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Preservar se aprende na escola
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   3 de outubro de 2007
Um exemplo de que a união entre organizações não-governamentais e poder público pode dar certo é o projeto Nós do Centro, criado para qualificar jovens em situação de vulnerabilidade social. O programa, uma parceria entre a União Européia e a Prefeitura, oferece cursos profissionalizantes a jovens de 16 a 24 anos.
O projeto é tocado com o trabalho de algumas ONGs, que já estão ministrando cursos. Elas trabalham em parceria com as secretarias municipais do Trabalho, da Assistência e Desenvolvimento Social, da Cultura e de Participação e de Parcerias e de Relações Internacionais, além das subprefeituras da Sé e da Mooca.
A União Européia contribuiu com US$ 15 milhões. Além disso, entidades que atuam no Centro, como a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Associação dos Lojistas, Federação dos Bancos do Brasil (Febraban), e as ONGs Viva o Centro e Oxigênio, também colaboraram.
O Nós do Centro tem plano de ampliar seu campo de atuação com a abertura de dez escritórios de inclusão social, criação de dez planos de desenvolvimento local e três centros de capacitação profissional. Espera capacitar 4,9 mil alunos até 2009, formar 420 agentes multiplicadores e instalar um centro de orientação, formação e defesa da mulher.
Neste ano, a meta é capacitar 1,5 mil alunos e colocar em funcionamento um Centro de Capacitação Profissional. No caso específico da parceria com a Prefeitura, foram sugeridos os cursos de gastronomia, turismo e hospitalidade, capacitação gerencial, vendas, reciclagem e zeladoria patrimonial.
Este último está sendo ministrado em parceria com a ONG Bela Vista Bela, que atende 51 alunos. Outros 60 adolescentes estudam gastronomia no restaurante-escola da Câmara Municipal.
Restauração –Na ONG Bela Vista Bela, 130 jovens participam do curso de zeladoria patrimonial urbana e irão atuar como restauradores. A entidade nasceu em 2003 com o objetivo de revitalizar o patrimônio tombado do bairro do mesmo nome.
A presidente da Bela Vista Bela, Norma Gonçalves, explica que os jovens são moradores do Centro expandido da capital e procuram oportunidade de entrar no mercado de trabalho. A maioria veio de escolas públicas e, por isso, a ONG também oferece reforço escolar.
O professor de história e de técnicas de segurança, Marcos Antônio de Oliveira, conta que os alunos que freqüentam o curso transformaram sua maneira de ver a cidade e se sentiram cidadãos responsáveis pela sua preservação. "Também sou professor da rede pública de ensino e não tive dificuldade em lidar com os adolescentes. Eles se empenharam muito durante a realização do curso", afirma.
Transformações – Renan Matheus Miranda Baruti, de 22 anos, encontrou no curso um rumo profissional. "Descobri o curso por indicação de um amigo. Ele me deu uma visão boa de arte e pretendo continuar na área. Voltei a estudar e estou no primeiro ano do ensino médio", diz.
O jovem conta que não freqüentava exposições ou outras atividades culturais. Agora, já avalia a importância de monumentos históricos da cidade e decidiu que vai trabalhar na área de conservação do patrimônio. "Talvez eu faça o curso de museologia", conta.
Matheus levar o que aprendeu para as às pessoas que vivem com ele na rua Mauá, no centro. Ele faz parte do movimento sem-teto e descobriu a importância histórica da área onde vive. "Se houvesse mais organizações que difundissem a cultura, a cidade de São Paulo não estaria assim", conclui.
O projeto é tocado com o trabalho de algumas ONGs, que já estão ministrando cursos. Elas trabalham em parceria com as secretarias municipais do Trabalho, da Assistência e Desenvolvimento Social, da Cultura e de Participação e de Parcerias e de Relações Internacionais, além das subprefeituras da Sé e da Mooca.
A União Européia contribuiu com US$ 15 milhões. Além disso, entidades que atuam no Centro, como a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Associação dos Lojistas, Federação dos Bancos do Brasil (Febraban), e as ONGs Viva o Centro e Oxigênio, também colaboraram.
O Nós do Centro tem plano de ampliar seu campo de atuação com a abertura de dez escritórios de inclusão social, criação de dez planos de desenvolvimento local e três centros de capacitação profissional. Espera capacitar 4,9 mil alunos até 2009, formar 420 agentes multiplicadores e instalar um centro de orientação, formação e defesa da mulher.
Neste ano, a meta é capacitar 1,5 mil alunos e colocar em funcionamento um Centro de Capacitação Profissional. No caso específico da parceria com a Prefeitura, foram sugeridos os cursos de gastronomia, turismo e hospitalidade, capacitação gerencial, vendas, reciclagem e zeladoria patrimonial.
Este último está sendo ministrado em parceria com a ONG Bela Vista Bela, que atende 51 alunos. Outros 60 adolescentes estudam gastronomia no restaurante-escola da Câmara Municipal.
Restauração –Na ONG Bela Vista Bela, 130 jovens participam do curso de zeladoria patrimonial urbana e irão atuar como restauradores. A entidade nasceu em 2003 com o objetivo de revitalizar o patrimônio tombado do bairro do mesmo nome.
A presidente da Bela Vista Bela, Norma Gonçalves, explica que os jovens são moradores do Centro expandido da capital e procuram oportunidade de entrar no mercado de trabalho. A maioria veio de escolas públicas e, por isso, a ONG também oferece reforço escolar.
O professor de história e de técnicas de segurança, Marcos Antônio de Oliveira, conta que os alunos que freqüentam o curso transformaram sua maneira de ver a cidade e se sentiram cidadãos responsáveis pela sua preservação. "Também sou professor da rede pública de ensino e não tive dificuldade em lidar com os adolescentes. Eles se empenharam muito durante a realização do curso", afirma.
Transformações – Renan Matheus Miranda Baruti, de 22 anos, encontrou no curso um rumo profissional. "Descobri o curso por indicação de um amigo. Ele me deu uma visão boa de arte e pretendo continuar na área. Voltei a estudar e estou no primeiro ano do ensino médio", diz.
O jovem conta que não freqüentava exposições ou outras atividades culturais. Agora, já avalia a importância de monumentos históricos da cidade e decidiu que vai trabalhar na área de conservação do patrimônio. "Talvez eu faça o curso de museologia", conta.
Matheus levar o que aprendeu para as às pessoas que vivem com ele na rua Mauá, no centro. Ele faz parte do movimento sem-teto e descobriu a importância histórica da área onde vive. "Se houvesse mais organizações que difundissem a cultura, a cidade de São Paulo não estaria assim", conclui.