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Doutores da Alegria têm trabalho reconhecido
O ator Wellington Nogueira, fundador do grupo Doutores da Alegria, levou um susto no dia 10, quando sua secretária repassou uma ligação telefônica vinda do Ministério da Justiça, em Brasília. "O que fiz de errado?", pensou Nogueira. Ao atender o telefonema, ficou aliviado. Feliz.
Tratava-se do aviso do recebimento de uma menção honrosa, do Comitê de Julgamento do Prêmio de Direitos Humanos 2001.
A honraria, concedida pelo governo federal a pessoas e instituições com ações em prol dos direitos humanos, foi classificada pelo ator como "a cereja do bolo de 2001". Depois de dez anos levando esperança e diversão para crianças internadas em sete hospitais de São Paulo e dois do Rio, os Doutores tiveram o "ano do reconhecimento", segundo seu fundador. "O reconhecimento dentro do País e o que ouvimos de pais, funcionários de hospitais, médicos e pacientes nos dois últimos anos têm sido muito forte."
O grupo de teatro clown conta hoje com 25 atores profissionais, treinados para desempenhar com cuidado e eficiência seu trabalho junto aos jovens pacientes hospitalizados. Eles acreditam que o humor seja essencial para superar os traumas inerentes aos processos de internação e enfermidade.
Entre as conquistas do grupo em 2001, Nogueira destaca o lançamento de O Livro dos Segundos Socorros, Editora Panda, R$ 19,00. Com texto final e coordenação
Suavidade - Nogueira trabalhou três anos como doutor da alegria em Nova York, onde morou na década de 80 e conheceu o projeto. "Trouxe para o Brasil a possibilidade de se trabalhar algo sério com suavidade", afirma.
O termo "humanização do ambiente", utilizado por muitos hospitais, não atrai o ator. "Já há seres humanos lá. Basta sensibilizar o ambiente e, desde que começamos esse trabalho, as pessoas viram que podem acreditar na alegria. E há chance de dar certo."
Doutores da Alegria - 3061-5523 ou www.doutoresdaalegria.com.br
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