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Bovespa abre as portas para o meio ambiente

Por Paula Cunha    30 de maio de 2007
Depois dos projetos educacionais voltados para crianças, adolescentes e jovens adultos lançados na Bolsa de Valores Sociais (BVS), em 2003, agora chega a vez do meio ambiente. A iniciativa, nas palavras dos criadores do programa, atende as demandas pela criação de planos e projetos para combater os problemas ambientais enfrentados pelo planeta e estimular entidades, governos e iniciativa privada na busca por soluções. "O novo projeto é o desdobramento da Bolsa de Valores Sociais", destacou Izalco Sardemberg, diretor de Responsabilidade Social da Bovespa. O programa recebeu apoio da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do secretário estadual do Meio Ambiente, Chico Graziano.

Durante o lançamento da BVS&A, o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, disse que o desejo é continuar transformando a cultura econômica do país. "Incluir o meio ambiente é mais um passo nesse sentido. Já investimos R$ 5 milhões na Bolsa de Valores Sociais em 36 projetos no país e vamos investir no meio ambiente".

Para desenvolver o projeto, a Bovespa fez um levantamento para detectar quais os setores mais necessitados de recursos. Workshops com 20 especialistas e a ajuda do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) deram o caminho: educação para sustentabilidade, mudanças climáticas, recursos hídricos, biodiversidade e cidades sustentáveis.

Assim, empresas e entidades que desenvolvam projetos nestas áreas deverão seguir padrões como adequação aos objetivos, contar com sustentabilidade econômica e social, qualificar sua equipe técnica, observar a relação custo/benefício de suas ações e realizar planos que estejam alinhados com políticas públicas.

Repercussão – Durante o lançamento da BVS&A, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,disse que "estamos com a responsabilidade de fazer com que o setor público esteja lado a lado com as ONGs, as empresas e a sociedade e os investimentos que teremos aqui estarão sinalizando o nosso compromisso com o futuro desde agora".

Lembrou que o Brasil conta com 45% de sua matriz energética limpa e conta com 11% da água doce do mundo. E disse que a iniciativa de se criar uma marca para produtos ambientais com um selo de sustentabilidade poderá marcar posição no mundo: a de que o meio ambiente será um novo investimento.

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