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Projeto ensina música para mais de seis mil jovens
Por Vanessa Rosal   17 de novembro de 2008
A educação musical virou prioridade na vida de 6,5 mil jovens paulistanos. Em meio a notas musicais e muita força de vontade, eles sonham com a carreira erudita em um País onde a melodia é pouco valorizada. "Eu nunca imaginei que poderia amar tanto um instrumento assim", diz a adolescente Ana Carolina Souza, de 13 anos. Há oito meses ela foi "apresentada ao violino" na escola onde estuda, o Centro de Educação Unificado (Ceu), em Perus. "Foi amor à primeira vista. Quando crescer, serei violonista clássica", garante a jovem artista.
Carol, como gosta de ser chamada, faz parte de um universo de crianças de baixa renda da zona oeste da cidade que aderiu ao Guri Santa Marcelina, programa da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo em parceria com a Organização Social de Cultura Santa Marcelina. Matriculada no ensino fundamental do município, a jovem contou com o incentivo da mãe para correr atrás do seu grande sonho. "Ainda falta dinheiro para comprar um violino só meu, mas não falta disposição para aprender", afirma Por enquanto, o instrumento utilizado pela estudante durante as suas aulas pertence ao próprio projeto.
Outras crianças, como Marcos Flores de Araújo, de 12 anos, também não puderam investir na compra de um instrumento. "Quando me inscrevi no curso de música não sabia o que tocar. Depois de algumas aulas, escolhi o violino e acho que ele me escolheu também. Foi difícil no começo, mas agora tiro de letra", afirma.
Apresentação – Instrumentos como violoncelo, flauta, clarinete, trompete e contrabaixo também são oferecidos às crianças.
No último domingo, elas se apresentaram na Sala São Paulo, um dos mais modernos e bem equipados espaços para concertos do mundo. O local é a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e fica junto ao complexo da Estação Júlio Prestes, no centro da cidade. De acordo com o coordenador Paulo Zuben, o evento lançou oficialmente o programa Guri Santa Marcelina e serviu para mostrar um pouco do talento dos alunos.
O objetivo principal, segundo ele, é promover a inclusão sociocultural de crianças e adolescentes na capital e também na Grande São Paulo. As aulas são ministradas em 17 pólos de ensino nos Ceus espalhados pela cidade. A meta é atender 10 mil alunos até o final do próximo ano. "Para isso, contamos com o trabalho de 190 professores formados em música. O salário deles é pago com recursos públicos e privados, por meio de leis de incentivo à cultura", explica.
Instrumentos – O próximo passo será adquirir cerca de quatro mil instrumentos musicais novos para que os estudantes possam estudar em casa. Atualmente, mil deles são utilizados em salas de aula. O plano pedagógico inclui ainda acompanhamento diário, capacitação e atualização do corpo docente, conteúdo, estratégias e metodologia que visam estimular a sensibilidade artística dos alunos. "A música ajuda a criança a se relacionar melhor com o mundo. Muitas famílias perceberam isso", diz Zuben. Em paralelo, uma equipe de assistentes sociais atua junto aos educadores e familiares, criando um ambiente favorável ao aprendizado e à integração entre estudantes, famílias e comunidades.
Para se inscrever nas aulas, basta o jovem estar matriculado no ensino médio, não necessariamente em uma instituição pública, e ter entre 6 e 18 anos de idade. É o caso da estudante Regina Bertoline, de 15 anos. Diferente de muitos colegas, ela estuda em um colégio particular, próximo ao Ceu Perus. "Sempre gostei de música, mas ficava difícil para os meus pais pagarem um bom curso. Quando soube do projeto, comprei um violoncelo e me inscrevi.
Hoje, a música é a minha vida", diz. Para a irmã Rosane Ghedin, diretora-presidente da Organização Social de Cultura Santa Marcelina, a generosidade do programa está na inclusão social das crianças que nunca tiveram oportunidade de fazer um curso extra na vida. "A música fascina as crianças e o amor só aumenta dentro das casas das famílias", diz. O Secretário de Estado de Cultura, João Sayad, concorda. "Os jovens estão maravilhados e o importante é isso: que sejam felizes".
O programa oferece três módulos: o curso de iniciação, com duração de quatro semestres e duas aulas semanais; o curso seqüencial (para quem passou da primeira etapa), com duração de oito semestres progressivos; e o curso modular, com duração de um semestre para alunos que não podem seguir os estudos com carga horária muito longa.
Mais informações podem ser obtidas no site www.gurisantamarcelina.org.br ou no telefone 3585 - 9888.
Congregação - Fundada em 1838 na Itália e presente em outros nove países, a Congregação das Irmãs Marcelinas está envolvida em projetos educativos, culturais e assistenciais no Brasil desde 1912. A ação educativa no País inclui unidades de ensino infantil, fundamental e médio (Colégio Santa Marcelina) e de ensino superior (Faculdade Santa Marcelina e Fasm - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina).
Na área da saúde, a congregação mantém quatro hospitais nas regiões de Itaquaquecetuba, Cidade Tiradentes, Itaim Paulista e Itaquera.
Carol, como gosta de ser chamada, faz parte de um universo de crianças de baixa renda da zona oeste da cidade que aderiu ao Guri Santa Marcelina, programa da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo em parceria com a Organização Social de Cultura Santa Marcelina. Matriculada no ensino fundamental do município, a jovem contou com o incentivo da mãe para correr atrás do seu grande sonho. "Ainda falta dinheiro para comprar um violino só meu, mas não falta disposição para aprender", afirma Por enquanto, o instrumento utilizado pela estudante durante as suas aulas pertence ao próprio projeto.
Outras crianças, como Marcos Flores de Araújo, de 12 anos, também não puderam investir na compra de um instrumento. "Quando me inscrevi no curso de música não sabia o que tocar. Depois de algumas aulas, escolhi o violino e acho que ele me escolheu também. Foi difícil no começo, mas agora tiro de letra", afirma.
Apresentação – Instrumentos como violoncelo, flauta, clarinete, trompete e contrabaixo também são oferecidos às crianças.
No último domingo, elas se apresentaram na Sala São Paulo, um dos mais modernos e bem equipados espaços para concertos do mundo. O local é a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e fica junto ao complexo da Estação Júlio Prestes, no centro da cidade. De acordo com o coordenador Paulo Zuben, o evento lançou oficialmente o programa Guri Santa Marcelina e serviu para mostrar um pouco do talento dos alunos.
O objetivo principal, segundo ele, é promover a inclusão sociocultural de crianças e adolescentes na capital e também na Grande São Paulo. As aulas são ministradas em 17 pólos de ensino nos Ceus espalhados pela cidade. A meta é atender 10 mil alunos até o final do próximo ano. "Para isso, contamos com o trabalho de 190 professores formados em música. O salário deles é pago com recursos públicos e privados, por meio de leis de incentivo à cultura", explica.
Instrumentos – O próximo passo será adquirir cerca de quatro mil instrumentos musicais novos para que os estudantes possam estudar em casa. Atualmente, mil deles são utilizados em salas de aula. O plano pedagógico inclui ainda acompanhamento diário, capacitação e atualização do corpo docente, conteúdo, estratégias e metodologia que visam estimular a sensibilidade artística dos alunos. "A música ajuda a criança a se relacionar melhor com o mundo. Muitas famílias perceberam isso", diz Zuben. Em paralelo, uma equipe de assistentes sociais atua junto aos educadores e familiares, criando um ambiente favorável ao aprendizado e à integração entre estudantes, famílias e comunidades.
Para se inscrever nas aulas, basta o jovem estar matriculado no ensino médio, não necessariamente em uma instituição pública, e ter entre 6 e 18 anos de idade. É o caso da estudante Regina Bertoline, de 15 anos. Diferente de muitos colegas, ela estuda em um colégio particular, próximo ao Ceu Perus. "Sempre gostei de música, mas ficava difícil para os meus pais pagarem um bom curso. Quando soube do projeto, comprei um violoncelo e me inscrevi.
Hoje, a música é a minha vida", diz. Para a irmã Rosane Ghedin, diretora-presidente da Organização Social de Cultura Santa Marcelina, a generosidade do programa está na inclusão social das crianças que nunca tiveram oportunidade de fazer um curso extra na vida. "A música fascina as crianças e o amor só aumenta dentro das casas das famílias", diz. O Secretário de Estado de Cultura, João Sayad, concorda. "Os jovens estão maravilhados e o importante é isso: que sejam felizes".
O programa oferece três módulos: o curso de iniciação, com duração de quatro semestres e duas aulas semanais; o curso seqüencial (para quem passou da primeira etapa), com duração de oito semestres progressivos; e o curso modular, com duração de um semestre para alunos que não podem seguir os estudos com carga horária muito longa.
Mais informações podem ser obtidas no site www.gurisantamarcelina.org.br ou no telefone 3585 - 9888.
Congregação - Fundada em 1838 na Itália e presente em outros nove países, a Congregação das Irmãs Marcelinas está envolvida em projetos educativos, culturais e assistenciais no Brasil desde 1912. A ação educativa no País inclui unidades de ensino infantil, fundamental e médio (Colégio Santa Marcelina) e de ensino superior (Faculdade Santa Marcelina e Fasm - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina).
Na área da saúde, a congregação mantém quatro hospitais nas regiões de Itaquaquecetuba, Cidade Tiradentes, Itaim Paulista e Itaquera.