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Qual a avaliação que o(a) senhor(a) faz do Ano Internacional do Voluntário?
Por Revista Integração    5 de dezembro de 2001
Luís Norberto Paschoal - Muito positiva. O Brasil foi destacado pela ONU como "case" no desenvolvimento de relações com a sociedade, com os governos e com a mídia. O valor que a população passou a dar para o trabalho voluntário foi extraordinário. Desde escolas do primeiro grau até as universidades, governos e empresas, a expressão "faça parte" ficou conhecida e respeitada. Hoje o Brasil tem mais de 20 milhões de voluntários.
Ruth Goldberg - Do ponto de vista de divulgação ampla, acredito que toda a área de comunicação impressa, áudio e visual deram excelente cobertura, propiciando a ampliação e disseminação de debates e reflexões sobre o assunto, já iniciados desde a criação do Programa Voluntários pelo Conselho da Comunidade Solidária, em 1997.
Na prática, esta mobilização toda gerou a oportunidade de se rever os papéis dos cidadãos, das instituições governamentais, da iniciativa privada e do terceiro setor no fortalecimento de uma rede de solidariedade permanente, colaborativa e fundamentada.
Edson Sadao Iizuka - O Ano Internacional do Voluntário foi um marco na história do voluntariado no Brasil. Mobilizou a imprensa, empresariado, ONG's, entre outros, para um tema que é absolutamente relevante para o desenvolvimento do 3º Setor. Foi um movimento de sensibilização e conscientização importante. Algumas pessoas, contudo, ficaram "ïncomodadas" com uma possível banalização do voluntariado. Estas pessoas sentiram que as ações realizadas foram superficiais e preconizavam um certo modismo. De qualquer forma, é inegável.o avanço deste tema no nosso país.
Magda de Jesus - O AIV abriu espaço para que o "Homem" possa exercer sua verdadeira cidadania em todas as áreas. Sendo solidário e contribuindo para melhorar a qualidade e vida do nosso povo brasileiro.
Com o término do AIV, que perspectivas o(a) senhor(a) vê para o voluntariado nos próximos anos?
Luís Norberto Paschoal - O Brasil não pode parar essa enorme onda voluntária que começa a mostrar a força e a pujança de cada indivíduo, de cada cidadão. E como sugestão, foi levada para a ONU a idéia da década do voluntário, que parece ter sido aceita. Na semana de 18 a 23 de novembro, estiveram reunidos em Genebra, todos os 123 países para debater exatamente essa proposta brasileira.
Ruth Goldberg - Cabe a nós todos, à partir desta mobilização, dar continuidade aos trabalhos iniciados e legitimar uma cultura moderna de voluntariado, incentivando a participação e fortalecimento da sociedade civil no equacionamento das questões sociais e fomentando a adoção de políticas públicas eficazes e eficientes para superação das injustas desigualdades.
Edson Sadao Iizuka - O futuro do voluntariado, na minha opinião, está nos jovens, especialmente nos estudantes. É justamente neste público que encontramos os maiores índices de interesse no voluntariado e é nele também que verificamos um dos maiores potenciais de transformação social. A família, a escola e a própria comunidade podem gerar um ambiente propício para que estes jovens possam exercer a sua cidadania. E ao contrário do chavão: "o jovem é o futuro", na verdade ele é o presente mais precioso de nossa sociedade.
Magda de Jesus - As perspectivas são boas, de muito trabalho com bons resultados. Só temos que dar continuidade a esse trabalho. O AIV não pode parar por aqui.
Luís Norberto Paschoal é coordenador estratégico do Comitê Brasileiro do Ano Internacional do Voluntário da ONU, diretor do GIFE, da Fundação FEAC e da Fundação Educar DPaschoal
Ruth Goldberg é consultora da Unesco no Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária, onde é responsável pela área de voluntariado empresarial.
Edson Sadao Iizuka foi coordenador do Centro de Voluntariado de SP, entre 1998 e 1999, responsável pela implementação executiva desta organização. Ministrou o módulo Gestão de Voluntariado no curso de "Administração para Organizações do Terceiro Setor" do GV-PEC em 2000.
Magda de Jesus é presidente nacional do voluntariado da AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente e coordena 1.300 voluntários.
Ruth Goldberg - Do ponto de vista de divulgação ampla, acredito que toda a área de comunicação impressa, áudio e visual deram excelente cobertura, propiciando a ampliação e disseminação de debates e reflexões sobre o assunto, já iniciados desde a criação do Programa Voluntários pelo Conselho da Comunidade Solidária, em 1997.
Na prática, esta mobilização toda gerou a oportunidade de se rever os papéis dos cidadãos, das instituições governamentais, da iniciativa privada e do terceiro setor no fortalecimento de uma rede de solidariedade permanente, colaborativa e fundamentada.
Edson Sadao Iizuka - O Ano Internacional do Voluntário foi um marco na história do voluntariado no Brasil. Mobilizou a imprensa, empresariado, ONG's, entre outros, para um tema que é absolutamente relevante para o desenvolvimento do 3º Setor. Foi um movimento de sensibilização e conscientização importante. Algumas pessoas, contudo, ficaram "ïncomodadas" com uma possível banalização do voluntariado. Estas pessoas sentiram que as ações realizadas foram superficiais e preconizavam um certo modismo. De qualquer forma, é inegável.o avanço deste tema no nosso país.
Magda de Jesus - O AIV abriu espaço para que o "Homem" possa exercer sua verdadeira cidadania em todas as áreas. Sendo solidário e contribuindo para melhorar a qualidade e vida do nosso povo brasileiro.
Com o término do AIV, que perspectivas o(a) senhor(a) vê para o voluntariado nos próximos anos?
Luís Norberto Paschoal - O Brasil não pode parar essa enorme onda voluntária que começa a mostrar a força e a pujança de cada indivíduo, de cada cidadão. E como sugestão, foi levada para a ONU a idéia da década do voluntário, que parece ter sido aceita. Na semana de 18 a 23 de novembro, estiveram reunidos em Genebra, todos os 123 países para debater exatamente essa proposta brasileira.
Ruth Goldberg - Cabe a nós todos, à partir desta mobilização, dar continuidade aos trabalhos iniciados e legitimar uma cultura moderna de voluntariado, incentivando a participação e fortalecimento da sociedade civil no equacionamento das questões sociais e fomentando a adoção de políticas públicas eficazes e eficientes para superação das injustas desigualdades.
Edson Sadao Iizuka - O futuro do voluntariado, na minha opinião, está nos jovens, especialmente nos estudantes. É justamente neste público que encontramos os maiores índices de interesse no voluntariado e é nele também que verificamos um dos maiores potenciais de transformação social. A família, a escola e a própria comunidade podem gerar um ambiente propício para que estes jovens possam exercer a sua cidadania. E ao contrário do chavão: "o jovem é o futuro", na verdade ele é o presente mais precioso de nossa sociedade.
Magda de Jesus - As perspectivas são boas, de muito trabalho com bons resultados. Só temos que dar continuidade a esse trabalho. O AIV não pode parar por aqui.
Luís Norberto Paschoal é coordenador estratégico do Comitê Brasileiro do Ano Internacional do Voluntário da ONU, diretor do GIFE, da Fundação FEAC e da Fundação Educar DPaschoal
Ruth Goldberg é consultora da Unesco no Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária, onde é responsável pela área de voluntariado empresarial.
Edson Sadao Iizuka foi coordenador do Centro de Voluntariado de SP, entre 1998 e 1999, responsável pela implementação executiva desta organização. Ministrou o módulo Gestão de Voluntariado no curso de "Administração para Organizações do Terceiro Setor" do GV-PEC em 2000.
Magda de Jesus é presidente nacional do voluntariado da AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente e coordena 1.300 voluntários.