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Imóvel é conhecido por crime e mistério

Por Kelly Ferreira   11 de junho de 2008
O Castelinho da rua Apa, na esquina da avenida São João, no Centro de São Paulo, é peça de um grande mistério: o local foi palco de um crime que abalou a aristocracia paulistana na noite de 12 de maio de 1937. O imóvel, uma réplica de um castelo medieval, ficou conhecido depois da morte de três pessoas da família Reis, uma das mais ricas e tradicionais na época na cidade.

As vítimas foram os advogados Álvaro e Armando Cézar dos Reis e a mãe deles, Maria Cândida Guimarães dos Reis, a dona Candinha. Eles foram encontrados mortos a tiros por uma empregada. Ao lado dos corpos dos dois irmãos, uma pistola automática Parabellum, calibre 9 milímetros.

Dois dias depois do crime, os policiais afirmaram que Álvaro Reis era o autor dos crimes e encerraram o caso. A explicação do crime é que Álvaro, considerado meio irresponsável, playboy e aventureiro, estaria tentando construir uma pista de patinação em São Paulo, numa área onde funcionava um cinema pertencente à família. Armando seria contra.

A socialite da época, Cândida Cunha Bueno, conhecida por Baby Cunha Bueno, namorada de Álvaro sempre defendeu a inocência dele. A partir da morte de Álvaro, ela colocou flores no túmulo do ex-namorado no cemitério da Consolação em São Paulo, sempre nos dias 12 de cada mês. O ritual durou 51 anos, até 1988, quando Baby morreu aos 97 anos. Um parente dela paga até hoje a uma floricultura para deixar flores no túmulo todo dia 12.

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