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Projeto Guri: quem aprendeu, hoje ensina
Por Kelly Ferreira / Diário do Comércio   7 de maio de 2008
A o longo de seus 12 anos de trabalho, o Projeto Guri já formou muitos músicos. Sem uma estatística precisa, a Secretaria Estadual da Cultura, responsável pelo projeto, atende atualmente cerca de 50 mil crianças e adolescentes, entre 8 e 18 anos, que fazem aulas de violino, viola erudita e caipira, violoncelo, contrabaixo acústico, violão, cavaquinho, percussão, saxofone, clarinete, flauta, trompete, trombone e canto-coral. No entra e sai de alunos, alguns permaneceram no Guri, agora não mais aprendendo, mas ensinando ou trabalhando.
Alexandre da Silva Campos é um deles. Entrou para o Guri aos 17 anos, saiu por causa do Exército e voltou há seis anos como monitor, passando depois para instrutor de violão. "Está sendo muito importante fazer parte do Guri. Aprendi muito sobre música e hoje posso passar a minha experiência para outras pessoas", disse.
Oito anos após iniciar no projeto, Campos dá aulas para seis turmas com 20 alunos cada. "Aprendi a gostar de uma boa música. Foi uma oportunidade única na minha vida subir no palco e mostrar o que sabia fazer para centenas de pessoas. Cheguei a fazer faculdade de informática, mas não era o que realmente queria. Estou feliz por fazer o que gosto e ensinar outras pessoas a gostarem de música também", afirmou.
Denis Rédua também começou a sua história profissional no Guri, onde está até hoje. "Comecei no Guri cantando no coral, aos 16 anos. Fiquei até os 18. Sai por dois anos e voltei trabalhando como produtor de eventos. O estudo de canto me ensinou a ver a música com outros olhos. Passei a gostar de outros estilos, não só do rock. O Guri me ajudou a descobrir o que eu queria para a minha vida, tanto que hoje faço Rádio e TV na faculdade. Quero continuar na área de produção", disse.
História - O Projeto Guri começou na Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, em 1995. O projeto, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, tinha como missão resgatar, por meio da música, a cidadania de crianças de famílias de baixa renda, transformando a cultura e a arte em um instrumento de inclusão social.
No primeiro ano do projeto, com apenas um pólo de atendimento, foram incluídos 180 alunos, que apresentaram um concerto com Bachianas Brasileiras, Bolero de Ravel e obras de Beethoven. Seis meses depois, já era referência no desenvolvimento da auto-estima dos jovens.
Os atendimentos aumentaram ano após ano. Em 2000 eram 24 pólos e 6,5 mil atendimentos. Sete anos depois, o número de pólos cresceu mais de 100%, saltando para 375 e o número de atendimentos chegou a 50 mil. Hoje são 383 pólos, sendo 336 em São Paulo, um em Maringá (PR), e 46 na Fundação Casa Centro de Atendimento Sócio-Educativo ao Adolescente), a antiga Febem.
O projeto Guri reuniu muitos prêmios nesses 12 anos de existência, entre eles o Multicultural Estadão 2000, na categoria Melhor Projeto de Fomento à Cultura do Ano. Em maio de 2002, foi escolhido pelo Ministério da Educação para representar o Brasil na ONU, na sessão especial da Assembléia Geral das Nações Unidas em Favor da Infância, em Nova Iorque. O Projeto Guri foi a única instituição brasileira convidada a participar da 1ª Conferência Orquestral da África do Sul, evento organizado pela Wasbe SA (World Association for Symphonic Bands and Esembles South Africa), em 2005, na Cidade do Cabo, no Artscape Theatre Centre.
Oito anos após iniciar no projeto, Campos dá aulas para seis turmas com 20 alunos cada. "Aprendi a gostar de uma boa música. Foi uma oportunidade única na minha vida subir no palco e mostrar o que sabia fazer para centenas de pessoas. Cheguei a fazer faculdade de informática, mas não era o que realmente queria. Estou feliz por fazer o que gosto e ensinar outras pessoas a gostarem de música também", afirmou.
Denis Rédua também começou a sua história profissional no Guri, onde está até hoje. "Comecei no Guri cantando no coral, aos 16 anos. Fiquei até os 18. Sai por dois anos e voltei trabalhando como produtor de eventos. O estudo de canto me ensinou a ver a música com outros olhos. Passei a gostar de outros estilos, não só do rock. O Guri me ajudou a descobrir o que eu queria para a minha vida, tanto que hoje faço Rádio e TV na faculdade. Quero continuar na área de produção", disse.
História - O Projeto Guri começou na Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, em 1995. O projeto, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, tinha como missão resgatar, por meio da música, a cidadania de crianças de famílias de baixa renda, transformando a cultura e a arte em um instrumento de inclusão social.
No primeiro ano do projeto, com apenas um pólo de atendimento, foram incluídos 180 alunos, que apresentaram um concerto com Bachianas Brasileiras, Bolero de Ravel e obras de Beethoven. Seis meses depois, já era referência no desenvolvimento da auto-estima dos jovens.
Os atendimentos aumentaram ano após ano. Em 2000 eram 24 pólos e 6,5 mil atendimentos. Sete anos depois, o número de pólos cresceu mais de 100%, saltando para 375 e o número de atendimentos chegou a 50 mil. Hoje são 383 pólos, sendo 336 em São Paulo, um em Maringá (PR), e 46 na Fundação Casa Centro de Atendimento Sócio-Educativo ao Adolescente), a antiga Febem.
O projeto Guri reuniu muitos prêmios nesses 12 anos de existência, entre eles o Multicultural Estadão 2000, na categoria Melhor Projeto de Fomento à Cultura do Ano. Em maio de 2002, foi escolhido pelo Ministério da Educação para representar o Brasil na ONU, na sessão especial da Assembléia Geral das Nações Unidas em Favor da Infância, em Nova Iorque. O Projeto Guri foi a única instituição brasileira convidada a participar da 1ª Conferência Orquestral da África do Sul, evento organizado pela Wasbe SA (World Association for Symphonic Bands and Esembles South Africa), em 2005, na Cidade do Cabo, no Artscape Theatre Centre.