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Amora, a esperança de Barra do Chapéu
Por Paula Cunha    27 de junho de 2007
Barra do Chapéu, no Vale do Ribeira e próxima à divisa de São Paulo com o Paraná, foi a cidade escolhida pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) para o início do "Projeto de Responsabilidade Social no Alto Vale do Ribeira". É um programa que tem a educação como foco, como mostramos na edição passada, mas que também contempla a agricultura. É o que veremos.
Dos cinco mil habitantes do lugar, três mil moram na zona rural, uma área ladeada pela Mata Atlântica e, por isso, com uso limitado do solo. Assim, a equipe da Faap pesquisou, juntamente com técnicos locais, atividades alternativas que levassem em conta as condições climáticas e de plantio. Escolheu as culturas orgânicas, de grande aceitação no Brasil e no exterior.
O primeiro passo da Secretaria de Agricultura local foi auxiliar 45 produtores na adaptação de suas propriedades rurais à cultura orgânica. O Ministério do Trabalho entrou com o curso de capacitação em agricultura orgânica de dois anos. A primeira colheita de amora, fruta escolhida por se adaptar ao clima frio da cidade e possibilitar a fabricação de doces e geléias, deve acontecer em novembro.
O plano pretende incluir produtores não apenas da cidade, mas do entorno de Barra do Chapéu, providência fundamental para transformar a estrutura sócio-econômica da região. Até então, o cultivo se resumia aos produtos de subsistência (arroz, feijão, milho, abóbora e tomate), mas as maiores áreas são ocupadas pelo milho e pelo feijão.
Esperança – Uriel Antunes Werneck é um dos agricultores de Barra do Chapéu que migraram para a cultura orgânica. "Antes plantava tomate, que exigia uso de agrotóxico e tinha rendimento incerto, abóbora e milho. Com a amora quero aumentar a minha renda porque é um produto de maior qualidade," explica. Ele conta que, com o tomate e a abóbora obtém uma renda de R$ 3 mil a R$ 4 mil a cada colheita, que é anual, vendida para o Ceasa.
A história de Santina Dias do Amaral Oliveira é parecida. Aos 56 anos, nascida em Barra do Chapéu, ela também vive das culturas de subsistência. Orgulhosa, nos recebeu em sua casa para mostrar as melhorias que fez no piso e na cozinha. "Tenho muita esperança com a amora", afirma.
O secretário de Agricultura de Barra do Chapéu, José Roberto do Prado, lembra que as mudas de amora são distribuídas apenas para os agricultores organizados em grupos. "A organizaçãoserá positiva, pois assim, eles poderão se candidatar aos programas de crédito rural do Banco do Brasil com mais facilidade", afirma.
O entusiasmo com a nova cultura pode ser observado nas reuniões dos agricultores em uma escola pública. Os produtores discutiam a forma de comercialização da primeira safra de amora e estudavam a possibilidade do plantio de mamona para desfrutarem do projeto de incentivo à produção de biodiesel do governo federal.
Pareciam ter pressa em colocar em prática as decisões tomadas durante a reunião: as crianças que acompanhavam os pais no recinto pareciam felizes. O clima era de entusiasmo. Todos estavam empenhados em seguir as regras dos planos de plantio e colheita fixados pela cooperativa. Barra do Chapéu, definitivamente, não é mais a mesma.
Dos cinco mil habitantes do lugar, três mil moram na zona rural, uma área ladeada pela Mata Atlântica e, por isso, com uso limitado do solo. Assim, a equipe da Faap pesquisou, juntamente com técnicos locais, atividades alternativas que levassem em conta as condições climáticas e de plantio. Escolheu as culturas orgânicas, de grande aceitação no Brasil e no exterior.
O primeiro passo da Secretaria de Agricultura local foi auxiliar 45 produtores na adaptação de suas propriedades rurais à cultura orgânica. O Ministério do Trabalho entrou com o curso de capacitação em agricultura orgânica de dois anos. A primeira colheita de amora, fruta escolhida por se adaptar ao clima frio da cidade e possibilitar a fabricação de doces e geléias, deve acontecer em novembro.
O plano pretende incluir produtores não apenas da cidade, mas do entorno de Barra do Chapéu, providência fundamental para transformar a estrutura sócio-econômica da região. Até então, o cultivo se resumia aos produtos de subsistência (arroz, feijão, milho, abóbora e tomate), mas as maiores áreas são ocupadas pelo milho e pelo feijão.
Esperança – Uriel Antunes Werneck é um dos agricultores de Barra do Chapéu que migraram para a cultura orgânica. "Antes plantava tomate, que exigia uso de agrotóxico e tinha rendimento incerto, abóbora e milho. Com a amora quero aumentar a minha renda porque é um produto de maior qualidade," explica. Ele conta que, com o tomate e a abóbora obtém uma renda de R$ 3 mil a R$ 4 mil a cada colheita, que é anual, vendida para o Ceasa.
A história de Santina Dias do Amaral Oliveira é parecida. Aos 56 anos, nascida em Barra do Chapéu, ela também vive das culturas de subsistência. Orgulhosa, nos recebeu em sua casa para mostrar as melhorias que fez no piso e na cozinha. "Tenho muita esperança com a amora", afirma.
O secretário de Agricultura de Barra do Chapéu, José Roberto do Prado, lembra que as mudas de amora são distribuídas apenas para os agricultores organizados em grupos. "A organizaçãoserá positiva, pois assim, eles poderão se candidatar aos programas de crédito rural do Banco do Brasil com mais facilidade", afirma.
O entusiasmo com a nova cultura pode ser observado nas reuniões dos agricultores em uma escola pública. Os produtores discutiam a forma de comercialização da primeira safra de amora e estudavam a possibilidade do plantio de mamona para desfrutarem do projeto de incentivo à produção de biodiesel do governo federal.
Pareciam ter pressa em colocar em prática as decisões tomadas durante a reunião: as crianças que acompanhavam os pais no recinto pareciam felizes. O clima era de entusiasmo. Todos estavam empenhados em seguir as regras dos planos de plantio e colheita fixados pela cooperativa. Barra do Chapéu, definitivamente, não é mais a mesma.