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Cozinha também é lugar de aprender
Por André Alves   2 de abril de 2008
Kátia Diniz, de 22 anos, imagina seu futuro como chefe de cozinha ou nutricionista. O sonho, que antes parecia inalcançável, poderá se tornar realidade por causa do Projeto Cozinha Escola, que capacita jovens de 18 a 25 anos na área de auxiliar de cozinha. Kátia, junto com outros jovens da Vila de Paranapiacaba, na região do ABC paulista, se formou no curso oferecido pelo projeto, e hoje trabalha e vende seus produtos para um dos mais tradicionais bufês de São Paulo, o Patê Maison.
O Projeto Cozinha Escola surgiu há dois anos, por iniciativa do chefe de cozinha Celso Vieira. Após uma incansável luta em busca de patrocínios, a Fundação Banco do Brasil resolveu apostar na iniciativa, abrindo uma cozinha-escola em Paranapiacaba, em 2006. Celso também conseguiu estabelecer parceria com a universidade Fundação Santo André, que mantém um campus em Paranapiacaba.
Após três meses de curso, Kátia se formou no primeiro semestre de 2007. "No começo não tinha muita noção de culinária. Mas durante o curso, aprendi técnicas de corte, conservas, reaproveitamento de alimentos e a fazer temperos, saladas e outras iguarias", disse. Um de seus colegas de curso, Orlandeivyd Duarte, de 20 anos, ressaltou a importância das aulas teóricas e práticas. "Foi muito prazeroso fazer parte do projeto. Hoje já tenho uma boa noção de culinária", afirmou.
Cerca de dez jovens se formaram na primeira turma do Cozinha Escola. "Escolhemos Paranapiacaba pelo fato de ser um parque turístico, com uma juventude carente e com poucas empresas e, consequentemente, poucas oportunidades de trabalho", afirmou Celso.
Oportunidade - Depois de um mês de estágios em restaurantes, uma parceria entre o Patê Maison e o Projeto Cozinha Escola abriu as portas para quatro jovens de Paranapiacaba. Por meio da parceria, concretizada em 2007, o bufê contratou os jovens formados pelo Projeto, oferecendo a oportunidade de darem continuidade ao aprendizado de técnicas e conhecimentos, além dos adquiridos no curso, com toda a equipe de profissionais do bufê.
"O mercado nem sempre é capaz de absorver a mão-de-obra disponível e dificilmente contrata jovens com pouca experiência. No bufê, os jovens cozinheiros podem aprimorar seus conhecimentos e gerar renda para suas famílias. Nosso compromisso com o Projeto Cozinha Escola é dar sustentabilidade. É muito gratificante ver a moçada produzindo e ganhando", disse Olga Vieira Pinto, diretora do Patê Maison.
Receitas - Durante o período de treinamento e capacitação no bufê, os jovens criaram o molho chutney de banana, aproveitando a vasta cultura da fruta em Paranapiacaba. O chutney é um molho agridoce originário da cultura indiana, composto basicamente de pimentas, frutos e vegetais. O tempero normalmente leva açúcar, sal, alho, cebola, mel e vinagre. Atualmente eles estão aprendendo a fazer a caponata de berinjela agridoce.
Na parceria, o Patê Maison se comprometeu a comprar grande parte dos produtos feitos pelos jovens na cozinha-escola instalada na comunidade, colocando-os em seu cardápio. "Depois dos estágios, comecei a chamar quatro jovens para trabalhar no bufê, numa média de duas vezes por semana. Eles, inclusive, participaram de muitos eventos corporativos do Patê Maison, servindo as iguarias", disse Olga. frequentam o bufê esporadicamente, já que contam com infra-estrutura para produzir o chutney em Paranapiacaba. "Quando eles precisam vir ao Patê Maison, recebem cerca de R$ 100, mais transporte e refeição", completou Olga.
Renda - Tanto Kátia quanto Orlandeivyd vendem, em média, 50 potes de chutney por mês ao bufê, dependendo dos pedidos, o que lhes assegura uma renda extra de aproximadamente R$ 200 mensais. "Com esse dinheiro consigo ajudar minha família. Além disso, hoje sou a cozinheira oficial da minha casa", afirmou, com orgulho, Kátia.
O saldo final do projeto, na opinião de Olga, foi muito satisfatório, já que "eles aprenderam no bufê novas apresentações de mesas, ganharam competência e conseguiram entender os conceitos de uma mesa sofisticada para públicos exigentes. Gostaria de realizar mais trabalhos em parceria com o Cozinha Escola", disse a diretora.
Futuro - Segundo o idealizador do Cozinha Escola, o trabalho Vila de Paranapiacaba foi apenas o primeiro projeto-piloto. Dentro de alguns dias, o projeto começará a realizar um trabalho em Paraisópolis, que contará com a participação de dez jovens carentes de 18 a 23 anos.
"Tomando a experiência de Paranapiacaba, o projeto de Paraisópolis tem tudo para dar certo, já que entre 60% e 70% dos jovens conseguem uma colocação", concluiu Celso.
O Projeto Cozinha Escola surgiu há dois anos, por iniciativa do chefe de cozinha Celso Vieira. Após uma incansável luta em busca de patrocínios, a Fundação Banco do Brasil resolveu apostar na iniciativa, abrindo uma cozinha-escola em Paranapiacaba, em 2006. Celso também conseguiu estabelecer parceria com a universidade Fundação Santo André, que mantém um campus em Paranapiacaba.
Após três meses de curso, Kátia se formou no primeiro semestre de 2007. "No começo não tinha muita noção de culinária. Mas durante o curso, aprendi técnicas de corte, conservas, reaproveitamento de alimentos e a fazer temperos, saladas e outras iguarias", disse. Um de seus colegas de curso, Orlandeivyd Duarte, de 20 anos, ressaltou a importância das aulas teóricas e práticas. "Foi muito prazeroso fazer parte do projeto. Hoje já tenho uma boa noção de culinária", afirmou.
Cerca de dez jovens se formaram na primeira turma do Cozinha Escola. "Escolhemos Paranapiacaba pelo fato de ser um parque turístico, com uma juventude carente e com poucas empresas e, consequentemente, poucas oportunidades de trabalho", afirmou Celso.
Oportunidade - Depois de um mês de estágios em restaurantes, uma parceria entre o Patê Maison e o Projeto Cozinha Escola abriu as portas para quatro jovens de Paranapiacaba. Por meio da parceria, concretizada em 2007, o bufê contratou os jovens formados pelo Projeto, oferecendo a oportunidade de darem continuidade ao aprendizado de técnicas e conhecimentos, além dos adquiridos no curso, com toda a equipe de profissionais do bufê.
"O mercado nem sempre é capaz de absorver a mão-de-obra disponível e dificilmente contrata jovens com pouca experiência. No bufê, os jovens cozinheiros podem aprimorar seus conhecimentos e gerar renda para suas famílias. Nosso compromisso com o Projeto Cozinha Escola é dar sustentabilidade. É muito gratificante ver a moçada produzindo e ganhando", disse Olga Vieira Pinto, diretora do Patê Maison.
Receitas - Durante o período de treinamento e capacitação no bufê, os jovens criaram o molho chutney de banana, aproveitando a vasta cultura da fruta em Paranapiacaba. O chutney é um molho agridoce originário da cultura indiana, composto basicamente de pimentas, frutos e vegetais. O tempero normalmente leva açúcar, sal, alho, cebola, mel e vinagre. Atualmente eles estão aprendendo a fazer a caponata de berinjela agridoce.
Na parceria, o Patê Maison se comprometeu a comprar grande parte dos produtos feitos pelos jovens na cozinha-escola instalada na comunidade, colocando-os em seu cardápio. "Depois dos estágios, comecei a chamar quatro jovens para trabalhar no bufê, numa média de duas vezes por semana. Eles, inclusive, participaram de muitos eventos corporativos do Patê Maison, servindo as iguarias", disse Olga. frequentam o bufê esporadicamente, já que contam com infra-estrutura para produzir o chutney em Paranapiacaba. "Quando eles precisam vir ao Patê Maison, recebem cerca de R$ 100, mais transporte e refeição", completou Olga.
Renda - Tanto Kátia quanto Orlandeivyd vendem, em média, 50 potes de chutney por mês ao bufê, dependendo dos pedidos, o que lhes assegura uma renda extra de aproximadamente R$ 200 mensais. "Com esse dinheiro consigo ajudar minha família. Além disso, hoje sou a cozinheira oficial da minha casa", afirmou, com orgulho, Kátia.
O saldo final do projeto, na opinião de Olga, foi muito satisfatório, já que "eles aprenderam no bufê novas apresentações de mesas, ganharam competência e conseguiram entender os conceitos de uma mesa sofisticada para públicos exigentes. Gostaria de realizar mais trabalhos em parceria com o Cozinha Escola", disse a diretora.
Futuro - Segundo o idealizador do Cozinha Escola, o trabalho Vila de Paranapiacaba foi apenas o primeiro projeto-piloto. Dentro de alguns dias, o projeto começará a realizar um trabalho em Paraisópolis, que contará com a participação de dez jovens carentes de 18 a 23 anos.
"Tomando a experiência de Paranapiacaba, o projeto de Paraisópolis tem tudo para dar certo, já que entre 60% e 70% dos jovens conseguem uma colocação", concluiu Celso.