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Comida, diversão. E cinema.
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   8 de agosto de 2007
Levando a sério o verso da banda Titãs que diz "a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte", a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social criou em maio deste ano o programa "Cine Maior Idade", exclusivamente para idosos. O objetivo é oferecer atividades culturais aos freqüentadores dos Núcleos de Convivência do Idoso localizados em diversos bairros da capital. A previsão é de que o programa continuará até 11 de dezembro e dele já participaram 316 pessoas.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o aumento da expectativa de vida da população, a terceira idade já corresponde a 15 milhões de brasileiros. Em 2025, o país terá 32 milhões de idosos. Por isso, órgãos públicos, ONGs e empresas já realizam ações para incluir este grupo à sociedade.
Experiência – Os freqüentadores do Núcleo de Convivência do Idoso Verbo Divino do Parque São Rafael, na zona Leste da capital paulista, tiveram uma experiência única, no mês passado ao participar do programa (mais informações no site http://www.prefeiturasp.gov.br ), realizado em parceria com a Fundação Mapfre e a Nossa Caixa Mapfre Vida e Previdência.
Eles foram levados em uma van até a Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, para assistir um curta-metragem sobre a São Paulo dos anos 30 e o longa "Do Outro Lado da Rua", dirigido por Marcos Bernstein, com Fernanda Montenegro, Raul Cortez e Laura Cardoso. A trama mostra como vivem idosos no Rio de Janeiro.
Muitos dos participantes não iam ao cinema há mais de 30 anos. Para eles, foi um programa que será sempre lembrado.
José Oliveira da Silva, de 69 anos, diz que a experiência foi muito boa. A última vez que foi ao cinema foi há quatro anos quando assistiu o filme "do padre Marcelo Rossi, não me lembro o nome". Para ele, foi ótimo conhecer a sala da Cinemateca. "Gostei muito da música ao vivo antes da sessão. Moro aqui perto, no Jardim Santa Adélia, onde raramente aparece um circo e o único lazer é este centro e ver televisão. Gostei muito do filme com a Fernanda Montenegro: o final surpreendeu".
Sala confortável – Paulo Neri do Nascimento ficou impressionado com a sala da Cinemateca pelo seu conforto e pela atenção que os funcionários dispensaram ao grupo. Ele gostou muito do curta-metragem sobre São Paulo porque "vivi aquela vida e me lembrei dos trajes que se usava e de quando o cinema era mudo e a música ao vivo acompanhava o filme." E lembrou que não ia ao cinema há cinco ou seis anos. Achou interessante o filme "Do Outro Lado da Rua" porque ele mostra muitas coisas que acontecem atualmente como crimes que demoram 20 anos para serem resolvidos.
A aposentada Filomena Ferreira Oliveira não ia ao cinema há 30 anos. Aos 76 anos de idade, ela se lembra do bairro e suas transformações. "Cheguei da Bahia em 1957 e, quando mudei para cá, não havia nada. Agora, ele não tem nem mais cinema. O mais próximo fica em Santo André. Só saio de casa para visitar os meus dez filhos", diz.
Por isso, ela gostou muito da sessão na Cinemateca e da música ao vivo. Durante a projeção do curta-metragem dona Filomena disse que parecia estar dentro da história "quando um homem gritou. Por isso, tive a sensação de que tudo mudou para mim quando saí daqui para ver os filmes."
Novas sessões – Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Assistência Social, o programa continuará e terá, em sua segunda fase, mais seis sessões entre o dia 24 de agosto e 11 de dezembro. Os núcleos de Convivência do Idoso serão selecionados. Já participaram as unidades dos bairros de Vila Mariana, São Mateus, Vila Prudente, Mooca, Sé, Itaquera, Jabaquara e Ipiranga.
Após cada sessão, os coordenadores de cada uma dessas unidades realizam atividadees complementares que analisam os filmes e estimulam o debate entre os idosos sobre seu conteúdo. Depois, os participantes encenam peças baseadas nestas discussões.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o aumento da expectativa de vida da população, a terceira idade já corresponde a 15 milhões de brasileiros. Em 2025, o país terá 32 milhões de idosos. Por isso, órgãos públicos, ONGs e empresas já realizam ações para incluir este grupo à sociedade.
Experiência – Os freqüentadores do Núcleo de Convivência do Idoso Verbo Divino do Parque São Rafael, na zona Leste da capital paulista, tiveram uma experiência única, no mês passado ao participar do programa (mais informações no site http://www.prefeiturasp.gov.br ), realizado em parceria com a Fundação Mapfre e a Nossa Caixa Mapfre Vida e Previdência.
Eles foram levados em uma van até a Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, para assistir um curta-metragem sobre a São Paulo dos anos 30 e o longa "Do Outro Lado da Rua", dirigido por Marcos Bernstein, com Fernanda Montenegro, Raul Cortez e Laura Cardoso. A trama mostra como vivem idosos no Rio de Janeiro.
Muitos dos participantes não iam ao cinema há mais de 30 anos. Para eles, foi um programa que será sempre lembrado.
José Oliveira da Silva, de 69 anos, diz que a experiência foi muito boa. A última vez que foi ao cinema foi há quatro anos quando assistiu o filme "do padre Marcelo Rossi, não me lembro o nome". Para ele, foi ótimo conhecer a sala da Cinemateca. "Gostei muito da música ao vivo antes da sessão. Moro aqui perto, no Jardim Santa Adélia, onde raramente aparece um circo e o único lazer é este centro e ver televisão. Gostei muito do filme com a Fernanda Montenegro: o final surpreendeu".
Sala confortável – Paulo Neri do Nascimento ficou impressionado com a sala da Cinemateca pelo seu conforto e pela atenção que os funcionários dispensaram ao grupo. Ele gostou muito do curta-metragem sobre São Paulo porque "vivi aquela vida e me lembrei dos trajes que se usava e de quando o cinema era mudo e a música ao vivo acompanhava o filme." E lembrou que não ia ao cinema há cinco ou seis anos. Achou interessante o filme "Do Outro Lado da Rua" porque ele mostra muitas coisas que acontecem atualmente como crimes que demoram 20 anos para serem resolvidos.
A aposentada Filomena Ferreira Oliveira não ia ao cinema há 30 anos. Aos 76 anos de idade, ela se lembra do bairro e suas transformações. "Cheguei da Bahia em 1957 e, quando mudei para cá, não havia nada. Agora, ele não tem nem mais cinema. O mais próximo fica em Santo André. Só saio de casa para visitar os meus dez filhos", diz.
Por isso, ela gostou muito da sessão na Cinemateca e da música ao vivo. Durante a projeção do curta-metragem dona Filomena disse que parecia estar dentro da história "quando um homem gritou. Por isso, tive a sensação de que tudo mudou para mim quando saí daqui para ver os filmes."
Novas sessões – Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Assistência Social, o programa continuará e terá, em sua segunda fase, mais seis sessões entre o dia 24 de agosto e 11 de dezembro. Os núcleos de Convivência do Idoso serão selecionados. Já participaram as unidades dos bairros de Vila Mariana, São Mateus, Vila Prudente, Mooca, Sé, Itaquera, Jabaquara e Ipiranga.
Após cada sessão, os coordenadores de cada uma dessas unidades realizam atividadees complementares que analisam os filmes e estimulam o debate entre os idosos sobre seu conteúdo. Depois, os participantes encenam peças baseadas nestas discussões.