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R$ 18,8 milhões contra o câncer
Por Kelly Ferreira - 24/5/2011 - 19h48    25 de maio de 2011
98 projetos receberão verba do Instituto Ronald McDonald este ano, beneficiando 30 mil pessoas. Objetivo principal é diagnóstico precoce e tratamento da doença.
Os projetos do Instituto Ronald McDonald deste ano deverão beneficiar 30 mil crianças, adolescentes e suas famílias: são R$ 18,8 milhões destinados aos Programas Atenção Integral e Diagnóstico Precoce para o combate ao câncer infanto-juvenil. Ao todo, 98 projetos receberão os recursos, arrecadados com as campanhas, como os cofrinhos instalados em toda a rede de restaurantes McDonald’s, e os eventos promovidos pela instituição, como o Mc Dia Feliz, que no ano passado arrecadou R$ 3 milhões. Este ano, a data de solidariedade é 27 de agosto e pretende aumentar a arrecadação em 14%.
Há 17 anos, o Instituto Ronald McDonald trabalha para promover a saúde e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com câncer, a primeira causa de morte por doença na faixa etária que vai dos 5 aos 19 anos no Brasil. O investimento em projetos e nas quatro Casas Ronald McDonald no Brasil vem de cada moeda que é depositada nos cofrinhos instalados em todos os restaurantes da rede de fast-food Mc Donald’s, do Mc Dia Feliz e de parceiros.
As casas Ronald McDonald existem em vários países e oferecem hospedagem, alimentação e transporte para pacientes e familiares de outros estados, e até de outros países, que passam por tratamento no Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc).
"Queremos beneficiar um número cada vez maior de crianças e adolescentes na luta contra o câncer. Cada centavo doado tem nos ajudado muito nessa batalha", disse Francisco Neves, superintendente do Instituto Ronald McDonald.
Programas - Um dos mais recentes programas desenvolvidos pelo instituto é o Atenção Integral, que nasceu graças À campanha dos cofrinhos. Criado em 2008, tem como objetivo dar apoio à qualificação e humanização da assistência oncológica, reduzindo o abandono ao tratamento e incentivando o suporte psicossocial a crianças e jovens em tratamento contra o câncer e suas famílias. Este ano, o programa irá beneficiar 84 projetos de 21 estados e do Distrito Federal.
O investimento de R$ 17,6 milhões no Atenção Integral será distribuído em nove projetos de construção/reforma de casas de apoio, cinco de construção/reforma de unidades hospitalares de oncologia pediátrica, outros nove de fornecimento de equipamentos hospitalares, cinco projetos de aquisição de veículos para contribuir com o acesso das crianças ao tratamento, quatro congressos relacionados ao câncer infanto-juvenil e três projetos de pesquisa científica.
Precoce – O Diagnóstico Precoce também faz parte das contribuições dos cofrinhos do McDonald. O programa, que já capacitou 6.373 profissionais da área de saúde desde sua criação, em 2008, visa contribuir para a diminuição do tempo entre o aparecimento de sinais e sintomas da doença e o diagnóstico em um serviço especializado, aumentando sensivelmente a expectativa de cura do câncer infanto-juvenil. Nesse período, foram investidos R$ 417 mil provenientes da Campanha dos Cofrinhos.
Para este ano, foram selecionados 14 projetos em 11 estados brasileiros. A expectativa é que mais de sete mil profissionais da rede de atenção básica à saúde sejam capacitados, incluindo agentes de saúde, médicos e enfermeiros. O total a ser destinado é de cerca de R$ 1,2 milhão, provenientes dos cofrinhos, além do McDia Feliz e da parceria com a Icatu Seguros. "Para nós, o importante não é apenas capacitar, mas também estimular o fluxo de atendimento e diagnosticar o câncer cada vez mais precocemente", disse a responsável pelo Diagnóstico Precoce, Viviane Junqueira.
Os participantes recebem orientações sobre a suspeita do câncer, assim como sobre os cuidados essenciais com o paciente em tratamento. No caso de uma suspeita, o médico da atenção básica é orientado sobre a conduta necessária para investigação, assim como o adequado encaminhamento na rede de saúde da região, para que o caso chegue no tempo certo aos cuidados de um especialista.
Primeira casa surgiu na Filadélfia
Foi para possibilitar um tratamento digno às crianças e adolescentes com câncer, que precisam viajar grandes distâncias para receber atendimento médico, que foram criadas as Casas Ronald McDonald. Aconchegantes, oferecem hospedagem, alimentação, transporte e suporte psicossocial aos pacientes e seus familiares.
A primeira casa foi inaugurada na Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1974.
"As famílias, que precisam acompanhar de perto o tratamento dos pequenos pacientes, muitas vezes ficam longe de seus lares e mal acomodadas, por isso podem até desistir do tratamento", explicou Marta Mingione, coordenadora administrativa da Casa Ronald McDonald São Paulo .
Existem atualmente 301 casas espalhadas em mais de 50 países, entre eles Argentina, Alemanha, Áustria, Brasil, Canadá, China, Dinamarca, Finlândia, França, Guatemala, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Itália, Holanda, Malásia, México, Nova Zelândia e Japão. No Brasil, são quatro unidades: Rio de Janeiro, Santo André, Campinas e São Paulo. Até o final do ano, serão inauguradas duas novas casas, uma em Belém, no Pará, e outra em Jaú, no interior de São Paulo.
Exemplo - Na zona sul de São Paulo, a Casa Ronald McDonald funciona desde 2007, gerenciada pelo Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc). Com capacidade para até 30 pacientes e seus acompanhantes, que chegam de cidades do interior de São Paulo e de outros estados, a unidade é a terceira do País e a 265ª do mundo a integrar o programa internacional da Ronald McDonald House Charities (RMHC).
Desde a sua inauguração, a Casa Ronald McDonald São Paulo já recebeu mais de 800 crianças e adolescentes. Só em 2009 foram 591. São 12 funcionários e 60 voluntários. Para garantir o conforto, o local possui 30 suítes, sendo seis delas especiais, destinadas àqueles que fizeram transplantes de medula óssea, com cozinha e quarto estendido para convívio com a família.
A casa ainda possui também refeitório, cozinha equipada, lavanderia, brinquedoteca, área para oficinas, jardim e uma horta. "Estamos com 80% da capacidade preenchida. Temos de oferecer o mínimo de vida social, por isso distribuímos ingressos de parques, zoológico e peças de teatro. Eles não podem ficar o tempo só na casa e no hospital", disse Marta Mingione.
O custo de cada paciente gira em torno de R$ 32 por dia, dependendo da casa e do que é oferecido. A Casa Ronald McDonald São Paulo, assim como as demais no Brasil, é mantida por doações de pessoas físicas e jurídicas e recebe apoio do Instituto Ronald McDonald, por meio de campanhas, como as do McDia Feliz e dos cofrinhos.
Os projetos do Instituto Ronald McDonald deste ano deverão beneficiar 30 mil crianças, adolescentes e suas famílias: são R$ 18,8 milhões destinados aos Programas Atenção Integral e Diagnóstico Precoce para o combate ao câncer infanto-juvenil. Ao todo, 98 projetos receberão os recursos, arrecadados com as campanhas, como os cofrinhos instalados em toda a rede de restaurantes McDonald’s, e os eventos promovidos pela instituição, como o Mc Dia Feliz, que no ano passado arrecadou R$ 3 milhões. Este ano, a data de solidariedade é 27 de agosto e pretende aumentar a arrecadação em 14%.
Há 17 anos, o Instituto Ronald McDonald trabalha para promover a saúde e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com câncer, a primeira causa de morte por doença na faixa etária que vai dos 5 aos 19 anos no Brasil. O investimento em projetos e nas quatro Casas Ronald McDonald no Brasil vem de cada moeda que é depositada nos cofrinhos instalados em todos os restaurantes da rede de fast-food Mc Donald’s, do Mc Dia Feliz e de parceiros.
As casas Ronald McDonald existem em vários países e oferecem hospedagem, alimentação e transporte para pacientes e familiares de outros estados, e até de outros países, que passam por tratamento no Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc).
"Queremos beneficiar um número cada vez maior de crianças e adolescentes na luta contra o câncer. Cada centavo doado tem nos ajudado muito nessa batalha", disse Francisco Neves, superintendente do Instituto Ronald McDonald.
Programas - Um dos mais recentes programas desenvolvidos pelo instituto é o Atenção Integral, que nasceu graças À campanha dos cofrinhos. Criado em 2008, tem como objetivo dar apoio à qualificação e humanização da assistência oncológica, reduzindo o abandono ao tratamento e incentivando o suporte psicossocial a crianças e jovens em tratamento contra o câncer e suas famílias. Este ano, o programa irá beneficiar 84 projetos de 21 estados e do Distrito Federal.
O investimento de R$ 17,6 milhões no Atenção Integral será distribuído em nove projetos de construção/reforma de casas de apoio, cinco de construção/reforma de unidades hospitalares de oncologia pediátrica, outros nove de fornecimento de equipamentos hospitalares, cinco projetos de aquisição de veículos para contribuir com o acesso das crianças ao tratamento, quatro congressos relacionados ao câncer infanto-juvenil e três projetos de pesquisa científica.
Precoce – O Diagnóstico Precoce também faz parte das contribuições dos cofrinhos do McDonald. O programa, que já capacitou 6.373 profissionais da área de saúde desde sua criação, em 2008, visa contribuir para a diminuição do tempo entre o aparecimento de sinais e sintomas da doença e o diagnóstico em um serviço especializado, aumentando sensivelmente a expectativa de cura do câncer infanto-juvenil. Nesse período, foram investidos R$ 417 mil provenientes da Campanha dos Cofrinhos.
Para este ano, foram selecionados 14 projetos em 11 estados brasileiros. A expectativa é que mais de sete mil profissionais da rede de atenção básica à saúde sejam capacitados, incluindo agentes de saúde, médicos e enfermeiros. O total a ser destinado é de cerca de R$ 1,2 milhão, provenientes dos cofrinhos, além do McDia Feliz e da parceria com a Icatu Seguros. "Para nós, o importante não é apenas capacitar, mas também estimular o fluxo de atendimento e diagnosticar o câncer cada vez mais precocemente", disse a responsável pelo Diagnóstico Precoce, Viviane Junqueira.
Os participantes recebem orientações sobre a suspeita do câncer, assim como sobre os cuidados essenciais com o paciente em tratamento. No caso de uma suspeita, o médico da atenção básica é orientado sobre a conduta necessária para investigação, assim como o adequado encaminhamento na rede de saúde da região, para que o caso chegue no tempo certo aos cuidados de um especialista.
Primeira casa surgiu na Filadélfia
Foi para possibilitar um tratamento digno às crianças e adolescentes com câncer, que precisam viajar grandes distâncias para receber atendimento médico, que foram criadas as Casas Ronald McDonald. Aconchegantes, oferecem hospedagem, alimentação, transporte e suporte psicossocial aos pacientes e seus familiares.
A primeira casa foi inaugurada na Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1974.
"As famílias, que precisam acompanhar de perto o tratamento dos pequenos pacientes, muitas vezes ficam longe de seus lares e mal acomodadas, por isso podem até desistir do tratamento", explicou Marta Mingione, coordenadora administrativa da Casa Ronald McDonald São Paulo .
Existem atualmente 301 casas espalhadas em mais de 50 países, entre eles Argentina, Alemanha, Áustria, Brasil, Canadá, China, Dinamarca, Finlândia, França, Guatemala, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Itália, Holanda, Malásia, México, Nova Zelândia e Japão. No Brasil, são quatro unidades: Rio de Janeiro, Santo André, Campinas e São Paulo. Até o final do ano, serão inauguradas duas novas casas, uma em Belém, no Pará, e outra em Jaú, no interior de São Paulo.
Exemplo - Na zona sul de São Paulo, a Casa Ronald McDonald funciona desde 2007, gerenciada pelo Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc). Com capacidade para até 30 pacientes e seus acompanhantes, que chegam de cidades do interior de São Paulo e de outros estados, a unidade é a terceira do País e a 265ª do mundo a integrar o programa internacional da Ronald McDonald House Charities (RMHC).
Desde a sua inauguração, a Casa Ronald McDonald São Paulo já recebeu mais de 800 crianças e adolescentes. Só em 2009 foram 591. São 12 funcionários e 60 voluntários. Para garantir o conforto, o local possui 30 suítes, sendo seis delas especiais, destinadas àqueles que fizeram transplantes de medula óssea, com cozinha e quarto estendido para convívio com a família.
A casa ainda possui também refeitório, cozinha equipada, lavanderia, brinquedoteca, área para oficinas, jardim e uma horta. "Estamos com 80% da capacidade preenchida. Temos de oferecer o mínimo de vida social, por isso distribuímos ingressos de parques, zoológico e peças de teatro. Eles não podem ficar o tempo só na casa e no hospital", disse Marta Mingione.
O custo de cada paciente gira em torno de R$ 32 por dia, dependendo da casa e do que é oferecido. A Casa Ronald McDonald São Paulo, assim como as demais no Brasil, é mantida por doações de pessoas físicas e jurídicas e recebe apoio do Instituto Ronald McDonald, por meio de campanhas, como as do McDia Feliz e dos cofrinhos.