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Aprender com as dificuldades

Por Paula Cunha / Diário do Comércio   13 de junho de 2007
Gisélia Marcelina dos Santos, coordenadora da Associação dos Moradores do Bairro de Figueira Grande, aprende muito nos encontros com outras ONGs. A principal lição é que a luta é a mesma para todos. "Tomamos conhecimento das dificuldades e, principalmente das soluções encontradas pelas entidades."

A entidade surgiu na década de 70, quando operários do bairro e sindicalistas reuniam-se para discutir não só a repressão política, mas as condições de vida da população. As mulheres que participavam destas ações deixavam seus filhos com vizinhas e, assim, surgiu a creche da entidade.

Para Gisélia, esta origem é importante para definir os rumos que a Associação escolheu e as soluções que adotou ao longo dos anos. A participação na Corrente Viva foi significativa, segundo ela, para reforçar a posição de que a entidade não pretende se tornar apenas uma prestadora de serviços para a prefeitura.

"A Corrente Viva ajudou na elaboração dos planos de ação. Tínhamos ações práticas, mas faltavam planos e metas."

Segundo Gisélia, a corrente colaborou no levantamento do diagnóstico dos problemas, principalmente na captação de recursos.

Uma das dificuldades, ainda segundo ela, é pedir ajuda aos comerciantes locais porque todos são de pequeno porte e oferecem apenas doações esporádicas de alimentos e dinheiro para alguma comemoração ou atividade especial.

Ampliação e parcerias – Agora, a entidade pretende oferecer atividades para os jovens. Para isso, está organizando festas para a comunidade local para arrecadar fundos e, ao mesmo tempo, agregar os freqüentadores destes eventos em torno de atividades comuns que estimulem o senso de união e para que a entidade não se torne apenas uma creche da Prefeitura.

Por isso, além da orientação da Corrente Viva, a entidade está procurando parceiros que colaborem na formação dos funcionários, que são moradores do bairro. Atualmente, apenas um empresário local colabora com a instituição. "A verba que recebemos da Prefeitura é suficiente apenas para pagar os 30 funcionários nos dois núcleos e os encargos sociais", diz Gisélia.

Para ampliar suas atividades, a Associação pretende continuar a parceria com a Corrente Viva. "Conhecendo nossos problemas e aprendendo a lidar com todos os grupos (comunidade, pais, ONGs e o governo) vamos definir melhor nossos objetivos e evoluir", conclui.

Para conhecer melhor a instituição o contato é crechefigueira@uol.com.br ou por meio do telefone (11) 5897-5629.

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