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35 mil creches no Brasil até 2011
Por Paula Cunha   2 de janeiro de 2008
Valorizar a primeira infância e ressaltar que ela é decisiva para definir todo o futuro de uma pessoa. Este é o objetivo da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente e do Instituto C&A com a campanha Creche para Todas as Crianças. Os dois pretendem sensibilizar o empresariado para construir e equipar creches em todo o território nacional, já que o Brasil tem um déficit de 4,2 milhões de vagas em instituições para crianças de 0 a 3 anos. O projeto foi lançado em dezembro com o slogan "A Primeira Infância vem Primeiro – Creche para Todas as Crianças". O Instituto C&A já se comprometeu a investir R$ 1 milhão.
Para eliminar esse déficit de vagas, porém, será necessário bem mais do que isso. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2006 (dado mais recente), havia cerca 11 milhões de brasileiros nessa faixa etária, mas apenas 15,5% freqüentavam creches. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE), do Ministério da Educação (MEC), é de que, até 2011, o País consiga atender 50% das crianças dessa faixa. Serão necessárias, portanto, 35.416 creches.
Para atingir esse objetivo, a Campanha Nacional do Direito à Educação, lançada pelo MEC, criou um indicador, o Custo Aluno Qualidade (CAQ). O índice mostra que será necessário investir, até 2011, cerca de R$ 21,2 bilhões para construir e equipar o número necessário de instituições.
Urgência – Diante de estatísticas tão alarmantes, o diretor-presidente do Instituto C&A, Paulo Castro, ressaltou a urgência do projeto. Para ele, apesar de ser uma ação de médio e longo prazos, o plano só poderá ser implementado com a ajuda da sociedade e empresas privadas. "Diante dos números do setor, vimos que é importante criar uma frente de mobilização e participação para enfrentar a questão", disse.
Castro acrescentou que algumas empresas já estão sendo contatadas. "Estamos estimulando nossos parceiros para que adotem não só essa causa, mas passem a pensar em como avaliam e criam iniciativas para os filhos de seus funcionários e fornecedores. Queremos que eles comecem a atuar localmente e tenham uma participação mais ampla posteriormente."
Mobilização – A gerente de projetos e programas da Fundação Abrinq, Denise Cesario, explicou que seu papel na parceria com o Instituto C&A será mobilizar e articular o empresariado. "Já contamos com um mapeamento e constatamos que todos os municípios do País necessitam de creches. No Nordeste e Centro-Oeste, a carência é maior. Por isso, utilizaremos o Programa Empresa Amiga da Criança para estimular os investimentos nessas áreas", afirmou. Pelo projeto da fundação, empresas que assumem 10 compromissos com a infância brasileira recebem um selo social.
Segundo Denise, com a diminuição do déficit de creches, e conseqüentemente com um número maior de crianças atendidas em período integral, outros indicadores da infância também registrarão evolução. Ela citou os índices de violência doméstica contra crianças e de trabalho infantil, que podem apresentar recuos significativos se essa parcela da população for atendida adequadamente.
A gerente da fundação lembrou que o projeto surgiu após um seminário realizado pela própria Abrinq para determinar quais são as prioridades para essa faixa etária. Diversos países da América Latina e do Caribe participaram e verificou-se que as necessidades das crianças de todas essas regiões são semelhantes.
Adesões – Já na apresentação do programa no mês passado várias empresas assinaram um termo de manifestação de interesse pela ação. Entre elas estão Banco Panamericano, construtora Bairro Novo, Senac-SP, Techma Engenharia, Institutos Torguga e Pró-Mundo, Rede Não Bata, Eduque, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Unesco e Unicef.
Foi criada ainda uma página na internet para divulgar o programa. Os meios de comunicação também estão sendo procurados para a divulgação da iniciativa e conquista de novos parceiros. "Organizaremos um evento no primeiro semestre de 2008 para mostrar os resultados iniciais", disse Denise.
No site da Fundação Abrinq ( http://www.fundabrinq.org.br ), encontra-se o histórico da criação do programa e orientações para as empresas interessadas em aderir a ele.
Para eliminar esse déficit de vagas, porém, será necessário bem mais do que isso. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2006 (dado mais recente), havia cerca 11 milhões de brasileiros nessa faixa etária, mas apenas 15,5% freqüentavam creches. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE), do Ministério da Educação (MEC), é de que, até 2011, o País consiga atender 50% das crianças dessa faixa. Serão necessárias, portanto, 35.416 creches.
Para atingir esse objetivo, a Campanha Nacional do Direito à Educação, lançada pelo MEC, criou um indicador, o Custo Aluno Qualidade (CAQ). O índice mostra que será necessário investir, até 2011, cerca de R$ 21,2 bilhões para construir e equipar o número necessário de instituições.
Urgência – Diante de estatísticas tão alarmantes, o diretor-presidente do Instituto C&A, Paulo Castro, ressaltou a urgência do projeto. Para ele, apesar de ser uma ação de médio e longo prazos, o plano só poderá ser implementado com a ajuda da sociedade e empresas privadas. "Diante dos números do setor, vimos que é importante criar uma frente de mobilização e participação para enfrentar a questão", disse.
Castro acrescentou que algumas empresas já estão sendo contatadas. "Estamos estimulando nossos parceiros para que adotem não só essa causa, mas passem a pensar em como avaliam e criam iniciativas para os filhos de seus funcionários e fornecedores. Queremos que eles comecem a atuar localmente e tenham uma participação mais ampla posteriormente."
Mobilização – A gerente de projetos e programas da Fundação Abrinq, Denise Cesario, explicou que seu papel na parceria com o Instituto C&A será mobilizar e articular o empresariado. "Já contamos com um mapeamento e constatamos que todos os municípios do País necessitam de creches. No Nordeste e Centro-Oeste, a carência é maior. Por isso, utilizaremos o Programa Empresa Amiga da Criança para estimular os investimentos nessas áreas", afirmou. Pelo projeto da fundação, empresas que assumem 10 compromissos com a infância brasileira recebem um selo social.
Segundo Denise, com a diminuição do déficit de creches, e conseqüentemente com um número maior de crianças atendidas em período integral, outros indicadores da infância também registrarão evolução. Ela citou os índices de violência doméstica contra crianças e de trabalho infantil, que podem apresentar recuos significativos se essa parcela da população for atendida adequadamente.
A gerente da fundação lembrou que o projeto surgiu após um seminário realizado pela própria Abrinq para determinar quais são as prioridades para essa faixa etária. Diversos países da América Latina e do Caribe participaram e verificou-se que as necessidades das crianças de todas essas regiões são semelhantes.
Adesões – Já na apresentação do programa no mês passado várias empresas assinaram um termo de manifestação de interesse pela ação. Entre elas estão Banco Panamericano, construtora Bairro Novo, Senac-SP, Techma Engenharia, Institutos Torguga e Pró-Mundo, Rede Não Bata, Eduque, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Unesco e Unicef.
Foi criada ainda uma página na internet para divulgar o programa. Os meios de comunicação também estão sendo procurados para a divulgação da iniciativa e conquista de novos parceiros. "Organizaremos um evento no primeiro semestre de 2008 para mostrar os resultados iniciais", disse Denise.
No site da Fundação Abrinq ( http://www.fundabrinq.org.br ), encontra-se o histórico da criação do programa e orientações para as empresas interessadas em aderir a ele.