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Transporte da solidariedade
Por Diário do Comércio   1 de dezembro de 2010
Pelo menos uma vez por semana, Viviane Barbosa, de 6 anos, tem de levantar bem cedo. A menina precisa enfrentar o longo trajeto que separa Engenheiro Marsilac, bairro onde mora no extremo da zona sul, até o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP), na Vila Mariana, onde faz tratamento para câncer no tronco cerebral. São duas horas, no mínimo, no trânsito caótico de São Paulo.
Mas o percurso fica mais agradável na companhia do motorista Sebastião de Jesus, enviado pela AHPAS (pronuncia-se 'a paz'), a Associação Helena Piccardi de Andrade e Silva, para buscá-la toda semana. Além do transporte, a associação abastece o carro com livros, lanche, travesseiro e cobertor para quem quiser tirar um cochilo no caminho.
"Quando ela fez a cirurgia na cabeça íamos ao IOP cinco vezes na semana. Muitas vezes, de madrugada, às 3h30, o Sebastião já estava esperando. A consulta era as oito horas e não podia haver atraso", disse Miriam Oliveira, mãe de Viviane e de mais seis crianças. "Se não fosse a AHPAS não teria condições de continuar com o tratamento. Ela perdeu os movimentos do corpo e não falava. Mas com o transporte pudemos continuar o tratamento e ver a sua recuperação", afirmou.
Atendimento – A associação atende diariamente 30 crianças e jovens em diferentes horários e regiões. Todos têm transporte de ida e volta garantidos. Um deles é Patryck Lorens Brandão, de 12 anos, portador de osteossarcoma no fêmur direito, que percorre 32 quilômetros para ir e voltar do IOP. Outra criança assistida é Murilo Henrique Nunes, de 11 anos, portador de leucemia, que sai da Vila Nova Cachoeirinha para o Hospital Infantil Darcy Vargas, no Morumbi, um trajeto diário de 66 quilômetros.
A AHPAS, no entanto, não consegue atender na quantidade que gostaria. São aproximadamente 300 crianças e jovens que moram nas periferias da cidade, aguardando uma vaga para serem transportados gratuitamente para a realização dos tratamentos.
A frota de cinco veículos, já contando com um carro que foi doado e chegará nos próximos dias, permite o atendimento de 45 pacientes por dia. "O melhor do meu trabalho é ver a recuperação de meninos e meninas que transporto todos os dias para os hospitais", disse o motorista Sebastião de Jesus.
História - Criada por Tatiana Piccardi e Luiz Andrade da Silva, a AHPAS, que acaba de completar 10 anos, já percorreu cerca de 400 mil quilômetros, oferecendo transporte gratuito, confortável, especializado e regular durante o tratamento dos pacientes. O objetivo, por meio da oferta de transporte, é minimizar as chances de desistência do tratamento devido à dificuldade de locomoção da cidade de São Paulo.
A história da AHPAS começou como de tantas outras ONG: a perda precoce de um filho, pais desolados e a necessidade de transformar a dor em solidariedade. Assim, há 10 anos, nascia uma entidade assistencial com a pretensão de oferecer transporte confortável a crianças carentes portadoras de câncer, durante o período de tratamento.
O nome da associação é uma homenagem a Helena, filha de Luiz Maurício e Tatiana Piccardi, vítima de um tipo de câncer fatal. "Tentamos transformar uma dor pessoal e familiar em uma construção solidária. E está dando certo. O aprendizado é atender como a solidariedade é importante. Estou convencida que trabalho para o fortalecimento de uma rede social, que é o caminho para termos uma sociedade melhor", disse Tatiana Piccardi.
Para ser assistido pela AHPAS é preciso que a instituição médica responsável pelo tratamento da criança ou a entidade especializada que a abriga solicite formalmente o atendimento. Qualquer criança portadora da doença e residente em território nacional terá direito a transporte gratuito para a realização do tratamento, desde que se confirme a carência de recursos. O transporte se realizará por via aérea ida e volta entre a cidade de origem e São Paulo e por via terrestre, na cidade de São Paulo, entre residência/hospital/residência.
Mas o percurso fica mais agradável na companhia do motorista Sebastião de Jesus, enviado pela AHPAS (pronuncia-se 'a paz'), a Associação Helena Piccardi de Andrade e Silva, para buscá-la toda semana. Além do transporte, a associação abastece o carro com livros, lanche, travesseiro e cobertor para quem quiser tirar um cochilo no caminho.
"Quando ela fez a cirurgia na cabeça íamos ao IOP cinco vezes na semana. Muitas vezes, de madrugada, às 3h30, o Sebastião já estava esperando. A consulta era as oito horas e não podia haver atraso", disse Miriam Oliveira, mãe de Viviane e de mais seis crianças. "Se não fosse a AHPAS não teria condições de continuar com o tratamento. Ela perdeu os movimentos do corpo e não falava. Mas com o transporte pudemos continuar o tratamento e ver a sua recuperação", afirmou.
Atendimento – A associação atende diariamente 30 crianças e jovens em diferentes horários e regiões. Todos têm transporte de ida e volta garantidos. Um deles é Patryck Lorens Brandão, de 12 anos, portador de osteossarcoma no fêmur direito, que percorre 32 quilômetros para ir e voltar do IOP. Outra criança assistida é Murilo Henrique Nunes, de 11 anos, portador de leucemia, que sai da Vila Nova Cachoeirinha para o Hospital Infantil Darcy Vargas, no Morumbi, um trajeto diário de 66 quilômetros.
A AHPAS, no entanto, não consegue atender na quantidade que gostaria. São aproximadamente 300 crianças e jovens que moram nas periferias da cidade, aguardando uma vaga para serem transportados gratuitamente para a realização dos tratamentos.
A frota de cinco veículos, já contando com um carro que foi doado e chegará nos próximos dias, permite o atendimento de 45 pacientes por dia. "O melhor do meu trabalho é ver a recuperação de meninos e meninas que transporto todos os dias para os hospitais", disse o motorista Sebastião de Jesus.
História - Criada por Tatiana Piccardi e Luiz Andrade da Silva, a AHPAS, que acaba de completar 10 anos, já percorreu cerca de 400 mil quilômetros, oferecendo transporte gratuito, confortável, especializado e regular durante o tratamento dos pacientes. O objetivo, por meio da oferta de transporte, é minimizar as chances de desistência do tratamento devido à dificuldade de locomoção da cidade de São Paulo.
A história da AHPAS começou como de tantas outras ONG: a perda precoce de um filho, pais desolados e a necessidade de transformar a dor em solidariedade. Assim, há 10 anos, nascia uma entidade assistencial com a pretensão de oferecer transporte confortável a crianças carentes portadoras de câncer, durante o período de tratamento.
O nome da associação é uma homenagem a Helena, filha de Luiz Maurício e Tatiana Piccardi, vítima de um tipo de câncer fatal. "Tentamos transformar uma dor pessoal e familiar em uma construção solidária. E está dando certo. O aprendizado é atender como a solidariedade é importante. Estou convencida que trabalho para o fortalecimento de uma rede social, que é o caminho para termos uma sociedade melhor", disse Tatiana Piccardi.
Para ser assistido pela AHPAS é preciso que a instituição médica responsável pelo tratamento da criança ou a entidade especializada que a abriga solicite formalmente o atendimento. Qualquer criança portadora da doença e residente em território nacional terá direito a transporte gratuito para a realização do tratamento, desde que se confirme a carência de recursos. O transporte se realizará por via aérea ida e volta entre a cidade de origem e São Paulo e por via terrestre, na cidade de São Paulo, entre residência/hospital/residência.