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Adesão da iniciativa privada é cada vez mais ampla
Cada funcionário recebeu uma caixinha para a colocação de papéis. "Não é fácil envolver todo mundo", fala Selma Carvalho, chefe da Garantia de Qualidade Corporativa da Degussa, "mas os que aderem até trocam copos plásticos por canecas próprias, para aplicar o conceito de redução". No armazém da Degussa, em Guarulhos, os funcionários vão vender 1.000 kg/mês de materiais para comprar equipamentos de lazer.
O programa de coleta seletiva no Centro Empresarial Camargo Corrêa começou em maio, com a parceria do Instituto GEA, e deverá estar totalmente implantado em janeiro. Antônio Carlos Bonna, gerente de Operações e Facilities, conta que o objetivo é reduzir em 50% as 27 toneladas de resíduos produzidos ao mês. Resíduos orgânicos da lanchonete e refeitório se transformarão em adubo para as áreas ajardinadas.
Assim, a Camargo Corrêa antecipa-se ao projeto da Colmeia, associação de moradores de bairros dos arredores da Avenida Faria Lima, que pretende implantar coleta seletiva coletiva envolvendo 100 edifícios de escritórios, bares e restaurantes do quadrilátero Faria Lima, Juscelino Kubitcheck, al. Ribeirão Claro (até av. Bandeirantes) e a Marginal Pinheiros.
"Estima-se que, nessa região, um milhão de metros quadrados estarão ocupados com escritórios em dois anos", fala o engenheiro Ricardo Aflalo, da Colmeia. A coleta de papel terá início em dois meses.
Outra empresa que está em fase inicial de implantação da coleta seletiva é a Editora Globo, com consultoria da Menos Lixo, de Patrícia Blauth. "Pilhas, lâmpadas, resíduos químicos do laboratório fotográfico, papel, copo e lata. Para tudo estamos dando um destino adequado", fala Vânia Weber, diretora administrativa da empresa. "Até os pallets -engradados de madeira que são descartados às centenas - seguirão para fabricantes de telhas, que os utilizam na fabricação das mesmas e de tijolos".(S.S.)