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Elas põem a mão na argamassa
Por Diário do Comércio   19 de agosto de 2011
Canteiro de obras também é lugar de mulher. O trabalho é pesado, mas Cosmira Souza Nunes, de 38 anos, mãe de quatro filhos, não reclama. Foi assentando paredes de alvenaria que a ex-faxineira entrou no reduto masculino da construção civil. "Cansei de fazer limpeza em casas e decidi mudar de área. O serviço não é pesado. Pesado mesmo é fazer limpeza todos os dias", disse.
Ao lado das companheiras de trabalho Margarida Oliveira, de 50 anos, e Helena da Cruz, de 32 anos, integram o time de 163 pedreiras formadas pelo programa Mulheres Construindo Autonomia, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, por meio de parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, que trabalham em uma grande obra da construção civil.
Margarida também não se incomoda em fazer um serviço considerado mais masculino. "Queria terminar a minha casa e não tinha dinheiro para pagar um pedreiro. Decidi fazer o curso e trabalhar em obra. Nos fins de semana uso o que aprendi em benefício próprio. Até o fim do ano termino a obra lá de casa", disse.
Já Helena da Cruz, encontrou na construção civil a chance que precisava para entrar no mercado de trabalho. "Passei a minha vida fazendo bicos, agora tenho registro em carteira", afirmou.
Inédito – A chance de colocarem em prática as técnicas aprendidas no curso, como assentamento de parede, colocação de argamassa e acabamento, veio da contratação de 50 mulheres pedreiras para a construção de uma unidade do Sam’s Club, do grupo Walmart. A primeira loja da rede a ser erguida na região do ABC paulista.
Inédito no varejo brasileiro, o Sam’s Club de São Bernardo do Campo, no bairro Anchieta, será também o primeiro construído por mulheres. Até o final do ano, 200 delas serão contratadas em cidades que possuem cursos de formação profissional oferecidos pelas prefeituras locais e que também terão novas lojas da rede.
"Estamos bem felizes com o resultado da contratação de mulheres pedreiras. Queremos até ampliar o projeto para outros estados onde o curso também é oferecido. Falta mão-de-obra na construção civil e tem campo para elas", disse a gerente de Relações Institucionais da rede, Mônica Moreira. O salário das mulheres pedreiras gira em torno de R$ 1,1 mil.
Sexo oposto – Na obra não existe preconceito. Os homens respeitam o trabalho feminino e procuram atuar em equipe. O mestre de obras Valdomiro Luis da Silva se mostrou satisfeito com o desempenho das suas companheiras. "Elas estão indo muito bem. Em algumas áreas fazem o serviço melhor do que os homens. É muito mais fácil trabalhar com elas, são mais flexíveis", disse.
Joaquim Almeida Neto aproveita a experiência de 10 anos trabalhando como pedreiro para auxiliar as amigas. "Procuro sempre dar uma dica para melhorar o desempenho na obra. Elas são muito atentas. Acredito que, se quiserem, poderão dominar a área da construção civil", afirmou. Segundo ele, falta mão-de-obra, o que abre uma oportunidade para as mulheres. "De sexo frágil elas não tem nada", disse.
Aposta – O Instituto Walmart investe há cinco anos em programas de geração de renda voltados ao público feminino. O resultado é mais de 2,5 mil mulheres – em conjunto com 25 ONGs – atuando em 32 projetos no Brasil. Um deles, realizado com o Centro Brasileiro da Criança e do Adolescente e a Casa de Passagem, gerou o recém-lançado livro Mulheres Gerando Renda, que registra o histórico, os objetivos e também a metodologia do projeto.
Dentro do programa de formação para jovens oferecidos pelo Instituto Walmart, intitulado Escola Social do Varejo, as mulheres ocupam 60% das vagas – o que totaliza mais de mil jovens mulheres capacitadas. Além disso, nas salas de treinamento dos centros comunitários mantidos pela empresa mais de 400 mulheres já passaram por capacitação.
"Acreditamos que as empresas do futuro serão aquelas que conseguirem atrair e reter esta força de trabalho feminina, bem como as sociedades mais avançadas serão aquelas mais inclusivas e que irão gerar mais condições para seu pleno desenvolvimento", salienta a vice-presidente de sustentabilidade do Walmart Brasil, Daniela de Fiori.
Abertura - O clube de compras de São Bernardo do Campo, que será aberto ao público até o final do ano, vai gerar 150 empregos diretos na cidade, além de 450 indiretos. A loja terá 15 mil metros quadrados de área total construída e 5.800 metros quadrados de área de vendas, além de 228 vagas de estacionamento. Assim como as demais unidades do Walmart, o Sam's Club de São Bernardo será ecoeficiente, com redução no uso de água em 40%, de energia em 25% e na emissão de gases de efeito estufa em 30%.
Esta será a 26ª unidade da rede no Brasil. Além da parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, a companhia também firmou parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, para a seleção de 600 empregados, sendo 150 diretos e 450 indiretos, por meio da Central de Trabalho e Renda do município. O investimento na construção é de R$ 43 milhões.
São Bernardo sai na frente na capacitação
A cidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, saiu na frente para oferecer capacitação na área da construção civil para mulheres. O programa Mulheres Construindo Autonomia, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, que teve início em novembro de 2009, já capacitou 163 mulheres, sendo que a última turma se formou em maio deste ano. As alunas receberam certificado de conclusão nos cursos de alvenaria, pintura e texturização.
O curso recebeu investimento de R$ 251 mil do Governo Federal e apoio das secretarias de Educação, Habitação e Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. As participantes tiveram aulas teóricas e práticas sobre as técnicas da construção civil – assentamento de blocos e tijolos, chapisco, reboco, preparação de paredes para pintura, além de acabamentos como assentamento de pisos, azulejos e aplicação de textura e pintura. Também tiveram aulas sobre cidadania e direitos das mulheres, economia solidária, empreendedorismo, cooperativismo e associativismo.
Para o segundo semestre as inscrições ainda não foram abertas. Mais informações nos telefones 4126-3764 ou 4127-0866.
Ao lado das companheiras de trabalho Margarida Oliveira, de 50 anos, e Helena da Cruz, de 32 anos, integram o time de 163 pedreiras formadas pelo programa Mulheres Construindo Autonomia, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, por meio de parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, que trabalham em uma grande obra da construção civil.
Margarida também não se incomoda em fazer um serviço considerado mais masculino. "Queria terminar a minha casa e não tinha dinheiro para pagar um pedreiro. Decidi fazer o curso e trabalhar em obra. Nos fins de semana uso o que aprendi em benefício próprio. Até o fim do ano termino a obra lá de casa", disse.
Já Helena da Cruz, encontrou na construção civil a chance que precisava para entrar no mercado de trabalho. "Passei a minha vida fazendo bicos, agora tenho registro em carteira", afirmou.
Inédito – A chance de colocarem em prática as técnicas aprendidas no curso, como assentamento de parede, colocação de argamassa e acabamento, veio da contratação de 50 mulheres pedreiras para a construção de uma unidade do Sam’s Club, do grupo Walmart. A primeira loja da rede a ser erguida na região do ABC paulista.
Inédito no varejo brasileiro, o Sam’s Club de São Bernardo do Campo, no bairro Anchieta, será também o primeiro construído por mulheres. Até o final do ano, 200 delas serão contratadas em cidades que possuem cursos de formação profissional oferecidos pelas prefeituras locais e que também terão novas lojas da rede.
"Estamos bem felizes com o resultado da contratação de mulheres pedreiras. Queremos até ampliar o projeto para outros estados onde o curso também é oferecido. Falta mão-de-obra na construção civil e tem campo para elas", disse a gerente de Relações Institucionais da rede, Mônica Moreira. O salário das mulheres pedreiras gira em torno de R$ 1,1 mil.
Sexo oposto – Na obra não existe preconceito. Os homens respeitam o trabalho feminino e procuram atuar em equipe. O mestre de obras Valdomiro Luis da Silva se mostrou satisfeito com o desempenho das suas companheiras. "Elas estão indo muito bem. Em algumas áreas fazem o serviço melhor do que os homens. É muito mais fácil trabalhar com elas, são mais flexíveis", disse.
Joaquim Almeida Neto aproveita a experiência de 10 anos trabalhando como pedreiro para auxiliar as amigas. "Procuro sempre dar uma dica para melhorar o desempenho na obra. Elas são muito atentas. Acredito que, se quiserem, poderão dominar a área da construção civil", afirmou. Segundo ele, falta mão-de-obra, o que abre uma oportunidade para as mulheres. "De sexo frágil elas não tem nada", disse.
Aposta – O Instituto Walmart investe há cinco anos em programas de geração de renda voltados ao público feminino. O resultado é mais de 2,5 mil mulheres – em conjunto com 25 ONGs – atuando em 32 projetos no Brasil. Um deles, realizado com o Centro Brasileiro da Criança e do Adolescente e a Casa de Passagem, gerou o recém-lançado livro Mulheres Gerando Renda, que registra o histórico, os objetivos e também a metodologia do projeto.
Dentro do programa de formação para jovens oferecidos pelo Instituto Walmart, intitulado Escola Social do Varejo, as mulheres ocupam 60% das vagas – o que totaliza mais de mil jovens mulheres capacitadas. Além disso, nas salas de treinamento dos centros comunitários mantidos pela empresa mais de 400 mulheres já passaram por capacitação.
"Acreditamos que as empresas do futuro serão aquelas que conseguirem atrair e reter esta força de trabalho feminina, bem como as sociedades mais avançadas serão aquelas mais inclusivas e que irão gerar mais condições para seu pleno desenvolvimento", salienta a vice-presidente de sustentabilidade do Walmart Brasil, Daniela de Fiori.
Abertura - O clube de compras de São Bernardo do Campo, que será aberto ao público até o final do ano, vai gerar 150 empregos diretos na cidade, além de 450 indiretos. A loja terá 15 mil metros quadrados de área total construída e 5.800 metros quadrados de área de vendas, além de 228 vagas de estacionamento. Assim como as demais unidades do Walmart, o Sam's Club de São Bernardo será ecoeficiente, com redução no uso de água em 40%, de energia em 25% e na emissão de gases de efeito estufa em 30%.
Esta será a 26ª unidade da rede no Brasil. Além da parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, a companhia também firmou parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, para a seleção de 600 empregados, sendo 150 diretos e 450 indiretos, por meio da Central de Trabalho e Renda do município. O investimento na construção é de R$ 43 milhões.
São Bernardo sai na frente na capacitação
A cidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, saiu na frente para oferecer capacitação na área da construção civil para mulheres. O programa Mulheres Construindo Autonomia, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, que teve início em novembro de 2009, já capacitou 163 mulheres, sendo que a última turma se formou em maio deste ano. As alunas receberam certificado de conclusão nos cursos de alvenaria, pintura e texturização.
O curso recebeu investimento de R$ 251 mil do Governo Federal e apoio das secretarias de Educação, Habitação e Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. As participantes tiveram aulas teóricas e práticas sobre as técnicas da construção civil – assentamento de blocos e tijolos, chapisco, reboco, preparação de paredes para pintura, além de acabamentos como assentamento de pisos, azulejos e aplicação de textura e pintura. Também tiveram aulas sobre cidadania e direitos das mulheres, economia solidária, empreendedorismo, cooperativismo e associativismo.
Para o segundo semestre as inscrições ainda não foram abertas. Mais informações nos telefones 4126-3764 ou 4127-0866.