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Entidades negras protestam contra a discriminação
Por Correio da Bahia    21 de dezembro de 2001
Como parte das atividades de conscientização da Campanha contra
Discriminação Racial, coordenadas pelo Movimento Disque Racismo - Serviço de
Assistência a Vítimas de Discriminação Racial e pelo Coletivo de Estudantes
Negros Universitários da Bahia (Cenunba), manifestantes fizeram ontem pela
manhã uma passeata nas instalações do Shopping Center Itaigara. Sob os
olhares atentos dos seguranças, eles exibiram faixas e distribuíram
panfletos protestando contra proprietários das lojas por não contratarem
funcionários negros.
Inicialmente, os manifestantes concentraram-se em frente ao shopping onde denunciaram a ausência de pessoas negras no mercado de trabalho de Salvador, não só nos shopping centers, como também em hotéis e restaurantes. Pesquisa realizada pela Cenunba em 1998 revela que 96% das lojas do Barra Center e 70% do Iguatemi não têm pessoas negras no quadro funcional.
Apesar de não terem pesquisa comprobatória, os coordenadores do Disque-Racismo apontam o Shopping Itaigara como o estabelecimento onde se verifica a ausência de negros em quase 90% de suas lojas. Segundo os coordenadores do movimento, a situação foi constatada empiricamente, mas trata-se claramente de um procedimento de discriminação racial por parte dos lojistas. Segundo o advogado Wilson Santos, membro do Disque-Racismo, aconteceram várias tentativas para abertura de diálogo este ano com a administração do shopping, mas não houve o retorno desejado.
"É inadmissível um estado com 85% de população negra, constatarmos a discriminação no mercado de trabalho", disse Santos, acrescentando que a entidade entrou com representação na Procuradoria Regional do Trabalho do Ministério Público solicitando apuração de casos de discriminação racial nos referidos shoppings, além de 28 hotéis e 12 restaurantes.
Inicialmente, os manifestantes concentraram-se em frente ao shopping onde denunciaram a ausência de pessoas negras no mercado de trabalho de Salvador, não só nos shopping centers, como também em hotéis e restaurantes. Pesquisa realizada pela Cenunba em 1998 revela que 96% das lojas do Barra Center e 70% do Iguatemi não têm pessoas negras no quadro funcional.
Apesar de não terem pesquisa comprobatória, os coordenadores do Disque-Racismo apontam o Shopping Itaigara como o estabelecimento onde se verifica a ausência de negros em quase 90% de suas lojas. Segundo os coordenadores do movimento, a situação foi constatada empiricamente, mas trata-se claramente de um procedimento de discriminação racial por parte dos lojistas. Segundo o advogado Wilson Santos, membro do Disque-Racismo, aconteceram várias tentativas para abertura de diálogo este ano com a administração do shopping, mas não houve o retorno desejado.
"É inadmissível um estado com 85% de população negra, constatarmos a discriminação no mercado de trabalho", disse Santos, acrescentando que a entidade entrou com representação na Procuradoria Regional do Trabalho do Ministério Público solicitando apuração de casos de discriminação racial nos referidos shoppings, além de 28 hotéis e 12 restaurantes.