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Negros que prestam vestibular são minoria
Por Correio da Bahia    22 de janeiro de 2002
Os negros são minoria entre os inscritos para o vestibular, freqüentam
cursos considerados de "baixo prestígio social" e ocupam a menor parte dos
bancos da Ufba. Apenas 8% dos mais de três mil estudantes da universidade
baiana são negros, segundo levantamento do departamento de ciências sociais
da instituição. A Bahia tem 79,1% da sua população composta por negros e
pardos, de acordo com o IBGE.
Pesquisa da Fuvest aponta que, num universo de 149 mil inscritos no vestibular brasileiro, os aprovados e matriculados negros correspondem apenas a 1,2%, enquanto que 80,4% são brancos, 12,9% amarelos, 4,8% pardos e 0,4% indígenas. "Os negros são maioria entre os pobres do país. Não têm acesso à educação de qualidade. Isso reflete na dificuldade do acesso à universidade. É preciso que se pensem políticas específicas para eles", afirma a professora Delcele Mascarenhas Queiroz, do departamento de ciências sociais da Ufba.
Segundo pesquisa coordenada por Queiroz em 2000, apenas 1,9% dos universitários matriculados no curso de medicina da Ufba, considerado de "maior prestígio", são negros. Os brancos que fazem o curso são 65,4%. Já em cursos de "baixo prestígio" o percentual de negros é maior. No curso de história, eles são 17,4%. Para classificar os cursos, a professora encaminhou questionário para mais de 20 agências baianas que trabalham com recursos humanos. As perguntas diziam respeito ao mercado de trabalho, remuneração média e dificuldades do formando para conseguir emprego.
Pesquisa da Fuvest aponta que, num universo de 149 mil inscritos no vestibular brasileiro, os aprovados e matriculados negros correspondem apenas a 1,2%, enquanto que 80,4% são brancos, 12,9% amarelos, 4,8% pardos e 0,4% indígenas. "Os negros são maioria entre os pobres do país. Não têm acesso à educação de qualidade. Isso reflete na dificuldade do acesso à universidade. É preciso que se pensem políticas específicas para eles", afirma a professora Delcele Mascarenhas Queiroz, do departamento de ciências sociais da Ufba.
Segundo pesquisa coordenada por Queiroz em 2000, apenas 1,9% dos universitários matriculados no curso de medicina da Ufba, considerado de "maior prestígio", são negros. Os brancos que fazem o curso são 65,4%. Já em cursos de "baixo prestígio" o percentual de negros é maior. No curso de história, eles são 17,4%. Para classificar os cursos, a professora encaminhou questionário para mais de 20 agências baianas que trabalham com recursos humanos. As perguntas diziam respeito ao mercado de trabalho, remuneração média e dificuldades do formando para conseguir emprego.