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Linfoma: Conhecimento pelas redes sociais

Por Diário do Comércio   28 de setembro de 2011
Se toca. Quando antes você descobrir, melhor. Com este slogan, a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) pretende alcançar o mesmo sucesso da primeira campanha, Movimento contra o Linfoma, realizada no ano passado. Este ano, assim como em 2010, a campanha irá acontecer nas redes sociais, com o engajamento de milhares de pessoas, algumas delas bem conhecidas, para divulgar os sinais e os sintomas da doença.

Os atores Amanda Leeh, Caco Ciocler, Camila Morgado, Matheus Solano, Marcelo Airoldi e Odilon Wagner, e a apresentadora Sarah Oliveira são os padrinhos da campanha este ano. A atriz Drica Moraes, que em 2010 realizou um transplante de medula óssea depois de ser diagnosticada com leucemia, também participará da ação pelo segundo ano consecutivo.

"Esta campanha é de extrema importância para que toda a população conheça o linfoma e se conscientize que, com um simples movimento, muitas vidas podem ser salvas", afirmou Merula Steagall, presidente da Abrale. No ano passado, mais de 300 mil pessoas assistiram, curtiram, compartilharam e entraram no Movimento Contra o Linfoma.

Personalidades – Infelizmente, os linfomas se tornaram mais conhecidos por causa de diagnóstico da doença feito em pessoas conhecidas do grande público, como o ator Reinaldo Gianecchini, que no momento faz quimioterapia para tentar se curar de um linfoma não-Hodgkin. A presidente Dilma Rousseff e a novelista Glória Perez também tiveram a doença.

No mundo todo, em torno de um milhão de pessoas têm linfoma, um câncer do sistema linfático que origina-se da alteração de um tipo de glóbulo branco, o linfócito – parte da defesa natural do corpo contra infecções. "O ideal seria divulgar a campanha em rede nacional, mas precisamos de parcerias para isso. Por enquanto, queremos o envolvimento do maior número de pessoas possível nas redes sociais para a proliferação dessa bandeira", disse a gerente de Comunicação da Abrale, Carolina Cohen.

Tipos - O câncer linfático é dividido em dois subtipos, linfoma de Hodgkin (maior incidência em jovens de 15 a 19 anos) e linfoma não-Hodgkin (mais comum em crianças) e seu principal sintoma é o inchaço indolor dos linfonodos (as ínguas) no pescoço, nas axilas ou na virilha. Outros sinais também comuns são febre, suor (geralmente à noite), cansaço, dor abdominal, perda de peso, pele áspera e coceira.

"Felizmente, a área dos linfomas foi a que mais teve avanços na medicina nas últimas duas décadas. É uma doença frequente e desconhecida. Cerca de 80% dos pacientes com linfoma nunca ouviram falar do problema", explicou o diretor médico do Hemocentro da Santa Casa de São Paulo, Carlos Sérgio Chiattone, em uma palestra na Abrale.

O sintoma inicial mais comum do linfoma de Hodgkin é um aumento indolor dos linfonodos no pescoço, porção superior e interior do peito, axilas, abdome ou virilha. Nos não-Hodkgin muitos pacientes costumam notar linfonodos aumentados no pescoço, axilas ou virilha. Este aumento dos linfonodos é menos frequente próximo às orelhas, cotovelo, garganta ou perto das amígdalas.

História – A Abrale, criada em 2002 por Merula Steagall e um grupo da sociedade civil formado por pacientes e seus familiares, tem como objetivo levar informações e alternativas de tratamentos para os portadores das doenças onco-hematológicas (linfoma, leucemia, mieloma múltiplo e mielodisplasia). Com a sua fundação, começava um desafio ainda maior: disponibilizar o melhor tratamento em nosso País, transformando exemplos de exceções em regra para as terapias hematológicas complexas.

No momento, o trabalho da ONG está apoiado, basicamente, em quatro pilares: apoio ao paciente, educação, informação e defesa de políticas públicas. Trinta e três médicos, além de enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, dentistas, terapeutas ocupacionais e advogados compõem o quadro da Abrale e orientam os quase 30 mil filiados. A entidade integra o Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde e é fundadora da Alianza Latina, liga que reúne 56 entidades do gênero em 17 países.

A Abrale tem hoje núcleos parceiros nas cidades de Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador. A entidade atua no Brasil e pretende crescer mais, uma vez que seu objetivo é tornar-se referência latino-americana na promoção da saúde e bem-estar do paciente com linfoma e leucemia.

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