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Entidade enfrenta crise financeira e pode fechar
Por Correio da Bahia    10 de dezembro de 2001
O instituição social Odara - que oferece cursos profissionalizantes gratuitamente, além de alimentação e uniforme a adolescentes e jovens carentes do bairro da Liberdade - está prestes a fechar suas portas. Cheia de dívidas e com uma despesa mensal em torno de R$15 mil, a coordenação da entidade conta com um milagre nesse Natal. Caso não aconteça, funcionará só até o final de dezembro, quando se formam os 286 alunos dos cursos de informática e telemarketing do segundo semestre de 2001.
A crise começou há dois anos, quando o bloco carnavalesco Odara faliu, deixando de ser a principal fonte de renda do projeto social. A partir daí, a instituição passou a sobreviver de uma taxa mínima paga pelos alunos para compra de material didático, recursos da campanha Sua Nota é um Show de Solidariedade, realização de eventos e doações em geral. "Recentemente, chegamos a comprar manga do interior a um preço baixo para revender aqui em Salvador e tirar uns trocados", revelou o coordenador do Odara, Alberto de Avelar. A casa funciona com 22 funcionários e já se encontra com várias ações trabalhistas na Justiça por falta de pagamento.
"Da nossa fundação em 1997 até hoje, já formamos mais de três mil alunos. Meninos daqui das redondezas que deixaram seus subempregos e passaram a ter uma profissão digna. Sofro muito em ver esse sonho ser desmantelado. Para mim, é como se fosse um aborto. Poderíamos fazer muito mais pela nossa comunidade, mas teremos que interromper o trabalho por falta de grana. O mais difícil já fizemos. Temos nossas instalações e um nome respeitado na sociedade. Só falta um empurrãozinho e ainda espero conseguí-lo nesse Natal", confessou, se apegando a um último fio de esperança.
A crise começou há dois anos, quando o bloco carnavalesco Odara faliu, deixando de ser a principal fonte de renda do projeto social. A partir daí, a instituição passou a sobreviver de uma taxa mínima paga pelos alunos para compra de material didático, recursos da campanha Sua Nota é um Show de Solidariedade, realização de eventos e doações em geral. "Recentemente, chegamos a comprar manga do interior a um preço baixo para revender aqui em Salvador e tirar uns trocados", revelou o coordenador do Odara, Alberto de Avelar. A casa funciona com 22 funcionários e já se encontra com várias ações trabalhistas na Justiça por falta de pagamento.
"Da nossa fundação em 1997 até hoje, já formamos mais de três mil alunos. Meninos daqui das redondezas que deixaram seus subempregos e passaram a ter uma profissão digna. Sofro muito em ver esse sonho ser desmantelado. Para mim, é como se fosse um aborto. Poderíamos fazer muito mais pela nossa comunidade, mas teremos que interromper o trabalho por falta de grana. O mais difícil já fizemos. Temos nossas instalações e um nome respeitado na sociedade. Só falta um empurrãozinho e ainda espero conseguí-lo nesse Natal", confessou, se apegando a um último fio de esperança.