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Atividades marcam Dia das PPDs

Por Correio do Povo    5 de dezembro de 2001
As maiores dificuldades enfrentadas pelas pessoas portadoras de deficiência (PPDs) são a falta de uma cultura de acessibilidade e o desconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A afirmação é consenso para os 2 milhões de PPDs gaúchos. 'Quando precisamos pedir uma informação na rua, ninguém nos compreende', reclamou a dona de casa Maria Genoveva Miranda Penna, portadora de deficiência auditiva. Já a falta de rampas em logradouros e prédios é o maior obstáculo dos que precisam de cadeira de rodas para se locomover. 'Temos limitações em todas as áreas da sociedade, mas somos tão capazes quanto pessoas que não as possuem, desde que nos garantam condições', diz o presidente da Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado do RS (Faders), Humberto Luppo Pinheiro, portador de deficiência motora. Maria e Pinheiro participaram das atividades do Dia Mundial das PPDs, comemorado ontem, no Largo Glênio Peres.

A programação, organizada pela Coordenação de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Porto Alegre, foi aberta com uma caminhada. Mais de 200 PPDs partiram da Praça da Matriz, passaram pela avenida Borges de Medeiros e chegaram ao Largo Glênio Peres. No local, foi feita uma oficina de pintura com escolas e entidades de PPDs. À noite, um ato show com grupos de teatro, rap, corais e a companhia de dança em cadeiras de roda Arte, Dança e Fantasia, encerrou as comemorações. 'O evento deu visibilidade à nossa causa', disse Pinheiro.

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