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Escola abre as portas para alunos de 8 a 80 anos
Por Rubens Marujo   15 de outubro de 2008
Uma idéia simples e prática colocou crianças, mães e avós para estudarem juntas na mesma escola. As crianças cumprem a grade curricular normal, as mães são professoras voluntárias e as avós, alunas da Faculdade Aberta à Feliz Idade, a Fafi, como é conhecida. E mais ainda: os idosos não pagam nada para estudar e praticar vários tipos de atividades culturais, artísticas e físicas. Tudo isso acontece dentro da Escola e Faculdade Santa Marina, na Vila Carrão, zona leste da cidade. Uma experiência inédita que deu um resultado inesperado: em um ano, o número de alunos, senhoras na sua maioria, saltou de 20 para 80.
"Está sendo um sucesso para toda a comunidade do bairro e da região", comemora Maria Luiza Gaspar Bonozzi, diretora-geral do estabelecimento. "Como uma entidade educacional, através de um Projeto de Ação Comunitária, desenvolvemos atividades semanais com dois grupos de aproximadamente 50 idosos em cada um deles", diz a diretora.
A equipe é formada por membros do voluntariado, que são alunos da própria faculdade, pessoas da comunidade escolar, pais e mães de alunos, amigos da escola e ex-alunos. Assim, a direção organizou didaticamente o projeto em dois semestres letivos, acompanhando o calendário escolar normal, tendo como pano de fundo temas variados, dos quais surgem as atividades com estratégias pedagógicas diversificadas tais como: palestras sobre diversos temas, aulas práticas, visitas a museus, realização de feiras, excursões e eventos culturais. A Fafi funciona dois dias por semana – às terças e quartas –, no período da tarde.
Detalhes – "Pensamos em tudo, em todos os detalhes para aqueles que têm dificuldades auditivas, problemas de motricidade, locomoção ou cognitivos", explica Ana Maria Damiani, uma das voluntárias mentoras do projeto. "O nosso salário é pago com as manifestações de carinho que recebemos deles", conta ela. "Não há o que pague ver essas pessoas, na faixa dos 70 ou 80 anos de idade, felizes com a vida, com muita vontade de aprender e se ressocializando", afirma.
Antes de começarem a frequentar a Fafi, as alunas – há apenas dois homens no grupo – haviam perdido a vontade de viver, se sentiam inúteis e apresentavam sintomas de depressão. Agora, voltaram a ser alegres, deram um sentido às suas vidas e não param mais de estudar e aprender. Para isso, as dez professoras do projeto criaram módulos que duram seis meses, com temas bastante variados, de tal forma que as alunas nunca mais deixam de estudar. Até educação física faz parte do currículo escolar. Nas aulas, elas aprendem a fazer alongamento e outros exercícios leves, todos apropriados à idade das participantes.
Voluntárias – Mônica Celeste parou de trabalhar, voltou a estudar pedagogia na própria escola e também é uma das professoras voluntárias. "No começo elas ficam acanhadas, depois acabam se descontraindo", diz a professora. Muitas recuperam a auto-estima, que é uma coisa muito importante para o ser humano de qualquer faixa etária.
Neide Milaneli, mãe de um aluno do 9º ano do ensino fundamental, conta que já trabalhou com pessoas da terceira idade e dá aula de artes. "Não existe nada mais gratificante que lecionar para pessoas idosas", afirma Neide.
A maioria das alunas mora com a família, mas há os que não têm ninguém, que moram sozinhos e sentem o peso da solidão. Por isso, ir à faculdade é uma tarefa ansiosamente aguardada por elas. Um lugar onde podem conversar com as amigas e ocupar mais e melhor o tempo. Dona Nirem Grem, de 72 anos, disse que depois que voltou a estudar afastou a solidão, passou a ler mais e sente-se muito mais feliz.
"Até desfiles de moda nós já promovemos aqui, como o da Primavera, onde cada aluna tinha de vestir alguma coisa alusiva à data. Foi um show à tarde", conta Tânia Maria do Carmo, que já foi aluna do Santa Marina e hoje dá aulas de comportamento e relacionamento para as turmas da terceira idade.
"Está sendo um sucesso para toda a comunidade do bairro e da região", comemora Maria Luiza Gaspar Bonozzi, diretora-geral do estabelecimento. "Como uma entidade educacional, através de um Projeto de Ação Comunitária, desenvolvemos atividades semanais com dois grupos de aproximadamente 50 idosos em cada um deles", diz a diretora.
A equipe é formada por membros do voluntariado, que são alunos da própria faculdade, pessoas da comunidade escolar, pais e mães de alunos, amigos da escola e ex-alunos. Assim, a direção organizou didaticamente o projeto em dois semestres letivos, acompanhando o calendário escolar normal, tendo como pano de fundo temas variados, dos quais surgem as atividades com estratégias pedagógicas diversificadas tais como: palestras sobre diversos temas, aulas práticas, visitas a museus, realização de feiras, excursões e eventos culturais. A Fafi funciona dois dias por semana – às terças e quartas –, no período da tarde.
Detalhes – "Pensamos em tudo, em todos os detalhes para aqueles que têm dificuldades auditivas, problemas de motricidade, locomoção ou cognitivos", explica Ana Maria Damiani, uma das voluntárias mentoras do projeto. "O nosso salário é pago com as manifestações de carinho que recebemos deles", conta ela. "Não há o que pague ver essas pessoas, na faixa dos 70 ou 80 anos de idade, felizes com a vida, com muita vontade de aprender e se ressocializando", afirma.
Antes de começarem a frequentar a Fafi, as alunas – há apenas dois homens no grupo – haviam perdido a vontade de viver, se sentiam inúteis e apresentavam sintomas de depressão. Agora, voltaram a ser alegres, deram um sentido às suas vidas e não param mais de estudar e aprender. Para isso, as dez professoras do projeto criaram módulos que duram seis meses, com temas bastante variados, de tal forma que as alunas nunca mais deixam de estudar. Até educação física faz parte do currículo escolar. Nas aulas, elas aprendem a fazer alongamento e outros exercícios leves, todos apropriados à idade das participantes.
Voluntárias – Mônica Celeste parou de trabalhar, voltou a estudar pedagogia na própria escola e também é uma das professoras voluntárias. "No começo elas ficam acanhadas, depois acabam se descontraindo", diz a professora. Muitas recuperam a auto-estima, que é uma coisa muito importante para o ser humano de qualquer faixa etária.
Neide Milaneli, mãe de um aluno do 9º ano do ensino fundamental, conta que já trabalhou com pessoas da terceira idade e dá aula de artes. "Não existe nada mais gratificante que lecionar para pessoas idosas", afirma Neide.
A maioria das alunas mora com a família, mas há os que não têm ninguém, que moram sozinhos e sentem o peso da solidão. Por isso, ir à faculdade é uma tarefa ansiosamente aguardada por elas. Um lugar onde podem conversar com as amigas e ocupar mais e melhor o tempo. Dona Nirem Grem, de 72 anos, disse que depois que voltou a estudar afastou a solidão, passou a ler mais e sente-se muito mais feliz.
"Até desfiles de moda nós já promovemos aqui, como o da Primavera, onde cada aluna tinha de vestir alguma coisa alusiva à data. Foi um show à tarde", conta Tânia Maria do Carmo, que já foi aluna do Santa Marina e hoje dá aulas de comportamento e relacionamento para as turmas da terceira idade.