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Verde em conserva
Por Paula Cunha    15 de agosto de 2007
Todo mundo já deve ter visto em seu bairro pelo menos uma praça, um jardim ou um canteiro central de avenida com uma placa "a empresa tal conserva esta área". Esta prática de responsabilidade ambiental e social disseminou-se em São Paulo nos últimos meses, colaborando para melhorar a aparência da cidade e estimulando a parceria entre o comércio varejista, empresas e a prefeitura.
O crescimento na adoção desta iniciativa deve-se não apenas à conscientização dos empresários em relação à necessidade de conservar a cidade, mas também para legalizar um novo tipo de publicidade para seus empreendimentos, já que a colocação de placas em praças e áreas livres conservadas não está incluída na Lei Cidade Limpa, adotada pela administração de Gilberto Kassab no início deste ano e que proíbe a publicidade externa nas vias públicas.
Para o lojista Eduardo Fernandes de Freitas, diretor da Casa Fernandes de Pneus, o ato de assumir a conservação da a praça Carlos Warmondes de Macedo, no bairro de Santo Amaro, na zona Sul, não é uma estratégia de marketing. "A empresa está em frente à praça há 37 anos, muito antes da Lei Cidade Limpa. No começo, fiquei horrorizado com o que os moradores jogavam lá. Encontrávamos até animais mortos. Retirei 26 caçambas de entulho apenas para nivelar o solo da praça", conta.
Além de relatar este episódio, ele acrescenta, indignado, que nenhum morador da vizinhança colabora na conservação da praça. As despesas mensais com esta atividade consomem, em média, cerca de R$ 500. "Nem mesmo quando a igreja local instalou um altar para Nossa Senhora e organizou procissões, sem pedir permissão a ninguém houve colaboração", diz.
Apesar disso, ele está entusiasmado com a atividade e já assumiu a responsabilidade pela conservação de um canteiro na avenida Vereador José Diniz. "Ainda não sei como calcular os custos de manutenção da nova área. Mas o entendimento com a prefeitura está adiantado", acrescenta.
Warmondes orgulha-se, também, de ter incutido em seus funcionários a importância de participar de ações sociais como esta. Há 16 anos na empresa, o vendedor Heriberto Marcelino da Silva encarregou-se não apenas da conservação da praça como também da sua limpeza quando a empresa assumiu a sua conservação. Ele até plantou algumas árvores lá. "A praça ficou mais bonita e todos podem utilizá-la", diz.
Grandes empresas - Os comerciantes não são os únicos interessados na conservação de praças e canteiros na capital paulista. Empreendedores de grande porte também assumem a responsabilidade de preservar espaços, principalmente no centro da capital paulista.
A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) assumiu a conservação dos jardins localizados atrás do Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo, há nove anos, com a contratação de uma equipe especializada e também responsabilizou-se pela sua segurança.
De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, esta prática já está incorporada à política de responsabilidade social da CBA. Em 2005, ela restaurou o obelisco da Ladeira da Memória, também localizado no centro da capital paulista. A ação foi desenvolvida em parceria com o Departamento do Patrimônio Histórico do Município (DPH) e a Secretaria Municipal de Cultura. Em todas estas ações, a empresa não teve dificuldade para firmar o acordo de cooperação com a prefeitura.
O crescimento na adoção desta iniciativa deve-se não apenas à conscientização dos empresários em relação à necessidade de conservar a cidade, mas também para legalizar um novo tipo de publicidade para seus empreendimentos, já que a colocação de placas em praças e áreas livres conservadas não está incluída na Lei Cidade Limpa, adotada pela administração de Gilberto Kassab no início deste ano e que proíbe a publicidade externa nas vias públicas.
Para o lojista Eduardo Fernandes de Freitas, diretor da Casa Fernandes de Pneus, o ato de assumir a conservação da a praça Carlos Warmondes de Macedo, no bairro de Santo Amaro, na zona Sul, não é uma estratégia de marketing. "A empresa está em frente à praça há 37 anos, muito antes da Lei Cidade Limpa. No começo, fiquei horrorizado com o que os moradores jogavam lá. Encontrávamos até animais mortos. Retirei 26 caçambas de entulho apenas para nivelar o solo da praça", conta.
Além de relatar este episódio, ele acrescenta, indignado, que nenhum morador da vizinhança colabora na conservação da praça. As despesas mensais com esta atividade consomem, em média, cerca de R$ 500. "Nem mesmo quando a igreja local instalou um altar para Nossa Senhora e organizou procissões, sem pedir permissão a ninguém houve colaboração", diz.
Apesar disso, ele está entusiasmado com a atividade e já assumiu a responsabilidade pela conservação de um canteiro na avenida Vereador José Diniz. "Ainda não sei como calcular os custos de manutenção da nova área. Mas o entendimento com a prefeitura está adiantado", acrescenta.
Warmondes orgulha-se, também, de ter incutido em seus funcionários a importância de participar de ações sociais como esta. Há 16 anos na empresa, o vendedor Heriberto Marcelino da Silva encarregou-se não apenas da conservação da praça como também da sua limpeza quando a empresa assumiu a sua conservação. Ele até plantou algumas árvores lá. "A praça ficou mais bonita e todos podem utilizá-la", diz.
Grandes empresas - Os comerciantes não são os únicos interessados na conservação de praças e canteiros na capital paulista. Empreendedores de grande porte também assumem a responsabilidade de preservar espaços, principalmente no centro da capital paulista.
A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) assumiu a conservação dos jardins localizados atrás do Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo, há nove anos, com a contratação de uma equipe especializada e também responsabilizou-se pela sua segurança.
De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, esta prática já está incorporada à política de responsabilidade social da CBA. Em 2005, ela restaurou o obelisco da Ladeira da Memória, também localizado no centro da capital paulista. A ação foi desenvolvida em parceria com o Departamento do Patrimônio Histórico do Município (DPH) e a Secretaria Municipal de Cultura. Em todas estas ações, a empresa não teve dificuldade para firmar o acordo de cooperação com a prefeitura.