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Parceria recupera clube na zona leste e aproxima comunidade
Por Geriane Oliveira/DC   6 de fevereiro de 2009
As inúmeras atividades culturais e esportivas desenvolvidas no Clube da Comunidade Tide Setubal (CDC), ex-Clube Desportivo Municipal de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, têm fortalecido os vínculos sociais entre os moradores da comunidade. Essa nova fase do bairro teve origem há três anos com a recuperação da infra-estrutura do clube, um espaço público localizado no Jardim São Vicente, assumido pela Fundação Tide Setubal (FTS).
Desenvolvido em parceria público-privado com a Prefeitura de São Paulo, o projeto transformou o clube num espaço que tem mais do que apenas esporte. Antes conhecido na região como um local utilizado para a realização de 'peladas' e por usuários de drogas, a área de mil metros quadrados do CDC oferece hoje espaços para lazer, quadras esportivas e salas para as mais diversas atividades culturais aos moradores. Somente em 2008, cerca de 20 mil pessoas participaram de mais de 500 atividades diferentes.
Segundo o coordenador de cultura da Fundação Tide Setubal (FTS), Sebastião Soares, a proposta dos gestores é justamente contribuir com a valorização da cultura local de São Miguel Paulista. "E só conseguiremos isso fomentando o diálogo dos moradores do bairro com a cidade a partir de suas raízes culturais", disse.
Um motivo especial para a FTS é a continuidade, de forma revitalizada, do trabalho iniciado no bairro por Tide Setubal, então primeira-dama da cidade na década de 1970. Nessa esteira, a organização vem atuando junto a instituições e lideranças numa comunidade na qual mais de 70% da população é de migrantes.
Pluralidades
Com foco na formação cultural de meninas e meninos a partir de 13 anos e do público jovem, o programa do CDC abarca anualmente uma série de ações multidisciplinares organizadas pelos projetos Ação Família São Miguel, ArteCulturAção, Clube Escola, Cinema, Espaço Jovem, Espaço Menina-Mulher, Saraus, São Miguel no Ar e Telecentro. São oficinas, cursos, exposições e eventos sazonais que reúnem as pluralidades do bairro nas áreas de cultura, cidadania, leitura, pesquisas e nas práticas esportivas como futebol, basquete, vôlei e o xadrez. O conjunto dessas atividades atrai também o envolvimento das famílias de São Miguel Paulista.
A administração do CDC é formada por um conselho consultivo de representantes da comunidade e das entidades gestoras. Para a coordenação dos programas, a organização conta com mais de 60 profissionais entre sociólogos, psicólogos, educadores, antropólogos e artistas.
De acordo com Soares, somente com os projetos da área cultural, a FTS investiu cerca de R$ 300 mil no ano passado. No total, completa o coordenador, no CDC acontecem em torno de 500 atividades ao ano. "Funcionamos como um pólo irradiador da participação cidadã do bairro", contou.
Ponto literário
Um dos eventos mais destacados do CDC é a Feira do Livro realizada em novembro. Na sua terceira edição, no ano passado, quase seis mil pessoas participaram de oficinas de microcontos, palestras, mesas redondas e teatros atingindo o número de 1200 trocas ou compras de livros.
Um dos poetas do projeto Saraus e integrante do Movimento Popular de Arte (MPA), Akira Yamasaki, de 56 anos, considera o clube uma referência para a cidade. "O CDC tornou-se um espaço de troca de experiências culturais para centenas de jovens. Toda sua produção artística tem refletido as inquietações da comunidade e provocado o debate de idéias até de questões de cunho social e político. Isso é uma coisa muita rica. O projeto virou uma referência para a cidade", sintetizou.
Para Soares, a formação humana é um estímulo ao desenvolvimento sustentável, outro pilar de atuação da Fundação. "O clube de São Miguel é uma praça de convívio humano, de mobilização social e de pertença, um modo de se alcançar a melhoria qualidade de vida", resumiu. A programação de atividades permanentes do CDC será reiniciada em março. Mais informações pelo telefone 3168-3655.
Desenvolvido em parceria público-privado com a Prefeitura de São Paulo, o projeto transformou o clube num espaço que tem mais do que apenas esporte. Antes conhecido na região como um local utilizado para a realização de 'peladas' e por usuários de drogas, a área de mil metros quadrados do CDC oferece hoje espaços para lazer, quadras esportivas e salas para as mais diversas atividades culturais aos moradores. Somente em 2008, cerca de 20 mil pessoas participaram de mais de 500 atividades diferentes.
Segundo o coordenador de cultura da Fundação Tide Setubal (FTS), Sebastião Soares, a proposta dos gestores é justamente contribuir com a valorização da cultura local de São Miguel Paulista. "E só conseguiremos isso fomentando o diálogo dos moradores do bairro com a cidade a partir de suas raízes culturais", disse.
Um motivo especial para a FTS é a continuidade, de forma revitalizada, do trabalho iniciado no bairro por Tide Setubal, então primeira-dama da cidade na década de 1970. Nessa esteira, a organização vem atuando junto a instituições e lideranças numa comunidade na qual mais de 70% da população é de migrantes.
Pluralidades
Com foco na formação cultural de meninas e meninos a partir de 13 anos e do público jovem, o programa do CDC abarca anualmente uma série de ações multidisciplinares organizadas pelos projetos Ação Família São Miguel, ArteCulturAção, Clube Escola, Cinema, Espaço Jovem, Espaço Menina-Mulher, Saraus, São Miguel no Ar e Telecentro. São oficinas, cursos, exposições e eventos sazonais que reúnem as pluralidades do bairro nas áreas de cultura, cidadania, leitura, pesquisas e nas práticas esportivas como futebol, basquete, vôlei e o xadrez. O conjunto dessas atividades atrai também o envolvimento das famílias de São Miguel Paulista.
A administração do CDC é formada por um conselho consultivo de representantes da comunidade e das entidades gestoras. Para a coordenação dos programas, a organização conta com mais de 60 profissionais entre sociólogos, psicólogos, educadores, antropólogos e artistas.
De acordo com Soares, somente com os projetos da área cultural, a FTS investiu cerca de R$ 300 mil no ano passado. No total, completa o coordenador, no CDC acontecem em torno de 500 atividades ao ano. "Funcionamos como um pólo irradiador da participação cidadã do bairro", contou.
Ponto literário
Um dos eventos mais destacados do CDC é a Feira do Livro realizada em novembro. Na sua terceira edição, no ano passado, quase seis mil pessoas participaram de oficinas de microcontos, palestras, mesas redondas e teatros atingindo o número de 1200 trocas ou compras de livros.
Um dos poetas do projeto Saraus e integrante do Movimento Popular de Arte (MPA), Akira Yamasaki, de 56 anos, considera o clube uma referência para a cidade. "O CDC tornou-se um espaço de troca de experiências culturais para centenas de jovens. Toda sua produção artística tem refletido as inquietações da comunidade e provocado o debate de idéias até de questões de cunho social e político. Isso é uma coisa muita rica. O projeto virou uma referência para a cidade", sintetizou.
Para Soares, a formação humana é um estímulo ao desenvolvimento sustentável, outro pilar de atuação da Fundação. "O clube de São Miguel é uma praça de convívio humano, de mobilização social e de pertença, um modo de se alcançar a melhoria qualidade de vida", resumiu. A programação de atividades permanentes do CDC será reiniciada em março. Mais informações pelo telefone 3168-3655.