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Projeto dá casa, escola e enprego a jovens
Por Paula Cunha / Diário do Comércio   5 de março de 2008
Um projeto que garante, ao mesmo tempo, capacitação profissional e moradia a jovens carentes que não têm família ou foram abandonados por ela. Batizado de Aquece Horizontes, o programa – que é uma parceria da Lorenzetti, fabricante de chuveiros, e do Instituto Dom Bosco – procura evitar que os adolescentes voltem à situação de risco em que já viveram, oferecendo cursos profissionalizantes para capacitá-los e uma república para abrigá-los.
Os jovens escolhidos passaram pelos orfanatos mantidos pelo Instituto Dom Bosco e estão na faixa dos 17 aos 20 anos. A maioria deles foi abandonada pela família. A criação da república pretende dar continuidade ao lar que eles tiveram até então, num trabalho conjunto com cursos profissionalizantes direcionados a atividades industriais (mecânica industrial, com um ano de duração) e administração (técnicas administrativas, em seis meses). A república masculina foi criada em 2000 e a feminina em 2002. São selecionados também rapazes e moças cujas famílias têm renda de até dois salários mínimos.
Para muitos deles, esta foi uma chance de iniciar uma vida profissional e realizar o sonho de chegar à universidade. Para viver na república, os jovens devem trabalhar. Para isso, recebem encaminhamento para empresas parceiras. Sandro dos Reis Martins, coordenador dos cursos técnicos em parceria com a Lorenzetti, disse que os participantes têm 80% de chances de inserção no mercado de trabalho. Em 2005, 170 jovens saíram do curso com emprego garantido. Em 2006, foram 230 e, no ano passado, 700.
Experiência – Este é o caso de Atália Farias Almeida, de 20 anos. Vinda de uma experiência familiar traumática, ela saiu de casa aos sete anos com os três irmãos e morou com eles em um orfanato até ser encaminhada para o Instituto Dom Bosco, em 2001. Quando chegou aos 17 anos, participou de todos os cursos oferecidos pelo Dom Bosco e, após um encontro frustrante com a mãe, resolveu morar na república. Foi contratada pela Ericcson, onde permaneceu por mais de dois anos.
Antes de ser admitida na da unidade de fabricação de chuveiros da Lorenzetti da Mooca, Atália fez de tudo um pouco: entregou panfletos, vendeu rifa, trabalhou com telemarketing e em uma lanchonete. Agora, a jovem aprendeu como uma fábrica funciona. Ela conta que o ritmo e a rotina da linha de montagem a deixavam nervosa, mas em compensação adquiriu uma disciplina que a ajudou em outras áreas como na escola e na vida pessoal. Atália cursa Letras e quer ser professora para transmitir conhecimento e também sua experiência pessoal.
"Aprendi que todas as experiências são válidas na vida, pois são um grande aprendizado. A formação educacional e pessoal que tive no Instituto Dom Bosco me ajudou a enfrentar todos os problemas", afirmou. "Agora, acredito que tudo que se faz com esforço tem valor e que estou realizando o sonho de estudar para trabalhar e formar uma família", concluiu a jovem.
Novos horizontes – Prestes a ser transferido para o setor de gestão da unidade de Pirituba da Ericcson, Júnior Pereira de Souza, está entusiasmado com a perspectiva de iniciar uma nova etapa na empresa após o período de estágio. O jovem foi contratado como técnico de instalação de torres para celulares e tem certeza de que os conhecimentos que adquiriu no curso o ajudarão a ter um bom desempenho e a obter progresso nesta profissão.
Aos 18 anos, Júnior mora na república há dois meses e disse que está sendo beneficiado pelo convívio com jovens da mesma idade e que passaram por experiências semelhantes. Júnior morou com o irmão em um abrigo na Vila Prudente e, aos 17 anos, conseguiu ser transferido para o Instituto Dom Bosco.
"Meu objetivo era morar na república e trabalhar. A experiência tem sido boa e estou aprendendo a me virar sozinho. Tudo isso vai me ajudar a ser independente", finalizou.
Os jovens escolhidos passaram pelos orfanatos mantidos pelo Instituto Dom Bosco e estão na faixa dos 17 aos 20 anos. A maioria deles foi abandonada pela família. A criação da república pretende dar continuidade ao lar que eles tiveram até então, num trabalho conjunto com cursos profissionalizantes direcionados a atividades industriais (mecânica industrial, com um ano de duração) e administração (técnicas administrativas, em seis meses). A república masculina foi criada em 2000 e a feminina em 2002. São selecionados também rapazes e moças cujas famílias têm renda de até dois salários mínimos.
Para muitos deles, esta foi uma chance de iniciar uma vida profissional e realizar o sonho de chegar à universidade. Para viver na república, os jovens devem trabalhar. Para isso, recebem encaminhamento para empresas parceiras. Sandro dos Reis Martins, coordenador dos cursos técnicos em parceria com a Lorenzetti, disse que os participantes têm 80% de chances de inserção no mercado de trabalho. Em 2005, 170 jovens saíram do curso com emprego garantido. Em 2006, foram 230 e, no ano passado, 700.
Experiência – Este é o caso de Atália Farias Almeida, de 20 anos. Vinda de uma experiência familiar traumática, ela saiu de casa aos sete anos com os três irmãos e morou com eles em um orfanato até ser encaminhada para o Instituto Dom Bosco, em 2001. Quando chegou aos 17 anos, participou de todos os cursos oferecidos pelo Dom Bosco e, após um encontro frustrante com a mãe, resolveu morar na república. Foi contratada pela Ericcson, onde permaneceu por mais de dois anos.
Antes de ser admitida na da unidade de fabricação de chuveiros da Lorenzetti da Mooca, Atália fez de tudo um pouco: entregou panfletos, vendeu rifa, trabalhou com telemarketing e em uma lanchonete. Agora, a jovem aprendeu como uma fábrica funciona. Ela conta que o ritmo e a rotina da linha de montagem a deixavam nervosa, mas em compensação adquiriu uma disciplina que a ajudou em outras áreas como na escola e na vida pessoal. Atália cursa Letras e quer ser professora para transmitir conhecimento e também sua experiência pessoal.
"Aprendi que todas as experiências são válidas na vida, pois são um grande aprendizado. A formação educacional e pessoal que tive no Instituto Dom Bosco me ajudou a enfrentar todos os problemas", afirmou. "Agora, acredito que tudo que se faz com esforço tem valor e que estou realizando o sonho de estudar para trabalhar e formar uma família", concluiu a jovem.
Novos horizontes – Prestes a ser transferido para o setor de gestão da unidade de Pirituba da Ericcson, Júnior Pereira de Souza, está entusiasmado com a perspectiva de iniciar uma nova etapa na empresa após o período de estágio. O jovem foi contratado como técnico de instalação de torres para celulares e tem certeza de que os conhecimentos que adquiriu no curso o ajudarão a ter um bom desempenho e a obter progresso nesta profissão.
Aos 18 anos, Júnior mora na república há dois meses e disse que está sendo beneficiado pelo convívio com jovens da mesma idade e que passaram por experiências semelhantes. Júnior morou com o irmão em um abrigo na Vila Prudente e, aos 17 anos, conseguiu ser transferido para o Instituto Dom Bosco.
"Meu objetivo era morar na república e trabalhar. A experiência tem sido boa e estou aprendendo a me virar sozinho. Tudo isso vai me ajudar a ser independente", finalizou.