizar em 1967, com o início da construção da Casa da Vovó Anita, entidade filantrópica inaugurada em 1972.
Nestes 35 anos, a Casa já recebeu mais de 50 mil crianças. É mantida por três comerciantes, filhos de Américo Ribeiro, falecido em 1983. Conta com a colaboração de padarias, supermercados e pequenos comerciantes de Santos, que doam alimentos, roupas, material de higiene etc.
Um conselho formado por dez pessoas (familiares e não-familiares), todas voluntárias, administra a Casa, que mantém 24 funcionários –a diretoria não revela o orçamento. "O objetivo é oferecer acomodações dignas para que essas crianças possam aliar o lazer a uma educação lúdica", afirma Fabiana Schaeffer, conselheira da entidade e neta de Américo, bisneta de Anita.
A Casa da Vovó Anita possui duas alas, cada uma com dormitório para 55 crianças, além de um quarto conjugado, para monitores e coordenadores. Há auditório com 154 lugares, brinquedoteca, lavanderia industrial e dois refeitórios, com a retaguarda de ampla cozinha.
Os visitantes recebem roupas de cama e banho, produtos de higiene e cinco refeições diárias. Cada grupo (normalmente, duas entidades por quinzena) fica hospedado por até 14 dias, gratuitamente, mas tem de arcar com os gastos da viagem.
"A grande dificuldade de trabalhar no Terceiro Setor é que você precisa provar a todo o instante que é sério, decente. Não há ajuda do governo e sempre há muita desconfiança. Muitas entidades assistenciais têm que cancelar a vinda, porque não conseguem apoio para pagar a viagem", diz Fabiana Schaeffer, que dirige a agência Netza Marketing Promocional e Eventos, de São Paulo, e também procura envolver seus funcionários em ações periódicas na entidade.
Casa da Vovó Anita: Av. Bartolomeu de Gusmão,48, Embaré, tel. (13) 3236-5401; www.casadavovoanita.com.br.
Durante as conversas, principalmente no interior, uma coisa intrigava o filho mais novo, Américo Ribeiro dos Santos: ele ficava surpreso como tantos garotos não conheciam o mar, tão presente no seu cotidiano. Anita morreu em 1954. E, menos de um ano depois, Américo passou a idealizar uma instituição que homenageasse a mãe e ajudasse crianças carentes a conhecer o mar. O sonho começou a se concretizar em 1967, com o início da construção da Casa da Vovó Anita, entidade filantrópica inaugurada em 1972.
Nestes 35 anos, a Casa já recebeu mais de 50 mil crianças. É mantida por três comerciantes, filhos de Américo Ribeiro, falecido em 1983. Conta com a colaboração de padarias, supermercados e pequenos comerciantes de Santos, que doam alimentos, roupas, material de higiene etc.
Um conselho formado por dez pessoas (familiares e não-familiares), todas voluntárias, administra a Casa, que mantém 24 funcionários –a diretoria não revela o orçamento. "O objetivo é oferecer acomodações dignas para que essas crianças possam aliar o lazer a uma educação lúdica", afirma Fabiana Schaeffer, conselheira da entidade e neta de Américo, bisneta de Anita.
A Casa da Vovó Anita possui duas alas, cada uma com dormitório para 55 crianças, além de um quarto conjugado, para monitores e coordenadores. Há auditório com 154 lugares, brinquedoteca, lavanderia industrial e dois refeitórios, com a retaguarda de ampla cozinha.
Os visitantes recebem roupas de cama e banho, produtos de higiene e cinco refeições diárias. Cada grupo (normalmente, duas entidades por quinzena) fica hospedado por até 14 dias, gratuitamente, mas tem de arcar com os gastos da viagem.
"A grande dificuldade de trabalhar no Terceiro Setor é que você precisa provar a todo o instante que é sério, decente. Não há ajuda do governo e sempre há muita desconfiança. Muitas entidades assistenciais têm que cancelar a vinda, porque não conseguem apoio para pagar a viagem", diz Fabiana Schaeffer, que dirige a agência Netza Marketing Promocional e Eventos, de São Paulo, e também procura envolver seus funcionários em ações periódicas na entidade.
Casa da Vovó Anita: Av. Bartolomeu de Gusmão,48, Embaré, tel. (13) 3236-5401; www.casadavovoanita.com.br.