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Petrobras e Quixote: união pelo futuro dos jovens

Por Paula Cunha    4 de junho de 2008
Transformar as vidas de jovens em situação de risco e de suas famílias com atendimento clínico, pedagógico e social. Com ações para alcançar este objetivo desde a sua fundação há 12 anos, o Projeto Quixote, com sede em São Paulo, apresentou seu trabalho no evento Programa Desenvolvimento & Cidadania Petrobras, na semana passada no Rio de Janeiro.

A organização não-governamental mantém a parceria com o órgão oficial há quatro anos. Para seus representantes, ela foi fundamental para a continuidade das suas atividades, pois em 2004 o governo municipal paulistano interrompeu a liberação de verbas para o projeto. "Começamos dentro da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e, para sobreviver, estabelecemos parcerias com a iniciativa privada para ações específicas, com começo, meio e fim", explica uma de suas coordenadoras Bettina Grajcer.

Com o foco na formação profissional dos jovens e no atendimento social e psicológico a suas famílias, a ONG está alcançando objetivos práticos. O jovem Jeff William Soares dos Santos é um exemplo disso. Ele diz que encontrou o seu caminho artístico e profissional no Projeto Quixote. Morador do bairro de Campo Grande, na periferia da zona sul da capital paulista, o jovem de 16 anos via poucas perspectivas de futuro acadêmico e profissional. Ele se aproximou do projeto interessado nas oficinas de preparação profissional, denominadas Quixote Jovem.

Agora, cursando o segundo ano do ensino médio, Jeff viu que podia canalizar o seu talento para a dança e a oficina de break contribuiu para que ele decidisse seu futuro profissional. O jovem participou, também, de outras etapas contempladas pelo projeto. Atualmente, ele está cursando outras oficinas como o curso de formação em departamento comercial e pessoal. "Não quero me desligar da dança e pretendo conciliá-la com uma atividade formal do mercado de trabalho", diz.

Referência – O Projeto Quixote já se transformou em uma referência na formação de jovens carentes na capital paulista. Desde 1996, já foram atendidas mais de cinco mil pessoas. Cerca de 900 jovens passam pelas oficinas e cursos.

O projeto contempla, simultaneamente, programas clínicos, de educação para o trabalho, para a família (com atendimentos psicológicos de de geração de renda) e o Moinho do Bexiga, que abriga e orienta crianças e adolescentes de rua na capital paulista.

Segundo Bettina Grajcer, a participação do projeto no programa da Petrobras não só o ajudou financeiramente, mas também os auxiliou a planejar e executar planos a curto e médio prazos. Agora, o seu objetivo é tornar as oficinas de grafite um meio de geração de renda para a ONG e para os jovens que participam dela. Ela acrescenta que o evento no Rio de Janeiro também possibilitou a troca de experiências com outras entidades e a oferta de seus cursos de formação de educadores.

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