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O destino certo do óleo de cozinha: a reciclagem
Por Paula Cunha 12 de setembro de 2007
O despejo indevido de óleo de cozinha usado já é considerado por especialistas como um verdadeiro desastre ambiental. Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), cada litro de óleo jogado fora – seja na pia, em terrenos baldios ou córregos – contamina um milhão de litros de água potável. Diante deste fato, e buscando mudar o quadro, organizações não-governamentais (ONGs), a comunidade de uma cidade de São Paulo e a rede Pão de Açúcar, em parceria com a Unilever, decidiram organizar campanhas de conscientização e passaram a recolher e processar óleo de cozinha usado. Estas ações ajudam a comunidades carentes e, ao mesmo tempo, preservam o meio ambiente.
Uma das entidades que desenvolve um trabalho nesta área é a organização não-governamental Trevo. Fundada por Roberto Costacoi, a empresa de reciclagem transformou-se em ONG quando incorporou aproximadamente 40 famílias como colaboradoras na coleta de óleo de cozinha usado. Instalada no bairro da Mooca, na zona leste da capital paulista, a entidade decidiu coletar o óleo e vendê-lo a indústrias de sabonetes e fabricantes de ração animal.
"Recolhemos em torno de 200 toneladas de óleo todos os meses", afirmou Costacoi. A transformação da empresa em ONG ocorreu quando a Sociedade de Amigos dos Moradores e Empreendedores de Cerqueira César (Samorc) propôs uma parceria. "Eles queriam reciclar o óleo recolhido em 100 edifícios naquela região e nos fizeram a proposta. Com este volume, 40 famílias estão trabalhando e vivendo atualmente com o que ganham com o recolhimento do produto", disse Costacoi.
Parceiros – Para divulgar a ação, a ONG conta com o apoio de clientes e parceiros como Roche, Delphi, Ford, Sabesp, Sew Eurodrive, Scania, Goodyear, McCain, Abbe e Óganon, entre outras. Além disso, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente concedeu 40 pontos de coleta de óleo nas subprefeituras e divulga o trabalho da ONG. O site da entidade, o http://www.trevo.org.br , também oferece informações aos interessados. "Estamos divulgando a coleta nos jornais de bairro da região ", acrescentou.
Os cooperados, que eram funcionários de outra empresa de Costacoi, receberam orientação para administrar seus ganhos e conquistar novos clientes. "Pagamos R$ 0,20 por litro para os comerciantes que solicitam a retirada e os cooperados recebem uma remuneração proporcional à quantidade de óleo recolhida e vendida por mês", conta Costacoi.
Vagner Antônio dos Santos é um deles. Com três filhos, ele já consegue uma remuneração mensal maior do que a que obtinha em outros empregos. "Já trabalhei como empacotador e também em uma metalúrgica. Neste novo trabalho, não foi difícil aprender a calcular meus gastos porque tive orientação da ONG", disse.
Supermercados – Atento às preocupações de seus clientes com o meio ambiente, o Grupo Pão de Açúcar implantou, há dois meses, em parceria com a Unilever, a coleta de óleo de cozinha usado em nove de suas unidades em São Paulo.
Habituado a estimular ações de responsabilidade ambiental em suas lojas e também entre seus colaboradores, o grupo decidiu reciclar o óleo usado com o objetivo de gerar emprego e renda para setores mais carentes da sociedade. O material coletado é doado a 19 cooperativas previamente cadastradadas. "A partir de outubro, implantaremos postos de recolhimento em todas as nossas unidades que possuem estações de reciclagem", explicou Beatriz Queiroz, gerente de sustentabilidade no consumo do grupo,
Segundo ela, foram recolhidos mil litros de óleo usado no primeiro mês e houve um aumento de 50% no segundo mês de trabalho. A expectativa é de que este volume continue a crescer porque os consumidores das lojas receberam bem a iniciativa e estão participando ativamente. O grupo, inclusive, já recebe e-mails de clientes que pedem que estações sejam instaladas nas lojas próximas de suas residências. Há um plano de expansão para o próximo ano. Mais informações podem ser obtidas no site http://www.paodeacucar.com.br.
Uma das entidades que desenvolve um trabalho nesta área é a organização não-governamental Trevo. Fundada por Roberto Costacoi, a empresa de reciclagem transformou-se em ONG quando incorporou aproximadamente 40 famílias como colaboradoras na coleta de óleo de cozinha usado. Instalada no bairro da Mooca, na zona leste da capital paulista, a entidade decidiu coletar o óleo e vendê-lo a indústrias de sabonetes e fabricantes de ração animal.
"Recolhemos em torno de 200 toneladas de óleo todos os meses", afirmou Costacoi. A transformação da empresa em ONG ocorreu quando a Sociedade de Amigos dos Moradores e Empreendedores de Cerqueira César (Samorc) propôs uma parceria. "Eles queriam reciclar o óleo recolhido em 100 edifícios naquela região e nos fizeram a proposta. Com este volume, 40 famílias estão trabalhando e vivendo atualmente com o que ganham com o recolhimento do produto", disse Costacoi.
Parceiros – Para divulgar a ação, a ONG conta com o apoio de clientes e parceiros como Roche, Delphi, Ford, Sabesp, Sew Eurodrive, Scania, Goodyear, McCain, Abbe e Óganon, entre outras. Além disso, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente concedeu 40 pontos de coleta de óleo nas subprefeituras e divulga o trabalho da ONG. O site da entidade, o http://www.trevo.org.br , também oferece informações aos interessados. "Estamos divulgando a coleta nos jornais de bairro da região ", acrescentou.
Os cooperados, que eram funcionários de outra empresa de Costacoi, receberam orientação para administrar seus ganhos e conquistar novos clientes. "Pagamos R$ 0,20 por litro para os comerciantes que solicitam a retirada e os cooperados recebem uma remuneração proporcional à quantidade de óleo recolhida e vendida por mês", conta Costacoi.
Vagner Antônio dos Santos é um deles. Com três filhos, ele já consegue uma remuneração mensal maior do que a que obtinha em outros empregos. "Já trabalhei como empacotador e também em uma metalúrgica. Neste novo trabalho, não foi difícil aprender a calcular meus gastos porque tive orientação da ONG", disse.
Supermercados – Atento às preocupações de seus clientes com o meio ambiente, o Grupo Pão de Açúcar implantou, há dois meses, em parceria com a Unilever, a coleta de óleo de cozinha usado em nove de suas unidades em São Paulo.
Habituado a estimular ações de responsabilidade ambiental em suas lojas e também entre seus colaboradores, o grupo decidiu reciclar o óleo usado com o objetivo de gerar emprego e renda para setores mais carentes da sociedade. O material coletado é doado a 19 cooperativas previamente cadastradadas. "A partir de outubro, implantaremos postos de recolhimento em todas as nossas unidades que possuem estações de reciclagem", explicou Beatriz Queiroz, gerente de sustentabilidade no consumo do grupo,
Segundo ela, foram recolhidos mil litros de óleo usado no primeiro mês e houve um aumento de 50% no segundo mês de trabalho. A expectativa é de que este volume continue a crescer porque os consumidores das lojas receberam bem a iniciativa e estão participando ativamente. O grupo, inclusive, já recebe e-mails de clientes que pedem que estações sejam instaladas nas lojas próximas de suas residências. Há um plano de expansão para o próximo ano. Mais informações podem ser obtidas no site http://www.paodeacucar.com.br.