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Dia de mudança na Barra Funda
Por Diário do Comércio   20 de outubro de 2011
Tinha tudo para ser um dia normal de trabalho em São Paulo. Céu azul, calor e congestionamento pela cidade inteira. Mas para os 1,7 mil funcionários do Grupo Telefônica a sexta-feira, 7 de outubro, foi diferente e não vai mais sair da memória. Dispostos a trabalhar como voluntários, eles arregaçaram as mangas e foram responsáveis pelas mudanças e melhorias de equipamentos públicos no bairro da Barra Funda, na zona oeste da capital. Em cinco frentes de trabalho eles restauraram uma escola, duas praças, um centro de saúde e uma creche.
O Dia dos Voluntários Telefônica acontece há seis anos, sempre uma vez por ano. Este ano, o evento foi diferente. Nas edições anteriores, os voluntários trabalhavam em apenas uma instituição. Desta vez, o evento teve um significado especial, ao representar um marco na integração dos colaboradores da Telefônica e da Vivo, desde que houve a fusão das empresas. Para celebrar a junção, os voluntários não reformaram apenas uma instituição, mas ajudaram a transformar uma comunidade.
Projeto – De acordo com Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica, instituição que coordena o programa Voluntários Telefônica, junto com as área de Recursos Humanos e Comunicação Interna, a Barra Funda foi escolhida por já possuir uma articulação social, a partir do desenvolvimento do projeto Rede Nossa Barra Funda, iniciado há três anos, que conta com a participação de moradores, assistentes sociais, agentes de saúde e empresários. Uma das empresas do Grupo Telefônica, a TGestiona tem sede no bairro e participa da rede, que é gerida pelo Projeto Aprendiz.
"Todas as intervenções protagonizadas pelos voluntários foram decididas de forma conjunta. Envolvemos as pessoas da comunidade para que pudessem se sentir corresponsáveis pelo que foi feito", disse.
Segundo ela, essa atitude faz com que a comunidade, inclusive, tenha a iniciativa de manter os equipamentos e perceba que pode fazer a diferença. "A ajuda da comunidade mostrou que tudo o que fizemos será cuidado, uma vez que os próprios alunos e professores do colégio Canuto do Val, por exemplo, se empenharam e nos ajudaram a transformar a escola", explicou Françoise Trapenard.
Transformação – Os projetos de intervenção contaram também com a participação de consultores, paisagistas e do artista plástico Paulo Von Poser, responsável pela pintura dos murais, feita a partir de desenhos sugeridos pela própria comunidade. Para a construção de brinquedos e mobiliários, foram utilizados materiais reciclados ou certificados. Bobinas de fios de telefone se transformaram em mesas, cadeiras e floreiras pelas mãos do arquiteto e cenógrafo Fernando Nacarato.
Já o engenheiro e designer, Lao Napolitano, utilizou madeira autoclavada e certificada para desenvolver os brinquedos que integraram o playground das praças Nicolau Morais Barros e da Embaixada Nordestina (praça da GCM). As duas praças agora têm novos playgrounds, projeto de paisagismo, pista para caminhadas, espaços esportivos e de convivência reformados, com novo mobiliário, lixeiras e trabalho de muralismo.
No Abrigo Auxiliadora, que atende 240 crianças, foram concentradas atividades recreativas com os pequenos moradores do bairro durante todo o dia. Também foi desenvolvido um trabalho de arte em muralismo, a partir de desenhos produzidos pelos próprios abrigados e frequentadores do local, além de serviços de jardinagem, horta e montagem de um campo de futebol.
Árvores – Segundo Natasha Navazenas, coordenadora de paisagismo da praça Nicolau Moraes Barros, foram plantadas 180 árvores e utilizadas mais de 800 mudas de forração (plantas baixas). "Uma das dificuldades que tivemos, além do sol forte, foi o solo cheio de pedras. Isso atrasou um pouco o trabalho, mas no fim tudo deu certo", disse.
Para Lao Napolitano, responsável pela colocação do mobiliário da praça Nicolau Moraes – como equipamentos de ginástica, brinquedos e lixeiras – o grande desafio foi fazer tudo com tanta gente em tão pouco tempo.
A Escola Estadual Canuto do Val, com 573 alunos, recebeu obras na quadra, pintura e criação de uma sala de artes, reforma de laboratórios, construção de mobiliário, paisagismo, jogos gigantes no chão e sinalização. Para o Centro de Saúde Escola Doutor Alexandre Vranjac, uma nova área de convivência, paisagismo, pintura do auditório e dos muros. O projeto de academia popular, que há muito tempo era planejado no centro de saúde, foi apoiado pelos voluntários. Eles construíram um deck e telhado para a instalação de equipamentos de fisioterapia e ginástica.
A analista de sistemas Simone Marques, que há dois anos trabalha como voluntária no Dia dos Voluntários Telefônica, acredita que esse é o caminho para termos uma vida mais saudável. "As praças viraram problemas para muitas comunidades, por conta do abandono. Ver esses locais restaurados e saber que contribui para isso é muito gratificante", disse.
Ação aconteceu em 19 países
O Dia dos Voluntários Telefônica foi realizado, simultaneamente, em 19 países onde a empresa atua, na América Latina e Europa, e envolveu aproximadamente 10 mil funcionários. No Brasil, a ação, que costumava acontecer em cinco cidades, foi ampliada para 12 neste ano, em função da integração com a Vivo, que possui regionais por todo o país. As cidades contempladas foram São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Goiânia e Belém. No total, mais de três mil colaboradores participam das atividades.
O programa Voluntários Telefônica visa estimular e permitir que os empregados se envolvam em diferentes linhas de atuação, que incluem, além do trabalho braçal, doações do Imposto de Renda devido aos Fundos da Infância e da Adolescência, capacitações, apoio a projetos em que os empregados já são voluntários e campanhas para doação de sangue e brinquedos, entre outras.
O programa possui mais de 4,5 mil empregados inscritos.
O Dia dos Voluntários Telefônica acontece há seis anos, sempre uma vez por ano. Este ano, o evento foi diferente. Nas edições anteriores, os voluntários trabalhavam em apenas uma instituição. Desta vez, o evento teve um significado especial, ao representar um marco na integração dos colaboradores da Telefônica e da Vivo, desde que houve a fusão das empresas. Para celebrar a junção, os voluntários não reformaram apenas uma instituição, mas ajudaram a transformar uma comunidade.
Projeto – De acordo com Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica, instituição que coordena o programa Voluntários Telefônica, junto com as área de Recursos Humanos e Comunicação Interna, a Barra Funda foi escolhida por já possuir uma articulação social, a partir do desenvolvimento do projeto Rede Nossa Barra Funda, iniciado há três anos, que conta com a participação de moradores, assistentes sociais, agentes de saúde e empresários. Uma das empresas do Grupo Telefônica, a TGestiona tem sede no bairro e participa da rede, que é gerida pelo Projeto Aprendiz.
"Todas as intervenções protagonizadas pelos voluntários foram decididas de forma conjunta. Envolvemos as pessoas da comunidade para que pudessem se sentir corresponsáveis pelo que foi feito", disse.
Segundo ela, essa atitude faz com que a comunidade, inclusive, tenha a iniciativa de manter os equipamentos e perceba que pode fazer a diferença. "A ajuda da comunidade mostrou que tudo o que fizemos será cuidado, uma vez que os próprios alunos e professores do colégio Canuto do Val, por exemplo, se empenharam e nos ajudaram a transformar a escola", explicou Françoise Trapenard.
Transformação – Os projetos de intervenção contaram também com a participação de consultores, paisagistas e do artista plástico Paulo Von Poser, responsável pela pintura dos murais, feita a partir de desenhos sugeridos pela própria comunidade. Para a construção de brinquedos e mobiliários, foram utilizados materiais reciclados ou certificados. Bobinas de fios de telefone se transformaram em mesas, cadeiras e floreiras pelas mãos do arquiteto e cenógrafo Fernando Nacarato.
Já o engenheiro e designer, Lao Napolitano, utilizou madeira autoclavada e certificada para desenvolver os brinquedos que integraram o playground das praças Nicolau Morais Barros e da Embaixada Nordestina (praça da GCM). As duas praças agora têm novos playgrounds, projeto de paisagismo, pista para caminhadas, espaços esportivos e de convivência reformados, com novo mobiliário, lixeiras e trabalho de muralismo.
No Abrigo Auxiliadora, que atende 240 crianças, foram concentradas atividades recreativas com os pequenos moradores do bairro durante todo o dia. Também foi desenvolvido um trabalho de arte em muralismo, a partir de desenhos produzidos pelos próprios abrigados e frequentadores do local, além de serviços de jardinagem, horta e montagem de um campo de futebol.
Árvores – Segundo Natasha Navazenas, coordenadora de paisagismo da praça Nicolau Moraes Barros, foram plantadas 180 árvores e utilizadas mais de 800 mudas de forração (plantas baixas). "Uma das dificuldades que tivemos, além do sol forte, foi o solo cheio de pedras. Isso atrasou um pouco o trabalho, mas no fim tudo deu certo", disse.
Para Lao Napolitano, responsável pela colocação do mobiliário da praça Nicolau Moraes – como equipamentos de ginástica, brinquedos e lixeiras – o grande desafio foi fazer tudo com tanta gente em tão pouco tempo.
A Escola Estadual Canuto do Val, com 573 alunos, recebeu obras na quadra, pintura e criação de uma sala de artes, reforma de laboratórios, construção de mobiliário, paisagismo, jogos gigantes no chão e sinalização. Para o Centro de Saúde Escola Doutor Alexandre Vranjac, uma nova área de convivência, paisagismo, pintura do auditório e dos muros. O projeto de academia popular, que há muito tempo era planejado no centro de saúde, foi apoiado pelos voluntários. Eles construíram um deck e telhado para a instalação de equipamentos de fisioterapia e ginástica.
A analista de sistemas Simone Marques, que há dois anos trabalha como voluntária no Dia dos Voluntários Telefônica, acredita que esse é o caminho para termos uma vida mais saudável. "As praças viraram problemas para muitas comunidades, por conta do abandono. Ver esses locais restaurados e saber que contribui para isso é muito gratificante", disse.
Ação aconteceu em 19 países
O Dia dos Voluntários Telefônica foi realizado, simultaneamente, em 19 países onde a empresa atua, na América Latina e Europa, e envolveu aproximadamente 10 mil funcionários. No Brasil, a ação, que costumava acontecer em cinco cidades, foi ampliada para 12 neste ano, em função da integração com a Vivo, que possui regionais por todo o país. As cidades contempladas foram São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Goiânia e Belém. No total, mais de três mil colaboradores participam das atividades.
O programa Voluntários Telefônica visa estimular e permitir que os empregados se envolvam em diferentes linhas de atuação, que incluem, além do trabalho braçal, doações do Imposto de Renda devido aos Fundos da Infância e da Adolescência, capacitações, apoio a projetos em que os empregados já são voluntários e campanhas para doação de sangue e brinquedos, entre outras.
O programa possui mais de 4,5 mil empregados inscritos.