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Em 1º de dezembro, faça parte do #diadedoar

Por Rebrates   22 de outubro de 2015

Com qual frequência você doa tempo, dinheiro, roupas, alimentos e brinquedos? É para incentivar esse ato e fomentar uma nova cultura que a campanha #diadedoar quer chamar a atenção dos brasileiros para fazer do dia 1º de dezembro um marco em todo o território nacional. Trata-se de uma de uma iniciativa que começou nos Estados Unidos (com o nome de #GivingTuesday) e já se espalhou em mais de 80 países. Por aqui ela começou tímida em 2013, passou a fazer parte do movimento global em 2014 e este ano pretende se consolidar.

A campanha é promovia pelo Movimento por uma Cultura de Doação, dentro do qual é gerida pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). João Paulo Vergueiro, diretor executivo da instituição, conta que o principal objetivo é tornar as pessoas mais solidárias e mais atentas à importância de incentivar os mais diversos projetos. “A gente quer que a sociedade civil seja financiada por ela mesma e não dependa de recursos públicos ou de algumas empresas”, diz.

Além do site http://www.diadedoar.org.br/, que já está ativo desde o ano passado, foi criado um aplicativo para o #diadedoar. Ambos convidam empresas, governos, ONGs a se tornarem parceiros. “As empresas podem fazer muito, tanto para elas doarem quanto para conscientizar seus funcionários”, afirma João. Indivíduos também podem se cadastrar como embaixadores, com o comprometimento de organizar ações - seja com sua família ou sua comunidade - e divulgar a hashtag nas redes sociais. A intenção é criar uma grande mobilização usando recursos de comunicação e, a partir daí, estimular que as pessoas façam sua parte.

Joana Ribeiro, responsável pelo desenvolvimento institucional da Associação Acorda uma das articuladoras do Movimento por uma Cultura de Doação, aborda uma série de razões para participar: “doar faz bem porque coloca sentido e movimento no dinheiro, no nosso saber. Põe luz no nosso sentido ancestral de comunidade. Olhando para quem recebe, é estabelecida uma relação de confiança que incentiva quem faz. Então na verdade a pergunta que fica é por que não doar?”.

Para alcançar os resultados desejados, diversas organizações se uniram e apoiaram a causa. Uma delas foi a agência de comunicação integrada Umbigo do Mundo, que planejou toda a estratégia de divulgação da campanha de maneira gratuita, pois trabalham com a política do “um para um”, isto é, para cada cliente que possui, oferece um trabalho a uma instituição que não tenha condições de pagar. Maria Pechlivanis, sócia-fundadora, comenta que o cenário atual no Brasil é de que as pessoas querem doar, mas possuem dúvidas sobre como e quem ajudar, além de se sentirem inseguras em relação ao correto destino dos recursos. “Percebemos que falta a percepção de um movimento, o bom exemplo, fazer de verdade, motivação e envolvimento”, conta.

Outro parceiro importante do movimento é o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), definido por seu secretário geral, André Degenszajn, como “uma associação de investidores sociais privados que aplicam recursos em áreas de interesse público”. Para ele, “há um conjunto de ações que precisam ser desenvolvidas que podem ser apoiadas e catalizadas por essas instituições que já estão posicionadas”.

Marcelo Furtado Marcelo Furtado, diretor executivo do Instituto Arapyaú, pontua o fato do Brasil se encontrar em situação de crise econômica e política sem que isso seja impeditivo para esse tipo de cultura - muito pelo contrário. “Junto com um processo de reflexão, vem um processo de solidariedade. Nessas circunstâncias, quando você tem uma pessoa desempregada na sua família, por exemplo, você pensa em como pode ajudar”, afirma. Segundo ele, é preciso ter uma sociedade civil ativa para, consequentemente, fortalecer a democracia. “A cultura de doação tem mais a ver com o estado de espírito da sociedade, com que Brasil a gente quer para os nossos filhos e para nós do que necessariamente com apenas falar sobre o serviço, o voluntariado e os recursos financeiros”.

De acordo com João Paulo, os parceiros, que no ano passado beiravam 500, este ano já passam de 700, o que torna a expectativa desta esta edição ainda maior. “No Twitter alcançamos 19 milhões de pessoas, quase 1000 fotos foram postadas no Instagram e três vezes mais doações foram processadas na ferramenta Paypal do que em um dia comum”. Joana lança o convite: “nós que estamos nas organizações vemos trabalhos incríveis, temos estrutura, sites, campanhas, crowdfundings, corridas, eventos. Não falta mais nada. Só falta você, doador”.


*Fonte: Setor 3 – Senac São Paulo

http://www.setor3.com.br/jsp/default.jsp?tab=00002&newsID=a7337.htm&subTab=00000&uf=&local=&testeira=99&l=&template=58.dwt&unit=&sectid=189

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