Notícias
Brincar é coisa séria
Por Diário do Comércio   11 de novembro de 2010
Aguardar o atendimento médico no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) está muito mais agradável. Principalmente para as crianças. O ambiente hospitalar, relacionado geralmente a doenças e dor, ganha cores novas, muitos sorrisos e mais humanidade com o Projeto Brincando na Espera.
Num espaço da recepção ambulatorial, cheio de brinquedos, lápis coloridos e muitos desenhos, uma média de 30 crianças, atendidas diariamente, aproveitam o tempo para brincar. O atendimento na ortopedia fica mais fácil e menos angustiante.
Sorriso – A pequena Marcela Hanna, de 1 ano e 6 meses, é uma das crianças que frequenta rotineiramente o projeto. Com um olhar triste – consequência da colocação de gesso nas pernas por causa dos pés tortos congênitos –, a menina logo abriu um sorriso quando viu os brinquedos.
"Ela fez uma cirurgia em fevereiro e terá de fazer outra em breve, mas está com gesso para ir acertando os pezinhos. Fazia tempo que ela não usava gesso e acabou ficando tristinha. Brincar a ajuda a se distrair e faz o tempo passar mais rápido", diz Mirian Aparecida do Carmo, mãe de Marcela.
É brincando, pintando e ouvindo histórias que os pequenos pacientes da ala ortopédica dão início ao dia de tratamento. A diversão é garantida pela recreacionista Alexandra Santos de Souza, encarregada de brincar com os pacientes que aguardam a chamada para avaliação médica.
"Antes de serem implantadas as atividades, as crianças ficavam tensas e ansiosas e só choravam. É um trabalho muito gratificante. Acompanho o desenvolvimento e a recuperação de cada um deles", afirma Alexandra.
Coisa séria – O trabalho para divertir a criançada e deixar o tratamento menos doloroso continua na fisioterapia do hospital. A pequena Nicole, de 5 anos, que tem síndrome Charcot Marie Tooth – neuropatias que afetam os nervos periféricos –, descoberta aos 3 anos, faz os exercícios sem pensar na dor, graças aos fantoches 'doutora Saratudo e doutor Tirador'.
Coloridos, falantes e muito divertidos, os doutores fantoches fazem a alegria da criançada. Aos poucos, elas se soltam e fazem a fisioterapia quase sem perceber, interagindo com os bonecos. E tudo sem reclamar. "Ver a minha filha andar como ela nunca havia andado é uma alegria sem tamanho. Sinto que ela está feliz", diz a dona de casa Rosangela de Souza, mãe das gêmeas Nicole e Bárbara.
A fisioterapeuta Klévia Bezerra Lima explica que alguns exercícios são doloridos e nem sempre as crianças se submetem a eles de boa vontade. Pensando nisso, usa o recurso lúdico para alcançar os objetivos e animar a criançada. Munida dos fantoches, conversa com os pacientes e, sem que eles percebam, começam a se exercitar.
"Reabilitamos e devolvemos o que a criança não tem ou precisa melhorar. Uso o recurso da brincadeira e de cantigas para direcionar as atividades. Vamos até o limite do desconforto da criança. Estes 'doutores', mais do que especiais, são responsáveis por 100% da aceitação ao tratamento", diz.
Num espaço da recepção ambulatorial, cheio de brinquedos, lápis coloridos e muitos desenhos, uma média de 30 crianças, atendidas diariamente, aproveitam o tempo para brincar. O atendimento na ortopedia fica mais fácil e menos angustiante.
Sorriso – A pequena Marcela Hanna, de 1 ano e 6 meses, é uma das crianças que frequenta rotineiramente o projeto. Com um olhar triste – consequência da colocação de gesso nas pernas por causa dos pés tortos congênitos –, a menina logo abriu um sorriso quando viu os brinquedos.
"Ela fez uma cirurgia em fevereiro e terá de fazer outra em breve, mas está com gesso para ir acertando os pezinhos. Fazia tempo que ela não usava gesso e acabou ficando tristinha. Brincar a ajuda a se distrair e faz o tempo passar mais rápido", diz Mirian Aparecida do Carmo, mãe de Marcela.
É brincando, pintando e ouvindo histórias que os pequenos pacientes da ala ortopédica dão início ao dia de tratamento. A diversão é garantida pela recreacionista Alexandra Santos de Souza, encarregada de brincar com os pacientes que aguardam a chamada para avaliação médica.
"Antes de serem implantadas as atividades, as crianças ficavam tensas e ansiosas e só choravam. É um trabalho muito gratificante. Acompanho o desenvolvimento e a recuperação de cada um deles", afirma Alexandra.
Coisa séria – O trabalho para divertir a criançada e deixar o tratamento menos doloroso continua na fisioterapia do hospital. A pequena Nicole, de 5 anos, que tem síndrome Charcot Marie Tooth – neuropatias que afetam os nervos periféricos –, descoberta aos 3 anos, faz os exercícios sem pensar na dor, graças aos fantoches 'doutora Saratudo e doutor Tirador'.
Coloridos, falantes e muito divertidos, os doutores fantoches fazem a alegria da criançada. Aos poucos, elas se soltam e fazem a fisioterapia quase sem perceber, interagindo com os bonecos. E tudo sem reclamar. "Ver a minha filha andar como ela nunca havia andado é uma alegria sem tamanho. Sinto que ela está feliz", diz a dona de casa Rosangela de Souza, mãe das gêmeas Nicole e Bárbara.
A fisioterapeuta Klévia Bezerra Lima explica que alguns exercícios são doloridos e nem sempre as crianças se submetem a eles de boa vontade. Pensando nisso, usa o recurso lúdico para alcançar os objetivos e animar a criançada. Munida dos fantoches, conversa com os pacientes e, sem que eles percebam, começam a se exercitar.
"Reabilitamos e devolvemos o que a criança não tem ou precisa melhorar. Uso o recurso da brincadeira e de cantigas para direcionar as atividades. Vamos até o limite do desconforto da criança. Estes 'doutores', mais do que especiais, são responsáveis por 100% da aceitação ao tratamento", diz.