Notícias
Voluntários contam histórias e recebem em risos
Poucas pessoas têm idéia de que contar histórias pode servir como atividade terapêutica para quem ouve, principalmente se o ouvinte for criança e estiver com uma doença grave. Um sorriso que escarnece da dor acaba aliviando a angústia de se ver trancado num hospital.
Há quatro anos, a Associação Viva e Deixe Viver proporciona alegria a milhares de crianças doentes, por meio de contadores de histórias. No período, a entidade conseguiu juntar e habilitar centenas de voluntários, que dedicam pelo menos uma hora por semana ao trabalho humanitário.
Atualmente, aproximadamente 250 voluntários se deslocam a diversos hospitais, em São Paulo e em Campinas, e se encarnam na pele de Forrest Gump, o personagem hollywoodiano interpretado por Tom Hanks, que no filme não pára de contar histórias mirabolantes. Muitas vezes, encontram pelos corredores iniciativas semelhantes, como a dos Doutores da Alegria, que já mereceram até um livro sobre seu trabalho na cidade.
Visão - A Associação Viva e Deixe Viver, com sede em Perdizes (Rua Ministro Ferreira Alves, 136, telefone 3865-2613) foi idealizada e fundada em 1997 pelo publicitário Valdir Cimino. No início da década de 90, ele foi estudar e realizar alguns estágios nos Estados Unidos.
Em Nova York, no Hunter College, onde fazia um curso de verão, Cimino conheceu um grupo de voluntários que trabalhava no St. Vincent Hospital, que cuida de pacientes com doenças infecto-contagiosas. "Lá eu comecei a ler para pessoas que haviam perdido a visão", diz o publicitário.
De volta a São Paulo, Cimino começou a realizar atividades no Hospital Emílio Ribas, que tem o mesmo tipo de paciente do St. Vincent. Ele distribuía brinquedos e organizava a arrecadação de tíquetes-refeição para a compra de leite. Com o passar do tempo, amadureceu a idéia de não ser apenas mais um voluntário, mas de incentivar o trabalho de forma organizada e socialmente responsável. Após quatro anos de atividades, mais de 35 mil crianças puderam ouvir pelo menos uma história dos voluntários, que dedicam cerca de 17 mil horas ao ano para este trabalho.
Voluntários contam histórias e recebem em risos
Ser voluntário exige perseverança e dedicação
Métodos diferentes, mesma motivação
Doutores da Alegria têm trabalho reconhecido