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CIEE aumenta número de aprendizes em 122% no país
Por Paula Cunha    13 de fevereiro de 2008
Uma boa notícia para os jovens que buscam uma oportunidade para iniciar sua carreira profissional: o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) registrou crescimento de 122% na contratação de aprendizes em suas empresas parceiras em 2007. O ano passado terminou com 7,7 mil adolescentes inseridos em diversos programas de aprendizagem contra 3,5 mil em 2006. A meta do Ciee é atingir a marca de 10 mil aprendizes em todo o País no final deste ano.
Criada em 2000, a lei 10.097 obriga empresas de médio e grande porte a contratar aprendizes. Os percentuais vão de 5% a 15% sobre o número de funcionários contratados. Com a iniciativa, abriu-se um novo espaço para jovens de 14 a 24 anos sem experiência profissional anterior.
Na OAB – Este é o caso de Michael Douglas Pereira Santo, de 17 anos e que cursa o terceiro ano do ensino médio. Ele pretende seguir a carreira de design gráfico, mas a experiência como aprendiz no departamento financeiro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB -SP), no Centro da capital paulista, é considerada positiva. "Era imaturo e tímido. Por isso, foi importante adquirir a responsabilidade que o trabalho traz. Estou aprendendo a cuidar de mim mesmo e a usar bem o meu salário", disse.
Marinez Monteiro, gerente do departamento de recursos humanos da OAB, explicou que o Ciee foi procurado para criar e estruturar o programa de aprendizes. "Nossa parceria é antiga e, com ela, pudemos cumprir a Lei dos Aprendizes". disse. Segundo ela, os perfis dos jovens foram encaminhados pelo Ciee. "Selecionamos os que desejam aprender. Eles devem possuir iniciativa e interesse pelo aprendizado profissional", afirmou.
Mobilização – Segundo Marinez, a OAB preparou-se para receber os aprendizes e ensiná-los durante o desenvolvimento de suas tarefas. "Todos os jovens têm chance de aproveitamento e alguns já foram incorporados antes mesmo de terminar o programa".
A gerente acrescentou que a OAB conta com um orçamento específico para o programa de aprendizes e acompanha seu desenvolvimento durante todo período de aprendizagem. O programa é levado também para as famílias dos jovens. "Tomamos conhecimento de suas dificuldades e expectativas em relação ao futuro de seus filhos", concluiu.
Degrau – Na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) o projeto Degrau, criado há cinco anos com o objetivo de inserir jovens no mercado de trabalho, já recebeu mais de 200 aprendizes. Mais da metade deles ficou e hoje faz parte do quadro de funcionários.
O sucesso no índice de aproveitamento dos jovens na própria ACSP é resultado da criação de um sistema específico de treinamento para os jovens do programa. Carla Regia, do setor de treinamento do RH e que acompanha os adolescentes desde o início do Degrau, disse que montar o programa foi um processo trabalhoso. "Mas que teve resultados positivos em pouco tempo", afirmou.
Tudo isso, disse Carla, foi conseqüência do esforço conjunto da ACSP, da Rede Brasileira de Entidades Assistenciais e Filantrópicas (Rebraf) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), com o suporte da entidade certificadora, a Associação de Ensino Profissionalizante, a Espro. "Treinamos tanto os jovens que chegam aqui sem nenhuma experiência profissional como os gestores das áreas onde eles irão atuar", explicou.
Para Carla, o programa foi muito importante para a ACSP porque, ao encontrar os jovens certos para cada departamento, houve um ganho significativo. "Além de moldar cada um deles para as necessidades de um setor específico, o adolescente traz uma nova visão do trabalho. Além disso, os gestores estão se atualizando para receber melhor os aprendizes", afirmou.
Futuro definido – Aprendiz há um ano e meio no setor de informática da ACSP, Júlio Clésio Justino de Sousa, já definiu sua carreira profissional. Ele pretende fazer faculdade de computação no próximo ano, quando concluir o terceiro ano do ensino médio.
Para Júlio, a experiência na ACSP trouxe muita responsabilidade, auxiliando, inclusive, na melhora de seu desempenho escolar. "Antes, só tinha contato com pessoas da minha idade. O relacionamento com os chefes e colegas no ambiente de trabalho é diferente e tive que me adaptar. Isso me ajudou muito", concluiu.
Criada em 2000, a lei 10.097 obriga empresas de médio e grande porte a contratar aprendizes. Os percentuais vão de 5% a 15% sobre o número de funcionários contratados. Com a iniciativa, abriu-se um novo espaço para jovens de 14 a 24 anos sem experiência profissional anterior.
Na OAB – Este é o caso de Michael Douglas Pereira Santo, de 17 anos e que cursa o terceiro ano do ensino médio. Ele pretende seguir a carreira de design gráfico, mas a experiência como aprendiz no departamento financeiro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB -SP), no Centro da capital paulista, é considerada positiva. "Era imaturo e tímido. Por isso, foi importante adquirir a responsabilidade que o trabalho traz. Estou aprendendo a cuidar de mim mesmo e a usar bem o meu salário", disse.
Marinez Monteiro, gerente do departamento de recursos humanos da OAB, explicou que o Ciee foi procurado para criar e estruturar o programa de aprendizes. "Nossa parceria é antiga e, com ela, pudemos cumprir a Lei dos Aprendizes". disse. Segundo ela, os perfis dos jovens foram encaminhados pelo Ciee. "Selecionamos os que desejam aprender. Eles devem possuir iniciativa e interesse pelo aprendizado profissional", afirmou.
Mobilização – Segundo Marinez, a OAB preparou-se para receber os aprendizes e ensiná-los durante o desenvolvimento de suas tarefas. "Todos os jovens têm chance de aproveitamento e alguns já foram incorporados antes mesmo de terminar o programa".
A gerente acrescentou que a OAB conta com um orçamento específico para o programa de aprendizes e acompanha seu desenvolvimento durante todo período de aprendizagem. O programa é levado também para as famílias dos jovens. "Tomamos conhecimento de suas dificuldades e expectativas em relação ao futuro de seus filhos", concluiu.
Degrau – Na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) o projeto Degrau, criado há cinco anos com o objetivo de inserir jovens no mercado de trabalho, já recebeu mais de 200 aprendizes. Mais da metade deles ficou e hoje faz parte do quadro de funcionários.
O sucesso no índice de aproveitamento dos jovens na própria ACSP é resultado da criação de um sistema específico de treinamento para os jovens do programa. Carla Regia, do setor de treinamento do RH e que acompanha os adolescentes desde o início do Degrau, disse que montar o programa foi um processo trabalhoso. "Mas que teve resultados positivos em pouco tempo", afirmou.
Tudo isso, disse Carla, foi conseqüência do esforço conjunto da ACSP, da Rede Brasileira de Entidades Assistenciais e Filantrópicas (Rebraf) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), com o suporte da entidade certificadora, a Associação de Ensino Profissionalizante, a Espro. "Treinamos tanto os jovens que chegam aqui sem nenhuma experiência profissional como os gestores das áreas onde eles irão atuar", explicou.
Para Carla, o programa foi muito importante para a ACSP porque, ao encontrar os jovens certos para cada departamento, houve um ganho significativo. "Além de moldar cada um deles para as necessidades de um setor específico, o adolescente traz uma nova visão do trabalho. Além disso, os gestores estão se atualizando para receber melhor os aprendizes", afirmou.
Futuro definido – Aprendiz há um ano e meio no setor de informática da ACSP, Júlio Clésio Justino de Sousa, já definiu sua carreira profissional. Ele pretende fazer faculdade de computação no próximo ano, quando concluir o terceiro ano do ensino médio.
Para Júlio, a experiência na ACSP trouxe muita responsabilidade, auxiliando, inclusive, na melhora de seu desempenho escolar. "Antes, só tinha contato com pessoas da minha idade. O relacionamento com os chefes e colegas no ambiente de trabalho é diferente e tive que me adaptar. Isso me ajudou muito", concluiu.