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Pesquisa da Fundação Itaú Social e DataFolha mostra que os brasileiros não se dedicam a atividades voluntárias por falta de tempo.

Por REBRATES   21 de janeiro de 2015

Três a cada 10 brasileiros já praticaram ações voluntárias, uma parte ainda não sabe onde encontrar informações para ser voluntário (12%), a vontade de ser solidário foi apontada como principal motivação para o engajamento (55%). Esses foram alguns dos dados levantados pela pesquisa da Fundação Itaú Social, realizada pelo Instituto DataFolha, em que consultou 2.024 pessoas de 135 municípios, entre os dias 9 e 12 de setembro deste ano.

Em sua primeira edição, o estudo pretende contribuir para a evolução da responsabilidade social corporativa. Cláudia Varella Sintoni, coordenadora da área de mobilização social da Fundação Itaú Social, comenta ainda que a Fundação Itaú Social e o Instituto Unibanco possuem um programa de voluntariado empresarial, conhecido como Voluntários Itaú Unibanco, que pretende promover o engajamento social dos colaboradores do banco. “A Fundação acredita na participação em ações sociais como forma de aprimorar competências como o trabalho cooperativo e a liderança”, afirmou.

O levantamento apresentou que 28% dos brasileiros declararam já haver participado de trabalhos voluntários, sendo que 11% continuam atuando voluntariamente, o que equivale a aproximadamente 16,4 milhões de pessoas. Quanto aos 72% que nunca atuaram voluntariamente, a principal dificuldade declarada é a falta de tempo Quanto aos 72% que nunca atuaram voluntariamente, falta de tempo é a razão alegada por 40%. Entre aqueles que deixaram de atuar, 42% alegam o mesmo motivo. Os entrevistados também apontam outras razões para justificar o distanciamento do tema: nunca foram convidados (29%) para participar de uma ação voluntária, nunca pensaram nessa possibilidade (18%) e não sabem onde obter informações a respeito (12%).

Para Claudia, a falta de tempo é uma realidade para muitos, porém os dados comprovam um potencial interesse para a atuação voluntária. Dessa forma, ela sugere que as organizações podem oferecer oportunidades estruturadas de participação, divulgar melhor os canais para busca de informações, realizar campanhas de mobilização que ampliem o movimento. “Sabemos que quando as pessoas passam a participar e isso ganha importância nas suas vidas, o tempo deixa de ser um problema”, defende.

A pesquisa mostrou ainda que 58% dos brasileiros se dizem um pouco ou muito dispostos a realizadas atividades voluntárias. Já 79% da população falam ter grande disposição para realizar doações, porém sete em cada 10 brasileiros responderam que doar dinheiro ou coisas não substitui a atividade voluntária.

A coordenadora da área de mobilização social da Fundação Itaú Social comentou que a produção de conteúdos e conhecimentos nesse segumento vem aumentando. Ela citou ainda a pesquisa do Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE), de 2012, sobre a atuação voluntária entre as empresas: 56,3% das empresas estão dispostas a aumentar seus invesvimentos em voluntariado e dessas 59,4% planejam aumentar de 1% a 5% o aporte em ações voluntárias no próximo ano. “As empresas têm procurado investir mais na atividade voluntária e isso faz com que engajamento tenha maior alcance”.

Em relação ao perfil, foi constatado que 51% dos que já atuaram são homens e 49% são mulheres. Cerca de metade dos voluntários possuem ensino superior completo e dois em cada cinco são das classes A e B. Mais da metade dos que atuam têm entre 35 e 50 anos de idade. Já entre os jovens, oito em cada 10 de 16 a 24 anos nunca fizeram voluntariado.

Sobre a as razões para motivar esse tipo de atividade, entre aqueles que já fizeram voluntariado, 55% responderam que a principal motivação ao engajamento foi a vontade de ser solidário e 18% fizeram por incentivo ou influência de pessoas ou instituições. E ainda indicaram que: a sensação de bem estar (51%), de sentir-se útil (40%) e a gratificação pessoal (37%) foram as principais satisfações de se praticar atividade voluntária.

Segundo Claudia, para aumentar o número de voluntários, é necessário ter mecanismos que auxiliem as pessoas interessadas em se tornar voluntárias, como, por exemplo, levar a questão do voluntariado para dentro das escolas para introduzir a cultura do voluntariado desde a infância. “As empresas também tem o seu papel ao estruturar programas de voluntariado para que seus colaboradores tenham oportunidade de vivenciar essa prática. No nosso caso, o Programa Voluntários Itaú Unibanco vem desde 2003, promovendo o engajamento dos colaboradores e hoje temos uma rede de ações sociais que conta com a participação de mais de 10 mil voluntários”, revela.

*Fonte: Setor 3 – SENAC
http://www.setor3.com.br/jsp/default.jsp?tab=00002&newsID=a6975

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