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POR UM SORRISO MAIS BONITO
Por Paula Cunha   17 de dezembro de 2008
Quem nunca ouviu dizer que o sorriso de uma criança é a principal recompensa que alguém recebe por qualquer ação em seu favor? O projeto Turma do Bem, formado por dentistas que criam e promovem soluções para que mais pessoas tenham acesso a tratamentos odontológicos em todo o País, resolveu levar a frase ao pé da letra e criou o Dentista do Bem, que atende gratuitamente adolescentes carentes que recebem tratamento dos 11 aos 18 anos.
Os 4,5 mil dentistas voluntários que participam do projeto já atenderam 6,5 mil crianças em 411 municípios. Porém, há necessidade de mais profissionais para oferecer tratamento gratuito a mais 700 jovens em São Paulo e 30 mil em todo o Brasil. Eles já passaram pelo processo de triagem e estão na lista de espera do programa.
Só uma vez – Quem já passou por toda a triagem, que acontece nas escolas públicas e é realizada pelos coordenadores regionais do projeto (que também são dentistas voluntários), e está em tratamento é o jovem Douglas Marques Moraes, de 16 anos. Filho de um pedreiro e de uma auxiliar de limpeza do Metrô paulistano, ele só havia ido ao dentista uma vez na vida.
Com muitas cáries, um sério comprometimento da arcada dentária e até um dente que nasceu fora do lugar, o adolescente hoje mostra com alegria o sorriso emoldurado por dentes brancos e um aparelho corretivo. Entretanto, ele já foi tímido a ponto de nunca conversar com ninguém na escola e muito menos sorrir.
Douglas conta que nunca sentia dor nos dentes, mas sabia que tinha problemas e já apresentava dificuldade para mastigar os alimentos e para respirar. No primeiro ano do ensino médio, o jovem já conversa com mais desinibição com colegas e professores e fica contente quando diz que as meninas da escola até já estão olhando mais para ele.
Segundo ele, esta transformação possibilitou até começar a pensar em continuar os estudos, já que estava muito desestimulado a freqüentar a escola em razão das brincadeiras dos colegas, e estudar computação. Durante a seleção em sua escola, destacou-se e ajudou a equipe dos Dentistas do Bem a organizar as filas de atendimento.
Preocupação – Orgulhoso, o dentista que está tratando Douglas, Fernando Augusto Aparecido dos Santos, explica que conheceu o projeto durante o congresso de odontologia em janeiro e imediatamente inscreveu-se no processo de seleção. "Sempre tive preocupação social e queria participar de algum projeto. Quando fui convidado para um evento que divulgava a Turma do Bem, decidi aderir", conta.
Hoje, ele é um dos coordenadores do programa em Guarulhos e, além de atender Douglas e mais três jovens em seu consultório, trabalha na seleção dos adolescentes nas escolas públicas. "Acho que o projeto será excelente para esclarecer a categoria. Os dentistas não foram preparados para pensar coletivamente a sua profissão", diz.
Para Fernando, o projeto foi muito importante para ampliar sua visão de mundo. Emocionado, durante a entrevista, ele enfatizou que os adolescentes atendidos são os cidadãos do futuro e sonha em transformar em dentistas alguns dos jovens pacientes.
Cruzada – Diante de histórias como a de Douglas, o superintendente-geral do projeto, Rodrigo da Costa Aguiar, enfatiza que, neste momento, todos os seus participantes estão envolvidos – além de atender os jovens selecionados – em uma verdadeira cruzada para conquistar mais dentistas voluntários.
Segundo Costa Aguiar, os dentistas que participam das ações do grupo são profissionais que já se preocupavam anteriormente com causas sociais, têm idade entre 27 e 35 anos, já freqüentaram diversos cursos de especialização e possuem consultório próprio. "Criamos um modelo de projeto que faz com que o voluntário não saia do seu local de trabalho e, por isso, estes profissionais que passam pela experiência de atender os jovens também assumem a tarefa de conquistar outros colegas", acrescenta.
Como funciona – O grupo Dentistas do Bem é dividido em equipes. Uma atende os jovens selecionados em seus consultórios e outra é formada pelos dentistas coordenadores regionais que, além de realizar as triagens nas escolas públicas e em organizações não governamentais, também se encarrega de convencer colegas a integrar o programa.
O superintendente-geral explica que, neste momento, para atender os 30 mil inscritos no programa serão necessários, no mínimo, mais 700 dentistas voluntários. Ele lembra que a categoria é formada por 220 mil profissionais em todo o País e que os esforços do grupo estão concentrados em ações para convencer parte deste total a participar de seus programas de tratamento.
Costa Aguiar lembra que a ONG já atendeu famílias em situação muito difícil, onde havia apenas uma escova de dentes para todos. Segundo ele, muitos que hoje são acompanhados chegaram à adolescência sem jamais ter visitado um dentista. E ressalta que o custo de manutenção de um adolescente no projeto é de apenas R$ 60 por ano.
Atualmente, o projeto é mantido pelas empresas Trident, Energias do Brasil e 3M, que se encarregam do suporte financeiro. Mas o programa não conta com patrocinadores. Quem quiser conhecer melhor o grupo pode acessar o site www.turmadobem.org.br ou pelo telefone (11) 3085-0190.
Os 4,5 mil dentistas voluntários que participam do projeto já atenderam 6,5 mil crianças em 411 municípios. Porém, há necessidade de mais profissionais para oferecer tratamento gratuito a mais 700 jovens em São Paulo e 30 mil em todo o Brasil. Eles já passaram pelo processo de triagem e estão na lista de espera do programa.
Só uma vez – Quem já passou por toda a triagem, que acontece nas escolas públicas e é realizada pelos coordenadores regionais do projeto (que também são dentistas voluntários), e está em tratamento é o jovem Douglas Marques Moraes, de 16 anos. Filho de um pedreiro e de uma auxiliar de limpeza do Metrô paulistano, ele só havia ido ao dentista uma vez na vida.
Com muitas cáries, um sério comprometimento da arcada dentária e até um dente que nasceu fora do lugar, o adolescente hoje mostra com alegria o sorriso emoldurado por dentes brancos e um aparelho corretivo. Entretanto, ele já foi tímido a ponto de nunca conversar com ninguém na escola e muito menos sorrir.
Douglas conta que nunca sentia dor nos dentes, mas sabia que tinha problemas e já apresentava dificuldade para mastigar os alimentos e para respirar. No primeiro ano do ensino médio, o jovem já conversa com mais desinibição com colegas e professores e fica contente quando diz que as meninas da escola até já estão olhando mais para ele.
Segundo ele, esta transformação possibilitou até começar a pensar em continuar os estudos, já que estava muito desestimulado a freqüentar a escola em razão das brincadeiras dos colegas, e estudar computação. Durante a seleção em sua escola, destacou-se e ajudou a equipe dos Dentistas do Bem a organizar as filas de atendimento.
Preocupação – Orgulhoso, o dentista que está tratando Douglas, Fernando Augusto Aparecido dos Santos, explica que conheceu o projeto durante o congresso de odontologia em janeiro e imediatamente inscreveu-se no processo de seleção. "Sempre tive preocupação social e queria participar de algum projeto. Quando fui convidado para um evento que divulgava a Turma do Bem, decidi aderir", conta.
Hoje, ele é um dos coordenadores do programa em Guarulhos e, além de atender Douglas e mais três jovens em seu consultório, trabalha na seleção dos adolescentes nas escolas públicas. "Acho que o projeto será excelente para esclarecer a categoria. Os dentistas não foram preparados para pensar coletivamente a sua profissão", diz.
Para Fernando, o projeto foi muito importante para ampliar sua visão de mundo. Emocionado, durante a entrevista, ele enfatizou que os adolescentes atendidos são os cidadãos do futuro e sonha em transformar em dentistas alguns dos jovens pacientes.
Cruzada – Diante de histórias como a de Douglas, o superintendente-geral do projeto, Rodrigo da Costa Aguiar, enfatiza que, neste momento, todos os seus participantes estão envolvidos – além de atender os jovens selecionados – em uma verdadeira cruzada para conquistar mais dentistas voluntários.
Segundo Costa Aguiar, os dentistas que participam das ações do grupo são profissionais que já se preocupavam anteriormente com causas sociais, têm idade entre 27 e 35 anos, já freqüentaram diversos cursos de especialização e possuem consultório próprio. "Criamos um modelo de projeto que faz com que o voluntário não saia do seu local de trabalho e, por isso, estes profissionais que passam pela experiência de atender os jovens também assumem a tarefa de conquistar outros colegas", acrescenta.
Como funciona – O grupo Dentistas do Bem é dividido em equipes. Uma atende os jovens selecionados em seus consultórios e outra é formada pelos dentistas coordenadores regionais que, além de realizar as triagens nas escolas públicas e em organizações não governamentais, também se encarrega de convencer colegas a integrar o programa.
O superintendente-geral explica que, neste momento, para atender os 30 mil inscritos no programa serão necessários, no mínimo, mais 700 dentistas voluntários. Ele lembra que a categoria é formada por 220 mil profissionais em todo o País e que os esforços do grupo estão concentrados em ações para convencer parte deste total a participar de seus programas de tratamento.
Costa Aguiar lembra que a ONG já atendeu famílias em situação muito difícil, onde havia apenas uma escova de dentes para todos. Segundo ele, muitos que hoje são acompanhados chegaram à adolescência sem jamais ter visitado um dentista. E ressalta que o custo de manutenção de um adolescente no projeto é de apenas R$ 60 por ano.
Atualmente, o projeto é mantido pelas empresas Trident, Energias do Brasil e 3M, que se encarregam do suporte financeiro. Mas o programa não conta com patrocinadores. Quem quiser conhecer melhor o grupo pode acessar o site www.turmadobem.org.br ou pelo telefone (11) 3085-0190.