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Maranhense viveu conto de fadas
Por Kelly Ferreira   11 de junho de 2008
Maria Eulina Hilsenbeck, de 57 anos, tem muita história para contar. Natural de São José dos Basílios, no Maranhão, ela abandonou sua cidade natal para tentar uma vida melhor em São Paulo, onde se hospedaria na casa de uma prima. Na bagagem, pouco dinheiro e algumas jóias. A expectativa de uma nova vida acabou em 15 dias. O marido da prima a expulsou. O dinheiro durou apenas dois meses e, sem emprego, aos 20 anos, foi morar nas ruas da cidade.
Ficou no Parque Dom Pedro por dois anos. Aos 22 anos, conheceu Vânia (ela prefere não dizer o sobrenome) que a acolheu em sua casa por nove meses. "Não me envolvi com nenhum tipo de vício ou crime na rua. Quando sai das ruas, a única preocupação era combater a ignorância das pessoas, de onde vem a miséria”, disse.
Maria Eulina fez dessa oportunidade sua história de vida. Conseguiu um emprego na Leites Vigor como recepcionista/telefonista, até que desconectou sem querer uma ligação do chefe e foi demitida. "Abri a porta da sala do chefe, um homem de quase dois metros de altura. Cruzei os braços e disse que não podia ser mandada embora porque havia saído das ruas. Aquela era minha chance”, relembrou.
A atitude de Maria Eulina levou o chefe alemão, Alexandre Hilsenbeck, a uma reação inesperada: a manteve no emprego e se apaixonou por ela. Os dois foram casados por 23 anos e tiveram dois filhos, um adotivo. Ele faleceu em 2000, quinze dias após adoecer. “Tínhamos uma relação muito forte. Ele mudou a minha vida e eu a dele. No começo foi difícil para ele aceitar o meu trabalho, mas o que eu fazia mudou o modo dele olhar a vida, o deixou mais humano. Ele até começou a freqüentar a favela do Jaraguá, onde fazia trabalhos comunitários”, contou.
Maria Eulina trabalhou por dois anos favela do Jaraguá sem que o marido soubesse. Ela dizia que ia para o cursinho – ele queria que ela estudasse –, mas ia para a comunidade ajudar as famílias carentes.
Ficou no Parque Dom Pedro por dois anos. Aos 22 anos, conheceu Vânia (ela prefere não dizer o sobrenome) que a acolheu em sua casa por nove meses. "Não me envolvi com nenhum tipo de vício ou crime na rua. Quando sai das ruas, a única preocupação era combater a ignorância das pessoas, de onde vem a miséria”, disse.
Maria Eulina fez dessa oportunidade sua história de vida. Conseguiu um emprego na Leites Vigor como recepcionista/telefonista, até que desconectou sem querer uma ligação do chefe e foi demitida. "Abri a porta da sala do chefe, um homem de quase dois metros de altura. Cruzei os braços e disse que não podia ser mandada embora porque havia saído das ruas. Aquela era minha chance”, relembrou.
A atitude de Maria Eulina levou o chefe alemão, Alexandre Hilsenbeck, a uma reação inesperada: a manteve no emprego e se apaixonou por ela. Os dois foram casados por 23 anos e tiveram dois filhos, um adotivo. Ele faleceu em 2000, quinze dias após adoecer. “Tínhamos uma relação muito forte. Ele mudou a minha vida e eu a dele. No começo foi difícil para ele aceitar o meu trabalho, mas o que eu fazia mudou o modo dele olhar a vida, o deixou mais humano. Ele até começou a freqüentar a favela do Jaraguá, onde fazia trabalhos comunitários”, contou.
Maria Eulina trabalhou por dois anos favela do Jaraguá sem que o marido soubesse. Ela dizia que ia para o cursinho – ele queria que ela estudasse –, mas ia para a comunidade ajudar as famílias carentes.