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Aprendizado ambiental muda a vida de jovens
Por Geriane Oliveira    25 de junho de 2008
Israel Mário Lopes, de 23 anos, conta que, há oito anos, era um pichador e estava desempregado. Ele não ligava para questões ambientais até ser inscrito, pela mãe, no Programa de Jovens, Meio Ambiente e Integração Social (PJ-MAIS), coordenado pelo Instituto Florestal (IF) da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo. Atualmente, Israel é estagiário da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCV) na entidade e cursa o segundo ano de Biologia na UniABC (Universidade do Grande ABC).
Aos finais de semana, o jovem se torna monitor ambiental e cultural no núcleo do projeto de Paranapiacaba, Subdistrito da cidade de Santo André, onde também começou seu trabalho. "Minha mãe me inscreveu no curso sem eu saber. Na época, não tinha idéia do que se tratava. Depois que comecei a freqüentar as aulas, fui me conscientizando da importância de uma reserva de biosfera", diz Israel.
Antes de ser estagiário no IF, há quase dois anos, Israel passou por todo o processo de formação do PJ-MAIS, que dura dois anos, até trabalhar como instrutor de rapel e arborismo na cidade de Paranapiacaba, na região do ABC paulista. Foi nesse período que ele descobriu sua vocação para biologia. "Pretendo me especializar em botânica e zoologia" afirma o estudante. Hoje, segundo ele, sua mãe tem muito orgulho do rumo que o filho tomou.
Inclusão – Iniciado há 12 anos, o PJ-MAIS tem como proposta principal promover a inclusão social de adolescentes e jovens entre 14 e 21 anos de idade que vivem no entorno do RBCV, aliando educação ecoprofissional às ações de recuperação ambiental para a geração de renda e melhoria da qualidade de vida dessas comunidades. "Como aconteceu com Israel, o ingresso no projeto tem mudado o eixo da vida de muitos jovens que, geralmente, vivem em situação de vulnerabilidade social", informa a gerente do programa, Vanessa Cordeiro de Souza, de 37 anos.
De acordo com ela, hoje o projeto é realizado em 14 Núcleos de Educação Ecoprofissional (NEEs) em 12 cidades do Cinturão Verde: Cajamar, Cotia, Caieiras, Diadema, Embu-Guaçu, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Paraibuna, Santo André, São Bernardo do Campo, São Paulo e em São Roque, município onde tudo começou. "Todas as prefeituras do entorno do Cinturão Verde são parceiras. A idéia é formar uma rede de preservação e recuperação ambiental com os alunos e suas comunidades", explica Vanessa.
Formação - A captação desses jovens é feita por meio de divulgação dos cursos nas redes públicas de ensino. Essa formação se dá por meio de aulas e atividades práticas em cinco modalidades: produção e manejo agrícola e florestal sustentáveis; turismo sustentável; monitoria ambiental; agroindústria artesanal e consumo, lixo & arte.
"Depois que os estudantes passam pelas oficinas e também pelo treinamento, fica apto a dizer com qual área se identifica mais", explica. É nesse ponto, que o projeto passa a buscar uma oportunidade de estágio para o jovem.
Na prática – Com o objetivo de neutralizar emissões de carbono, no último sábado (dia 21), 14 jovens do núcleo PJ-MAIS de Embu Guaçu (a 42 quilômetros de São Paulo), plantaram 30 mudas florestais nativas da Mata Atlântica no Parque Estadual da Várzea do Embu Guaçu. A ação foi patrocinada pelo laboratório farmacêutico japonês Daiichi Sankyo.
Antes de entrar no projeto, Aline Amâncio, de 18 anos, trabalhava com sua mãe, que é catadora de lixo reciclável. Desde 2005 ela é bolsista do núcleo de Embu Guaçu. "Aprender a plantar e depois cuidar da muda é uma ótima experiência. O projeto já me ajudou muito", diz.
Segundo ela, no começo, não se interessava pelas aulas, mas a mãe incentivou, assim com a equipe e participantes do projeto. "Quando comecei a receber a bolsa não precisei mais ir trabalhar fora, só estudar e participar das atividades aqui. Agora entendo melhor o meio ambiente e também posso colaborar em casa", diz.
Ao lado do irmão, o estagiário da área de neutralização do núcleo, Robson de Souza Ribeiro, de 17 anos, ela também plantou uma muda de árvore no último sábado. Robson garante que não tinha o que fazer antes de ser um PJ-MAIS. "Não sabia nem o que era neutralização de carbono". Hoje, também bolsista do projeto, sua rotina é estudar pela manhã na rede pública, onde cursa o terceiro ano do ensino médio, e à tarde monitorar todas as mudas que já plantou no parque.
Monitoração – Depois do plantio das mudas, durante três meses, esses jovens vão monitorar diariamente o crescimento das árvores, sempre sob a supervisão do gestor ambiental da Secretaria Municipal de Embu Guaçu, Flávio Itapura. "Além de realizar um serviço ambiental, acompanhar o desenvolvimento de uma floresta se torna um privilégio para esses jovens", afirma.
Segundo a coordenação do projeto, mais de dois mil jovens já passaram pelos núcleos PJ-MAIS. Desse total, aproximadamente 900 deles tiveram a primeira oportunidade de trabalho.
Aos finais de semana, o jovem se torna monitor ambiental e cultural no núcleo do projeto de Paranapiacaba, Subdistrito da cidade de Santo André, onde também começou seu trabalho. "Minha mãe me inscreveu no curso sem eu saber. Na época, não tinha idéia do que se tratava. Depois que comecei a freqüentar as aulas, fui me conscientizando da importância de uma reserva de biosfera", diz Israel.
Antes de ser estagiário no IF, há quase dois anos, Israel passou por todo o processo de formação do PJ-MAIS, que dura dois anos, até trabalhar como instrutor de rapel e arborismo na cidade de Paranapiacaba, na região do ABC paulista. Foi nesse período que ele descobriu sua vocação para biologia. "Pretendo me especializar em botânica e zoologia" afirma o estudante. Hoje, segundo ele, sua mãe tem muito orgulho do rumo que o filho tomou.
Inclusão – Iniciado há 12 anos, o PJ-MAIS tem como proposta principal promover a inclusão social de adolescentes e jovens entre 14 e 21 anos de idade que vivem no entorno do RBCV, aliando educação ecoprofissional às ações de recuperação ambiental para a geração de renda e melhoria da qualidade de vida dessas comunidades. "Como aconteceu com Israel, o ingresso no projeto tem mudado o eixo da vida de muitos jovens que, geralmente, vivem em situação de vulnerabilidade social", informa a gerente do programa, Vanessa Cordeiro de Souza, de 37 anos.
De acordo com ela, hoje o projeto é realizado em 14 Núcleos de Educação Ecoprofissional (NEEs) em 12 cidades do Cinturão Verde: Cajamar, Cotia, Caieiras, Diadema, Embu-Guaçu, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Paraibuna, Santo André, São Bernardo do Campo, São Paulo e em São Roque, município onde tudo começou. "Todas as prefeituras do entorno do Cinturão Verde são parceiras. A idéia é formar uma rede de preservação e recuperação ambiental com os alunos e suas comunidades", explica Vanessa.
Formação - A captação desses jovens é feita por meio de divulgação dos cursos nas redes públicas de ensino. Essa formação se dá por meio de aulas e atividades práticas em cinco modalidades: produção e manejo agrícola e florestal sustentáveis; turismo sustentável; monitoria ambiental; agroindústria artesanal e consumo, lixo & arte.
"Depois que os estudantes passam pelas oficinas e também pelo treinamento, fica apto a dizer com qual área se identifica mais", explica. É nesse ponto, que o projeto passa a buscar uma oportunidade de estágio para o jovem.
Na prática – Com o objetivo de neutralizar emissões de carbono, no último sábado (dia 21), 14 jovens do núcleo PJ-MAIS de Embu Guaçu (a 42 quilômetros de São Paulo), plantaram 30 mudas florestais nativas da Mata Atlântica no Parque Estadual da Várzea do Embu Guaçu. A ação foi patrocinada pelo laboratório farmacêutico japonês Daiichi Sankyo.
Antes de entrar no projeto, Aline Amâncio, de 18 anos, trabalhava com sua mãe, que é catadora de lixo reciclável. Desde 2005 ela é bolsista do núcleo de Embu Guaçu. "Aprender a plantar e depois cuidar da muda é uma ótima experiência. O projeto já me ajudou muito", diz.
Segundo ela, no começo, não se interessava pelas aulas, mas a mãe incentivou, assim com a equipe e participantes do projeto. "Quando comecei a receber a bolsa não precisei mais ir trabalhar fora, só estudar e participar das atividades aqui. Agora entendo melhor o meio ambiente e também posso colaborar em casa", diz.
Ao lado do irmão, o estagiário da área de neutralização do núcleo, Robson de Souza Ribeiro, de 17 anos, ela também plantou uma muda de árvore no último sábado. Robson garante que não tinha o que fazer antes de ser um PJ-MAIS. "Não sabia nem o que era neutralização de carbono". Hoje, também bolsista do projeto, sua rotina é estudar pela manhã na rede pública, onde cursa o terceiro ano do ensino médio, e à tarde monitorar todas as mudas que já plantou no parque.
Monitoração – Depois do plantio das mudas, durante três meses, esses jovens vão monitorar diariamente o crescimento das árvores, sempre sob a supervisão do gestor ambiental da Secretaria Municipal de Embu Guaçu, Flávio Itapura. "Além de realizar um serviço ambiental, acompanhar o desenvolvimento de uma floresta se torna um privilégio para esses jovens", afirma.
Segundo a coordenação do projeto, mais de dois mil jovens já passaram pelos núcleos PJ-MAIS. Desse total, aproximadamente 900 deles tiveram a primeira oportunidade de trabalho.