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A dança mudou a vida de dois jovens

Por Paula Cunha   17 de janeiro de 2008
Tamires Souza dos Santos, de 18 anos, dança desde os cinco. Mas as oportunidades de levar adiante esse dom foram poucas. Agora, ela diz que chegou a hora. "Este é o momento de agarrar esta oportunidade", diz ela definindo o Fábricas da Cultura. Para a jovem, o projeto é importante porque permitiu a formação dos primeiros grupos de dança de moradores da periferia.

Tamires mostra que demonstra experiência quando fala de sua trajetória. A mãe, que trabalha como empregada doméstica, montou um grupo de dança com as seis filhas e começou a dançar em um centro cultural da prefeitura de Diadema, onde moram.

A descoberta da dança como vocação veio em 2002 quando começou a apresentar as coreografias que criava em diversas escolas. Seu grupo de dança começou a viajar e participou de um festival na Coréia do Sul, em 2007. O Fábricas da Cultura reforçou a vocação de Tamires. em 2008, ela fará um curso de dança clássica. Quer entrar para uma companhia de dança maior.

Buscar o autoconhecimento e descobrir, por meio da dança e das artes, o trabalho em grupo e sua vocação é o objetivo de Magno Henrique, de 17 anos, morador do Jardim Ângela, na zona sul da cidade. Magno já havia participado do projeto Cidadança, do dançarino Ivaldo Bertazzo. "No começo, tinha um pouco de preconceito contra a dança, mas com ela aprendi a importância de cuidar do corpo e entendi que posso me expressar por meio dele". Magno já participou de três peças e fez parte da oficina de teatro de um projeto denominado Redescobrindo o Adolescente na Comunidade (RAC), quando tinha 15 anos. "Entrei para o RAC para perder a timidez", diz. Antes do Cidadança, o jovem baiano que chegou em São Paulo há quatro anos nunca havia participado de nenhum projeto cultural.

"Projetos como o Fábricas da Cultura são muito importantes porque é a partir deles que haverá mudanças sociais".

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